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Data de publicação do verbete: 28/07/2015

Rodrigues Lima

Artista Plástico, cantor e paisagista. “O narrador das lonjuras” suas telas expressam um mundo onde tudo parece real.
Data de publicação: julho 28, 2015

Naturalidade: Itatuba-PB

Formação artístico-educacional: Formado em Educação Artística pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Atividades artístico-culturais: Artista Plástico, pintor, cantor e paisagista.

José Iremar Rodrigues Gomes, no cenário das artes plásticas paraibanas é conhecido como Rodrigues Lima. Ele foi alfabetizado pela mãe, produziu suas primeiras obras ainda criança. Atua profissionalmente desde 1994 e já realizou diversas exposições individuais e coletivas em várias cidades do Brasil, com premiações em salões e festivais.  “O Narrador das Lonjuras”, como ficou conhecido por ocasião de uma exposição realizada em 2004, Rodrigues Lima tem se empenhado em elevar a identidade nordestina através de paisagens representativas, seja na percepção da cidade, seja nas representações da natureza.

Na infância, construiu um olhar diferenciado, registrando imagens de rios, plantas, frutas, árvores, pássaros e céus encantados de sua cidade natal. Suas telas expressam um mundo onde tudo parece real, fruto da paisagem que, no dizer de Madalena Zaccara, doutora em História da Arte, se transforma em “imagem comovente de um Brasil que poucos conhecem, estranho aos cartões postais, cujos registros não são enciclopédicos, mas existenciais”.

Suas telas apresentam um estilo realista que às vezes mergulha no surrealismo, representando um universo ancestral de frutos, árvores e nuvens de diferentes tonalidades. Seus trabalhos já foram expostos várias vezes na UFPB, em bancos e hotéis de João Pessoa, Fortaleza- CE, Natal- RN e em Lisboa – Portugal. Sua primeira exposição aconteceu em 1992 no Centro Cultural dos Jovens em Campina Grande.
O artista desenvolve em sua pintura um trabalho autobiográfico, misturando suas memórias afetivas vividas no alto da “Serra Velha” com a paisagem urbana da cidade de João Pessoa, preservando a memória do Centro Histórico da capital. Atualmente é conhecido como um dos melhores paisagistas do Estado. Apreciador também da cultura popular como contador de histórias e entalhador de xilogravuras, agora com “Navegando no Sertão”. O artista aventura-se por nova vertente, desta vez musical. O conteúdo das suas canções ganha viés por vezes romântico, com faixas como “Te trazer pra mim”, “Meu pé de fulô” e “Encrencas de amor”; aborda também a crítica social ou de referência ao bucolismo.

Em “Catálogo de forró”, o artista elenca os nomes obrigatórios da cultura musical nordestina. “O primeiro Sol” apresenta-se como homenagem à Paraíba, seu segundo berço cultural. Ensaia um tom incisivo em “Sapateado do povo”, mas o que impulsiona o leme da embarcação do forró é, sem dúvida, a composição “Navegando no sertão”.

Rodrigues Lima argumenta “O meu trabalho veio para quebrar velhos estereótipos, como o de um Nordeste eternamente vítima da miséria e da seca. O meu berço é rico e farto, como aquele que pinto em minhas telas. As novas gerações têm que conhecer o papel de ícones da representação regional, como Gonzaga e [do bandoleiro e cangaceiro] Antônio Silvino, os capitães da minha tripulação”.

Fontes:

http://atelierodrigueslima.blogspot.com.br/

http://joaopessoa.pb.gov.br/estacaocb/artista-plastico-rodrigues-lima-lanca-cd-na-estacao/

http://www.escavador.com/pessoas/4411626

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