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Data de publicação do verbete: 18/04/2016

Oliveira de Panelas

Repentista, cordelista e escritor. Inovou a cantoria com temas modernos, e pela técnica na sua arte de fazer versos. Um dos maiores repentistas do país. O Pavarotti do Sertão.
Data de publicação: abril 18, 2016

Naturalidade: Panelas-PE / Radicado em João Pessoa-PB

Atividade artístico-cultural: Repentista, cordelista e escritor.

Contatos: (83) 3223 1788 / 99984 3560

E-mails: oliveira@oliveiradepanelas.com / op@oliveiradepanelas.com

Atividades Exercício – profissional: Ministra palestras e simpósios sobre o Cordel e a história da cantoria e do repente, faz cantoria-espetáculo e apresentações didáticas para eventos em escolas e universidades, ele  também é mestre de cerimônia animador.

Publicou vários livros: O comandante do Planeta Médio, Tipografia Alvorada (1977); Poesia e Liberdade, Editora Jaguará (1979); Poemas Iluminados, Editora A União (1983); Poemas Alternativos, Unigraf (1984), este em parceria com Zé de Sousa; Na cadência do Martelo, Gráfica Boa Impressão (1993); Dois Poetas do Povo e da Viola, Funesc (1996), em parceria com Otacílio Batista, O poeta Gozador, Editora A União (1998). Ano de 2001: Vida de José Lins do Rego, Funesc e Cordel, Editora Edra. Em 2002, Um Tributo a Nossa Senhora – A Tecelã das Flores, Editora Ideia; Os Maristas na Bahia e Cantando a História pela Editora Bargaço. No ano de 2003, Os Irmãos Maristas em Taguatinga, pela Editora-Edições Bagaço e o Legado de Uma Maria, Gráfica Santa Marta. O livro Deus Me Fez Cantador, Editora Manufatura (2005).

Cordéis publicados: Nas Pegadas de Champagnat; Setenta Anos dos Maristas no Brasil; Quem Trabalha tem Direito; Gigante dos Pés de Barro; Lugar de Criança é na Escola; Estatuto da Criança e do Adolescente.

Álbuns: Gravou onze LPs e cerca de seis CDs. Compôs e cantou para três filmes nacionais: Deus deu a Terra e o Diabo cercou; Os dez últimos dias de Lampião; Chatô o Rei do Brasil.

Prêmios: Em 1997, foi vencedor do Primeiro Campeonato Brasileiro de Poetas Repentistas, no Memorial da América Latina, em São Paulo-SP, concorrendo com 108 artistas de todo o território nacional; e 2001 venceu o 1º Desafio Nordestino, concorrendo com 70 dos maiores cantadores nordestinos, realizado em Recife-PE. Participou de 298 Congressos de Cantoria do Repente, sendo classificado em primeiro lugar em 185 deles.

Títulos/Medalhas/Outros: Cidadão paraibano, pessoense; campinense e garanhuense. Medalha Augusto dos Anjos. É membro da União Brasileira de Escritores (UBE). E em 9 de novembro de 2006, tornou-se membro da Academia de Letras do Nordeste (ALANE) ocupando a cadeira de nº 29, tendo como Patrono Eujalose Dias de Araújo, entre outros.

Oliveira Francisco de Melo também conhecido por seu nome artístico “Oliveira de Panelas”, filho de Antônio Francisco de Melo Filho e de Maria Virtuoza dos Santos, seus pais foram grandes incentivadores de todo seu trabalho. Foi adotado pela Paraíba, onde reside há 30 anos. Aos 08 anos de idade já fazia seus primeiros versos, e em 1958, com apenas 12 anos, ele cantou pela primeira vez em público, no município de Panelas, sua terra natal, com Josué Rufino e João Vicente. Tornou-se profissional aos 14 anos, viajando por todo o estado de Pernambuco, parte de Alagoas e Paraíba com vários poetas-cantadores, entre eles: João Vicente e Manoel Hermínio filhos de Panelas e Cupira respectivamente.

Oliveira de Panelas atuou durante oito anos, em emissoras de rádio de Garanhuns, tendo participado em dezenas de outras rádios em todo o estado de Pernambuco e fora dele, a exemplo de Caruaru, Belo Jardim, Pesqueira entre outras. Viajou pelo Brasil inteiro sempre divulgando a riqueza, a história, a cultura e os costumes do leão pernambucano. Já se apresentou em todo país, representando o Nordeste, foi jurado convidado pela Rede Globo, no Festival MPB-SHELL, tendo seu nome alinhado aos melhores músicos brasileiros.

Residiu em São Paulo, capital, por volta do ano de 1971, sendo sócio fundador de várias agremiações artístico-culturais, permanecendo lá até 1975 onde gravou seu primeiro disco intitulado “Coletânea de Repentista”, na série Brasil Caboclo, cantando em vinte e quatro gêneros de repente e com vários cantadores. Dono de uma voz forte e afinada foi considerado um renovador da cantoria pelos temas modernos abordados e pela técnica usada na sua arte de fazer versos. É considerado o Pavarotti do Sertão.

Em 1976, passou a viver em João Pessoa-PB. Em diversas ocasiões foi convidado a fazer apresentações para presidentes do Brasil, e, também para estrangeiros, como Mário Soares (Portugal) e Fidel Castro (Cuba) além de várias personalidades do mundo artístico e social. Cantou para o papa João Paulo II, enquanto ele fez a sua segunda visita à Argentina.

Oliveira também compartilhou os palcos com o cantor Roberto Carlos por nada menos que quatro vezes. Presidiu por oito anos, a Associação de Poetas Repentistas do Brasil, sediada em João Pessoa. Promoveu do primeiro ao décimo primeiro Encontro Nacional de Poetas Repentistas do Brasil. Abriu espaço para os novos artistas do gênero, sendo considerado, um dos maiores representantes da geração de Poetas Cantadores.

Incorporou-se em inúmeras campanhas de utilidade pública de caráter social promovida por Ministérios e Secretarias, como: Anistia geral e restrita; Reforma agrária; Campanha de prevenção contra doenças contagiosas; Arte e Saúde; Etc.

Nos anos de 1996, 1997, 1998 e 2001, respectivamente, quando esteve se apresentando em Portugal, Cuba, França e Estados Unidos teve o seu trabalho reconhecido internacionalmente pela imprensa internacional.

Em 2005, ano do Brasil na França, a convite das autoridades organizadoras, apresentou-se por duas vezes, em outubro (Poitiers-Paris) e novembro (Toulouse-Paris). Esteve no mesmo mês de Outubro em Quito no Equador, se apresentando a convite da Conferência Internacional: PELA QUESTÃO INSTITUCIONAL DA EDUCAÇÃO PARA A AMÉRICA LATINA. No ano de 2006 esteve em Vannes e Paris, onde realizou apresentações e ainda neste ano, em 09 de novembro tornou-se membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste-ALANE, ocupando a cadeira 29, tendo como Patrono Eulajose Dias de Araújo.

Como profissional do repente, sempre demonstrou, de forma didática, os seus principais gêneros a origem e atuação da cantoria no Nordeste. Divulga desde o início a valorização do cordel como um símbolo de resistência e arte aos costumes de nossa gente, somando-se a total divulgação das canções e das toadas de todo reino do repente nordestino.

Oliveira de Panelas é membro integrante da ONG e do Projeto Malagueta, que trabalha pela divulgação do acervo histórico, turístico e cultural da Paraíba, promovendo sua música regional, tendo parceria com órgãos como o SESC da Paraíba, o Governo do Estado, e a Secretaria de Educação e Cultura, entre outros.

Com a experiência acumulada como Presidente da Associação de Poetas Repentistas do Brasil, sediada em João Pessoa, como membro do Conselho de Cultura da Paraíba e membro da União Brasileira de Escritores de Recife (UBE), o repentista dá andamento a uma série de projetos.

Segundo Oliveira de Panelas estão previstos os lançamentos do documentário especial da arte da cantoria Nós: Nós mesmos, Nós na América Latina, Nós no Brasil, Nós no Nordeste, Nós no Sertão, Nós em Qualquer Lugar, com tradução de José de Sousa, PhD em Ciência e Tecnologia da Comunicação. O projeto Ópera Nordestina também deve ser lançado em breve.

No dia 14 de dezembro de 2014, Oliveira de Panelas comemorou 50 anos de carreira artística, e aproveitou para fazer o lançamento do CD “50 anos de Arte no Reino da Cantoria”. Oliveira reuniu seus amigos, fãs e convidados,na Estação Cabo Branco Ciência Cultura e Arte de João Pessoa. Na oportunidade o artista festejou “meio século vivendo da arte e para a arte”, fazendo seus improvisos e versos ao som da viola.

O Álbum de 50 anos de Oliveira de Panelas foi produzido com arranjos e direção musical do Maestro Carlos Anísio, o disco trouxe 10 canções referenciais da sua trajetória de música e poesia, e referências a outros gêneros da musicalidade nordestina.

O artista inovou neste novo trabalho, trazendo em meio à base tradicional da cantoria, o som do pífano representado pela flauta, e o instrumento símbolo do forró “a sanfona”. O projeto recebeu o patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura- Augusto dos Anjos, da Secretaria de Cultura do Governo do Estado da Paraíba, entre outros.

Confira um trecho da Poesia de Oliveira de Panelas – A Viola está Crescendo de Norte ao Sul do Brasil:

Você Viola afinada do poeta cantador

de garganta de tenor de uma voz apaixonada.

Você é iluminada da forma mais varonil

que sozinha vale mil e pelo que eu estou vendo

A Viola está crescendo de Norte ao Sul do Brasil.

 

 

Oh! Viola Nordestina é linda a tua prangência

tu já tens a consciência pela sorte e pela sina.

O social que domina foi até a Guaiaquil

pode ir a Estoril e outros países estão vendo

Que a Viola está crescendo de Norte ao Sul do Brasil.

Fontes:

http://oliveiradepanelas.blogspot.com.br/

http://culturapopular2.blogspot.com.br/2010/03/oliveira-de-panelas.html

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Oliveira+de+Panelas+&ltr=o&id_perso=1208

http://www.dicionariompb.com.br/oliveira-de-panelas

https://www.facebook.com/oliveira.depanelas

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