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Data de publicação do verbete: 13/10/2015

Livardo Alves

Músico, cantor, compositor, poeta e jornalista. Deixou dezenas de composições entre cocos, repentes, sambas, baiões, forrós, maracatus, e xaxados.
Data de publicação: outubro 13, 2015

Naturalidade: João Pessoa- PB

Nascimento: 21 de setembro de 1935 / Falecimento: 14 de fevereiro de 2002

Atividades artístico – culturais: Músico, cantor, compositor, poeta e jornalista.

Estilo Musical: Marchinha de Carnaval, Música Popular Brasileira.

Prêmios: Vencedor de dezenas de festivais na Paraíba e em outros Estados, considerava como mais significativo o Composição de Ouro ABC, primeiro realizado em nível nacional na Paraíba, onde foi vencedor com o samba bossanovista.

Livardo Alves da Costa era filho de Antônio Alves Cassiano e Júlia Alves da Costa, nasceu no dia 21 de setembro de 1935, em João Pessoa, no bairro de Jaguaribe, onde viveu até por volta dos 32 anos e, depois, mudou-se para o bairro da Torre, para a Rua José Severino Massa Espinelli, antiga rua Padre Pinto.

Nos anos 50 entrou para o Jornal A União, no governo de José Américo de Almeida, começando pela oficina até chegar à revisão e à redação. Em 1959, no dia 1º de julho, foi contratado pela Rádio Tabajara para participar do ‘cast’ de cantores daquela emissora, onde chegou a ser também locutor e repórter, trabalhando no departamento de rádio- jornalismo.

Em 1975, seu baião “Ê Mãe”, com Vital Farias, foi gravado em compacto simples por Ary Toledo, pela Fermata. Em 1976, teve gravada por Abdias dos Oito Baixos, no LP “Forófunfá – Abdias e Sua Sanfona de 8 Baixos”, da Entré/CBS, o xote “Forrófunfá”, com Vital Farias.

Em 1978, três composições foram gravadas por Vital Farias em LP da Polydor: “O Sobressalto”, “Via Crucis da Mulher Brasileira” e “Ê Mãe”, as três parcerias dos dois. Em 1979, lançou pela gravadora- Discos Polígono, um compacto duplo com as músicas “Marcha Exaltação à AABE” e “Eu Vim de Lá Meu Pai “, ambas com Gilvan de Brito, e “O Mundo Encantado do Circo” e “Salve o Músico do Brasil”, ambas de sua autoria.

Ainda nos anos 1970, fez grande sucesso no carnaval com a “Marcha da Cueca”, com Carlos Mendes e Sardinha, ganhando destaque Brasil e no exterior.

Em 1982, o baião “Forrófunfá”, com Vital Farias, foi gravado pelo parceiro no LP “Sagas Brasileiras”, do selo Araponga/Lança/Polygram. Em 1991, lançou, pela Beverly, com Cachimbinho e o Grupo Peneira, o LP “Cachimbinho e Livardo Alves com seu Grupo Peneira – Com muito amor e pimenta”, com gravações alternadas dos dois. Nesse disco gravou “A água passa, o rio fica”, com José Maria de Oliveira; “Mané Gostoso, cara de pau”, com Parrá; “O quiabo”, com Gilvan de Brito; “Pirarucú”, só de sua autoria; “Com muito amor e pimenta”, com Rubinho, e “Parai be a ba leia”, com Jessé Anderson.

Em 1994, preocupado com os problemas do Brasil, lapidou o xote “O Meu País”, com Orlando Tejo e Gilvan Chaves, foi gravado para o Flávio José no LP “Nordestino Lutador”, do selo LBC Gravações, e posteriormente através de outros intérpretes, dentre os quais um de seus conterrâneos mais notórios, o cantor e compositor Zé Ramalho. Por essa época, gravou com o cantor e compositor Parra o LP “O Sol”, com músicas de autorias deles, além de “A mulher do Aníbal”, sucesso de Jackson do Pandeiro.

Em 1998, a Orquestra Metalúrgica Felipéia, dirigida pelo Maestro Chiquito, gravou o xote “Brasil Moleque”, no CD “Metalurgiarte”, do selo CPC-UMES. Em 2000, o baião “O Meu País”, com Orlando Tejo e Gilvan Chaves, foi gravado por Zé Ramalho no CD “Nação Nordestina”, da BMG Brasil.

Em 2002, Giovana Farias e Vital Farias gravaram, de forma independente, o LP “Uyraplural”, no qual registraram “Via Crucis da Mulher Brasileira”, com Vital Farias. Ainda em 2002, lançou o disco duplo “Malandro do Morro”, seu último trabalho reunindo suas principais composições: “Brasil Moleque”, “Eu Dou Mil”, “Merda Para Vocês”, “Boca do Mundo”, “Xote Elétrico”, “O Canto de Tambiá”, “Faroeste em Jaguaribe”, “Doido da Paraíba”, “Nêga da Paraíba”, “Forró Funfá”, e “Doces Ervas”, entre outras. O disco contou com os arranjos do maestro Chiquito e Joca do Acordeon.

Em 2006, o CD “Sassaricando – E o Rio Inventou a Marchinha”, do selo Biscoito Fino, com registros do espetáculo musical de mesmo nome incluiu a sua “Marcha da Cueca”, com Carlos Mendes e Sardinha.

Foi também compositor de hinos para os clubes de futebol da Paraíba, entre os quais, o do Botafogo, de João Pessoa. Musicou várias peças teatrais, entre as quais, “O Auto da Compadecida”, de Ariano Suassuna; “Acima do Bem Querer”, de Luiz Marinho; “Viva Cordão Encarnado/ A chegada de Lampião no Inferno”, de Luiz Mendonça; e “A Cara do Povo do Jeito Que Ela É”, de Paulo Pontes. Deixou dezenas de composições entre cocos, repentes, sambas, baiões, forrós, maracatus, e xaxados, a maioria delas falando do jeito de ser das pessoas paraibanas e dos locais por elas frequentados.

Falecido em 14 de fevereiro de 2002, aos 66 anos, Livardo Alves deixou a mulher, filhos, dúzias de canções, dois CDs gravados, centenas de amigos e milhares de fãs.

Em 2009, durante a inauguração da Praça Vidal de Negreiros (Ponto de Cem Réis), o poeta foi imortalizado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa com uma estátua de bronze em tamanho natural, sentado em um banco de praça. A peça foi fixada no local, próximo ao Paraíba Palace Hotel, na praça do Ponto de Cem Réis onde ele costumava frequentar.

Fontes:

http://www.luizberto.com/prosodia-musical-bruno-negromonte/livardo-alves-10-anos-de-saudades

https://pt.wikipedia.org/wiki/Livardo_Alves

http://www.joaopessoa.pb.gov.br/livardo-alves-tera-estatua-debronze-no-ponto-de-cem-reis/

http://radiotabajara.pb.gov.br/noticias/especiais/livardo-alves/

http://www.dicionariompb.com.br/livardo-alves/dados-artisticos

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