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Data de publicação do verbete: 25/07/2018

José Francisco Soares

José Francisco Soares, ou como ele preferia ser chamado, Zé Soares, poeta, cordelista, editor, folhetista. Pelo faro jornalístico que possuía, passou a ser conhecido como "O Poeta Repórter".
Data de publicação: julho 25, 2018

Naturalidade: Alagoa Grande – PB

Nascimento: 5 de janeiro de 1914

Falecimento: 9 de janeiro de 1981 em Timbaúba – PE

Atividades artístico-culturais: Poeta, cordelista, editor, folhetista.

 

José Francisco Soares, ou como ele preferia ser chamado, Zé Soares, também conhecido como “O Poeta Repórter”, nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, no dia 5 de janeiro de 1914. Casou-se quatro vezes e foi pai de quatorze filhos, sendo que dois deles, Jerômino e Otávio, residem em São Paulo e são xilogravadores, e Marcelo Soares, que além de xilógrafo é poeta e reside atualmente em João Pessoa. Segundo Marcelo, quando ainda menino o poeta repórter se encantou com os desafios entre violeiros-repentistas, emboladores de coco e com os folhetos de feira que os poetas declamavam.

Em 1928, então com 14 anos, publicou seu primeiro folheto: Descrição do Brasil por estados. Para ganhar dinheiro, fez biscates como agricultor e almocreve e, em 1934, foi para o Rio de Janeiro trabalhar como pedreiro, sem nunca deixar de publicar suas obras.

Voltou ao Recife em 1940, quando montou uma banca de folhetos no oitão do Mercado de São José, onde vendia suas obras e as de outros poetas. Nas décadas de 1940 e 1950, publicou grande parte de seus folhetos na Gráfica Medeiros. Entre 1979 e 1980 assumiu, por pouco tempo, a direção da Gráfica da Casa das Crianças de Olinda, onde publicou e editou folhetos de sua autoria e de outros poetas.

Seus temas recorrentes variam entre o gracejo, o futebol, os folhetos de encomenda, além dos folhetos de época e de acontecimentos políticos e circunstanciais, que o levaram a se autodenominar poeta-repórter. Especializou-se na reprodução em versos de notícias e neste segmento obteve sucessos, como “A renúncia de Jânio Quadros”, com 60 mil exemplares vendidos, “O assassinato de Kennedy”, que vendeu mais 40 mil cópias, além de seu maior sucesso “A morte de bispo de Garanhuns, Dom Expedito Lopes”, que vendeu 108 mil exemplares só em Pernambuco.

José Soares, o poeta repórter, faleceu em Timbaúba, no dia 9 de janeiro de 1981. Do que escreveu ficou evidente a sua vocação de comunicador popular. Ainda segundo Marcelo, uma das lembranças deixadas pelo poeta popular foi a de todas as noites assistir aos noticiários da televisão, tendo sempre lápis e papel pautado à mão para anotar os temas que exploraria depois.

 

Fontes:

http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/JoseSoares/joseSoares_biografia.html#

http://pbondaczuk.blogspot.com/2013/11/jose-soares-o-poeta-reporter-por-clovis.html

https://www.hedra.com.br/livros/cordel-jose-soares

http://cordel.edel.univ-poitiers.fr/items/browse?advanced%5B0%5D%5Belement_id%5D=66&advanced%5B0%5D%5Btype%5D=is+exactly&advanced%5B0%5D%5Bterms%5D=Soares%2C+Jos%C3%A9+Francisco

Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com.

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