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Data de publicação do verbete: 25/10/2016

Iracema Feijó

Escritora e poetisa. Foi uma das fundadoras do Comitê Feminino da Aliança Liberal na Paraíba, e da Associação Parahybana para o Progresso Feminino.
Data de publicação: outubro 25, 2016

Nascimento: 25 de dezembro de 1893 / Falecimento: Ano de 1970

Naturalidade: João Pessoa – PB

Atividades artístico-culturais: Escritora e poetisa.

Isabel Iracema Feijó da Silveira, filha de Emídio de Oliveira e Maria Carolina de Lima Feijó. Ficou conhecida como Iracema Feijó. Iniciou os estudos primários na escola pública da professora dona Maria Amélia Cavalcante de Avelar e o ensino secundário na escola Normal do Estado, onde foi diplomada professora no dia 26 de março de 1908.

No ano de 1929, Iracema foi a primeira mulher a receber o título de eleitor e a exercer o direito ao voto deferido pelo Juiz Celso Novaes, em 1930. Nessa época as mulheres eram legalmente submissas a seus maridos e não tinha direito ao voto e muito menos de serem votadas.

Em fevereiro deste mesmo ano, em visita ao partido da Aliança Liberal na cidade de Santa Rita, Iracema fez um discurso de saudação. Entre 1920 a 1940, Isabel Iracema Feijó constantemente era mencionada como a primeira mulher a escrever história das décadas de 1920, 1930 e 1940.

Iracema Feijó foi uma educadora de visão muito abrangente naquela época. Exerceu o magistério por muitos anos em Santa Rita, inclusive com o surgimento do Estado Novo, implantado pelo presidente Getúlio Vargas, em 1937.

Por motivos de ordem ideológica a escritora foi em busca de centros intelectuais mais evoluídos do que João Pessoa e Santa Rita, fixando residência em Maceió, Estado de Alagoas.

A sua residência situava-se à Rua Silvério Jorge, nº 126, no bairro de Jaraguá, cuja casa contava com a presença de escritores renomados da Academia Maceioense de Letras (AML), como Jucá Santos e Manoel Cícero do Nascimento.

Em Maceió, Iracema Feijó se destacou mais ainda ocupando o cargo de presidente do Centro Cultural Emilio de Maya, entidade que logo se tornaria Academia Maceioense de Letras, inclusive sendo sócio fundadora e no qual é patrono da cadeira 20.

Iracema foi colaboradora em vários jornais: A União e A Imprensa na Página Feminina, e nas revistas Era Nova, Manaíra e Almanaque, em circulação na capital paraibana,  do Rio de Janeiro (RJ) e dos estados vizinhos que estamparam suas poesias.

A escritora produziu trabalhos nos estados do Rio de Janeiro, Alagoas e Mato Grosso, nesse último publicou vários poemas, usando sempre a linha do radical lirismo de cunho amoroso, retratando sua própria trajetória na terra.

Publicou o livro “Meu coração em Pedaços”. A poetisa expressava a dor e angústia pela ausência do seu eterno amor publicando poemas como “Juras quebradas”, “Preces do amor” e “Em noites calmas do estio”. Na época existiam boatos que Iracema se correspondia com o editor Raimundo Maranhão Ayres, do Jornal Cultural de Guiratinga.

A artista paraibana foi uma das fundadoras do Comitê Feminino da Aliança Liberal na Paraíba, e da Associação Parahybana para o Progresso Feminino.

Em uma de suas idas e vindas à João Pessoa, a escritora foi vítima de um acidente de trânsito, falecendo no ano de 1950. Ela deixou o simbolismo e o amor, representadas em suas obras.

Nota: As fontes pesquisadas, divergem quanto ao ano de falecimento da artista. Umas dizem o ano de 1950, enquanto outras, em 1970.

Fontes:

http://www.recantodasletras.com.br/biografias/4313783

http://apps.tre-pb.jus.br/memorial/index-menu.php?menu=historia1&conteudo=alistamento-eleitoral

http://meninacarmim.blogspot.com.br/2011/03/escritoras-paraibanas-do-seculo-xx.html

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