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Data de publicação do verbete: 16/12/2021

Helô Uehara

Helô Uehara é graduada em Medicina, especializada na área de acupuntura e também é compositora e cantora. Teve participação no IV Festival de Música da Paraíba, com a canção “Águas de mãe (Iyá Omi)” em parceria com Nathalia Bellar.
Data de publicação: dezembro 16, 2021

Naturalidade: Barretos – São Paulo / Radicada em João Pessoa – PB

Nascimento: 1985

Atividades artístico-culturais: Cantora e compositora

Formação: Graduada em Medicina

Instagram: https://www.instagram.com/helouehara/

https://www.instagram.com/agoieoficial/

Youtube: https://www.youtube.com/c/Agoi%C3%AA

Helô Uehara é graduada em Medicina, especializada na área de acupuntura e também é compositora e cantora. Teve participação no IV Festival de Música da Paraíba, com a canção “Águas de mãe (Iyá Omi)” em parceria com Nathalia Bellar. Ela é natural de Barretos – SP e reside em João Pessoa – PB.

O contato com a música é presente desde a sua infância quando teve um encanto pela área musical e pelas culturas populares, a entrevistada conta que essa percepção veio aos cinco ou seis anos de idade, ao ser matriculada em uma aula de ballet. Ela conta: “Eu comecei a fugir dessas aulas pra me esconder atrás do piano, na sala ao lado para acompanhar a aula de música. Então… nesse processo minha mãe começou a perceber o interesse e eu comecei a estudar no conservatório alguns instrumentos, cantos e desenvolver essa luz dentro de mim”.

A cantora conta sobre algumas de suas experiências no decorrer da vida artística, inicia falando sobre alguns intervalos entre os anos de 2013 a 2015, quando esteve em São Paulo para a sua especialização na área de medicina. Em 2016, veio a João Pessoa com o intuito de retomar a sua carreira e encontrou artistas que ajudaram nesse novo ciclo. A partir disso surgiu o grupo musical Agoiê, um projeto de samba de terreiro.

“Agoiê e Iorubá significa permissão, pode e com licença. A gente vem pedindo licença aos nossos ancestrais, ao povo preto, de terreiro, à toda ancestralidade do samba para poder contar um pouquinho da nossa história, dessa infinitude de mistérios que envolve o samba”, conta a artista.

Em João Pessoa, ela faz parte do projeto Agoiê e também produz outros trabalhos na música, como algumas composições (dentre elas “Águas de mãe (Iyá Omi)”. Ela cita que a sua história com a cultura paraibana é referente a um renascimento, um reencontro de almas musicais.

“A minha história com a cultura na Paraíba, é de muitos encontros frutíferos, uma semeadura de muito amor e eu espero que muitas colheitas abundantes venham por aí”, conta Helô Uehara.

Com relação a sua participação no IV Festival de Música na Paraíba, com a canção “Águas de mãe (Iyá Omi)” em parceria com Nathalia Bellar, ela diz que foi uma experiência incrível e que encontrou pessoas inspiradoras e de importância para a cultura paraibana. Ela informa que a composição da canção se deu a partir do envio da primeira parte feita por Nathalia Bellar e enquanto ela ouvia, passou a imaginar a segunda parte e escreveu, levando-a  até ao Festival.

“Essa música fala sobre cura, sobre o poder das águas femininas, esperança, lavar as mazelas do mundo, então ela veio nessa proposta e foi muito especial cristalizar essa parceria com essa artista tão gigante na Paraíba, que é Nathalia Bellar”, ressalta a compositora.

Ao falar sobre as suas produções artísticas, ela a define como sendo a sua parte mais sagrada. A artista diz: “Eu canto para aquilo que eu acredito ser mais sagrado para mim na vida, que é a natureza, os orixás, os nossos ancestrais. E poder fazer a minha arte hoje como eu acredito, trazendo essas reflexões e esse encontros com parcerias tão frutíferas representa para mim o reencontro com a minha essência,  é muito especial, me faz muito feliz”.

No dia 02 de dezembro de 2021, em comemoração ao dia do samba, a cantora participou de um grupo de artistas paraibanas.  Ela conta que foi especial e um projeto dirigido por Polyana Resende, através da Funesc, disponível na TV Funesc. Para ela, foi significativo por ter tido o sonho de subir no palco e cantar em uma banda formada só por mulheres e neste dia, isso se realizou.

“Foi um momento de muito samba, afeto, onde pudemos cantar nossas composições e grandes sambas consagrados. Homenagear as mulheres do samba e paraibanas, é um momento que eu acho que vale um destaque especial dentro dessa minha caminhada artística paraibana e eu tenho muito a agradecer a todas mulheres que subiram no palco comigo, em especial a querida, gigante e artista amiga, Polyana Resende, por ter sido essa força geradora desse espetáculo”, menciona a intérprete.

A cantora encontra-se dividida em muitos espaços, como o lado artista: cantora e compositora, há também a versão como professora, dando aulas na área de medicina e atua também como médica, acupunturista e no projeto Agoiê.

Jaqueline Rodrigues

Fontes:

Entrevista com Helô Uehara realizada por Jaqueline Rodrigues.

Imagens: Reprodução – Arquivo Pessoal

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