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Data de publicação do verbete: 14/07/2016

Eliézer Rolim

Cineasta, teatrólogo, cenógrafo, produtor, diretor e roteirista. Recebeu vários prêmios com sua produção teatral, de dramaturgia, cenografia, direção e iluminação.
Data de publicação: julho 14, 2016

Naturalidade: Cajazeiras – PB

Formação acadêmica: Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Mestrado em Artes Cênicas, e Doutor em Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal da Bahia (UFBA), com a Tese: O Artefato Cenográfico na Invenção do Cotidiano Espetacularizado.

Membro da Academia Paraibana de Cinema.

Atividades artístico – culturais: Cineasta, teatrólogo, cenógrafo, produtor, diretor e roteirista.

Atividades exercício – profissional: Professor Assistente IV da Universidade Federal da Paraíba, no Departamento de Arquitetura e Urbanismo, e no Departamento de Artes no curso de Especialização em Representação Teatral.

Algumas das principais obras criadas para o teatro: Beiço de Estrada, Até Amanhã, Drops do Harlem, Homens de Lua, Os Anjos de Augusto, Sinhá Flor, Como Nasce um Cabra da Peste, Estrelas ao Relento, Adeus Mamanita,  Quando Despertamos Estávamos Mortos, Efemêrico, e O Sonho de lnacim.

Prêmios:

1984 – Prêmio Mambembão – Espetáculo Beiço de Estrada, Instituto Nacional de Artes Cênicas.

1989 – Melhor Direção – Espetáculo Homens de Lua, Festival Nacional de Teatro de Campina Grande (PB).

1990 – 3º Melhor Espetáculo – Mala Direta, III FENARTE – Caixa Econômica Federal – Canela (RS).

1991 – Melhor Direção/Espetáculo- Os anjos de Augusto, 12º Festival Nacional de São José do Rio Preto (SP). Melhor Adaptação do livro EU de Augusto dos Anjos, 12º Festival Nacional de São José de São José do Rio Preto.

1992 – Melhor Direção – Espetáculo Transatlânticos, IV FENARTE – Festival Nacional – Caixa Econômica – Brasília (DF).

1995 – Melhor Direção/cenografia/Iluminação – Espetáculo Sinhá Flor, IV Mostra Estadual de Teatro e Dança da Paraíba. Menção honrosa para o texto Sinhá Flor, Prêmio SESI Dramaturgia.

1996 – Melhor Espetáculo/Iluminação/Direção – Sinhá Flor, 16 Festival Nacional de São José do Rio Preto (SP). Melhor Espetáculo/Direção/Iluminação/Cenografia – Sinhá Flor, Festival Nordestino de Guaramiranga (CE).

1997 – 3º Melhor Espetáculo – Beiço de Estrada, Festival de São José do Rio Preto – SP. 3º Melhor Espetáculo/Melhor Cenografia – Sinhá Flor, Festival Nacional de Pindamonhangaba (SP). Melhor Espetáculo/Direção/Cenografia/Iluminação- Sinhá Flor, III FENARTE – Festival Nacional de Artes da Paraíba (PB). Melhor Espetáculo/Direção/Iluminação/Cenografia – Como Nasce Um Cabra da Peste, VI Mostra Estadual de Teatro da Paraíba.

1998 – Melhor Espetáculo/Direção/Cenografia/Iluminação – Como Nasce Um Cabra da Peste, 18º Festival Nacional de São José do Rio Preto (SP). Melhor Espetáculo/ Direção/Iluminação – Como Nasce Um Cabra da Peste, IV FENARTE – Fest Nacional de Arte da Paraíba. Melhor Espetáculo/Direção/ Cenografia/ Iluminação – Como Nasce Um Cabra da Peste, Festival Nacional de Rezende (RJ). Melhor Direção/Cenografia/Iluminação – Espetáculo Como Nasce Um Cabra da Peste, IV Festival Nacional do Cabo (PE). Melhor Espetáculo/ Direção/Cenografia/Iluminação – Espetáculo Como Nasce Um Cabra da Peste, Festival de Teatro de Americana. 3º Melhor Espetáculo – A Deus Mamanita, VII Mostra Estadual de Teatro Paraibano.

1999 – Melhor Cenografia – Insônia, Festival Nordestino de Guaramiranga (CE). Melhor Espetáculo – A Deus Mamanita, Crítica Jornal O NORTE (PB).

2000 – Melhor Texto – Sinhá Flor, Festival Internacional de Teatro de São José dos Campos. Texto Original – Sinhá Flor, FIT 2000 – Festival Internacional de Teatro – Sorocaba (SP). Melhor Diretor – Espetáculo Sinhá Flor, FIT 2000 – Festival Internacional de Teatro – Sorocaba (SP). Melhor Roteiro – Filme EU SOU O SERVO, Troféu Imprensa – João Pessoa (PB).

2001 – 2º Melhor Espetáculo – Quando Despertamos Estávamos Mortos, I FENETEG – Festival Nordestino de Teatro – Guarabira (PB). Melhor Direção – Espetáculo Quando Despertamos Estávamos Mortos, I FENETEG – Festival Nordestino de Teatro – Guarabira (PB).

2002 – Melhor Cenografia/Iluminação – Espetáculo Quando Despertamos Estávamos Mortos, IX Festival Nordestino de Teatro – Guaramiranga (CE). Melhor Produção do Ano – Quando Despertamos Estávamos Mortos, Mostra Estadual de Teatro – João Pessoa (PB).

2007 – Melhor Espetáculo – Homens de Lua – Montagem Grupo Quatro Asas, VII Festival de Teatro Jaime Sanchez – Botucatu (SP). Melhor Texto Original – Homens de Lua, III Festival Livre de Teatro de Sorocaba (SP).

2010 – Melhor Filme – longa metragem – O sonho de Inacim – O Aprendiz do Padre Rolim, Academia Paraibana de cinema.

2012 – Homenagem – Sala de Cinema Eliézer Rolim – Inaugurada em: 02 de maio de 2012, Prefeitura Municipal de João Pessoa – Casa Brasil.

Eliézer Leite Rolim Filho  um dos melhores diretores da Paraíba nasceu na extremidade ocidental do Estado da Paraíba. Quando fala sobre as suas origens, a cidade de Cajazeiras, profere as seguintes palavras: “É a terra natal onde chorei e ri pela primeira vez”.

O artista guarda em sua memória os sentimentos e emoções vividos na sua infância. O Açude Velho onde aprendeu a nadar. “É um lugar de bastante afetividade, o local onde assistia os pores-do-sol, os mais lindos da minha vida, o próprio açude é um dos lugares mágicos da minha casa”.

Eliézer relembra as festas do Cajazeiras Tênis Clube em dias comemorativos, os pés de cajarana no bosque do clube, cenário de peraltices, pulando de galho em galho enquanto brincava em meio à natureza. Na adolescência, as paqueras da Praça João Pessoa, onde o subir e descer das ruas demarcava o ambiente do flerte. “O Jovem Clube, a boate da cidade, onde conheci a luz negra e a música dos Beatles. A instalação do Parque Lima e do Parque Maia, onde assisti ‘a mulher que vira macaco”, lembra.

A vivência na cidade lhe ofereceu experiências que levou por toda a vida. Seus trabalhos teatrais apresentam uma forte influência da organização cinematográfica para se contar uma história.  E foi no Cine Éden que Eliézer revela ter assistido os primeiros filmes de sua vida pela fresta da porta.

Seus personagens são trabalhados em cima dos arquétipos humanos que teve acesso inicialmente na cidade sertaneja. “Costumo dizer que em Cajazeiras conheci a espécie humana, pois foi lá que vi todo tipo de gente que depois reconheci nas cidades do mundo que visitei”, afirma o dramaturgo.

Segundo Eliézer, no Tênis Clube em dias comemorativos, ele teve contato pela primeira vez com o universo teatral através da dama do teatro de Cajazeiras, Íracles Pires. “Ela estava ensaiando teatro, a peça se chamava “Piquenique no Front”. Depois fundei no quintal de casa o Clube do Mickey e comecei a escrever minhas primeiras peças de teatro. Meus primeiros atores foram meus vizinhos Marcélia Cartaxo, Soia Lira, Nanego Lira, meu irmão Lincoln Rolim, entre outros”, recorda Eliezer.

O artista considera o teatro ideal é o que ele chama de “durável sensação vinda de dentro”, no qual o ator deve controlar o seu corpo para que o mesmo não seja afetado pelo seu ego. Por isso, acredita como Craig, que o ato de representar deve ser dotado de vida e paixão, mas rigorosamente controlado e despido de egoísmo. O ator como um intérprete com técnica perfeitamente afiada, dirigindo a expressão e a espiritualidade.

Seus trabalhos teatrais apresentam uma forte tendência imagética cinematográfica. Mostra em seu teatro uma forte influência dos trabalhos de Gordon Craig, principalmente na ideia de que o ator deve acessar a sua alma para que o personagem se mostre livre no palco.

Seu trabalho mais recente, o espetáculo Efemérico, foi escrito quando Rolim ainda estava na França, e retrata um trágico acontecimento que teve como cenário o Teatro Santa Roza, em João Pessoa, “É um espetáculo contado pelos fantasmas que habitam o Santa Roza, mas também é sobre a efemeridade da existência humana”, completa.

O cineasta também marcou a sua carreira artística com o filme “O sonho de Inacim” com roteiro e direção do próprio Eliézer onde resgata a vida do Padre Rolim, o “Educador dos Sertões”, que em condições precárias fundou o colégio, que deu origem a cidade de Cajazeiras. O filme foi produzido com bastante dificuldade, e foram 10 anos desde a captação de recursos até a finalização do projeto. Rolim enfatiza “Ele representou o meu retorno a Cajazeiras, e o resgate da memória do Padre Rolim”.

O teatrólogo recebeu vários prêmios com sua produção teatral, onde se destacam os trabalhos de dramaturgia, cenografia, direção e iluminação.

Eliézer Rolim participou da equipe de organização do I Seminário Internacional Urbicentros: Morte e Vida dos Centros Urbanos (2010). Também participou da organização e ministrou oficinas no IV Seminário Internacional Urbicentros (2013). O artista está sempre empenhado em  realizar pesquisa e trabalho de extensão com temas ligados a espetacularização urbana, teatro, cenografia, ambiances espetaculares e espaço teatral.

É Coordenador do Teatro Minerva do Centro de Ciências Agrárias/Campus II na cidade de Areia (PB).

Fontes:

http://www.ppgau.ufba.br/node/983

http://coisasdecajazeiras.com.br/eliezer-rolim-riso-e-choro-em-cajazeiras/

http://www.piollin.org.br/2013/10/efemerico-de-eliezer-rolim-e-o.html

http://www.paraiba.com.br/2012/11/16/00783-eliezer-rolim-leva-aos-palcos-do-theatro-santa-roza-o-espetaculo-efemerico-confira-enredo

http://www.escavador.com/sobre/451867/eliezer-leite-rolim-filho

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