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Data de publicação do verbete: 08/06/2021
Louceiras de Serra do Talhado

Associação de Louceiras de Serra do Talhado

A comunidade urbana de Santa Luzia surgiu a partir da rural, quando as mulheres artesãs passaram a vender as peças de barro para facilitar na renda,  daí foi formada a Associação de Louceiras Negras da Serra do Talhado.
Data de publicação: junho 8, 2021

Município: Santa Luzia – PB

Atividades: Confecção de Peças e Artesanato

Instagram: https://www.instagram.com/louceira.quilombola

Facebook: https://m.facebook.com/quilombodotalhado

Contato: (83) 99184-1665

 

História

A prática de fabricar objetos de barro está fortemente ligada  a Serra do Talhado, já que é um meio de obter renda para muitas famílias. As mulheres exercem o ofício de produzir peças de uso doméstico e passam toda a semana na confecção e comercialização de seus produtos.

Atualmente elas dispõem de um galpão que serve como oficina para produção, venda e armazenamento para suas mercadorias localizado no bairro São José, na cidade de Santa Luzia. Entre as peças produzidas estão panelas, pratos, potes, tigelas, chaleiras, jarros, cofres, travessas além de oratórios para imagens de santo.

O barro usado como matéria – prima é retirado de um sítio da região e seu procedimento consiste da produção da cerâmica,  sendo considerada uma atividade tradicionalmente feminina, passada de geração de mães para filhas, netas, sobrinhas e noras. Um trabalho bastante árduo, devido ao baixo lucro obtido, por isso buscam por parceiros que possam auxiliar nas vendas e por melhores condições, para que possam manter viva a tradição do ofício de louceira.

A comunidade urbana de Santa Luzia surgiu a partir da rural, quando as mulheres artesãs passaram a vender as peças de barro para facilitar na renda,  daí foi formada a Associação de Louceiras Negras da Serra do Talhado. Em 2005 a Fundação Palmares reconheceu a comunidade como remanescente quilombola após uma avaliação histórica e cultural da região. A certificação é considerada uma grande conquista.

Gileide Ferreira, louceira da região, relembrou a importância de dar continuidade a essa cultura “Eu não quero deixar essa cultura acabar”.

Apesar das dificuldades, as louceiras  valorizam e se orgulham de suas obras, já que o artesanato de cerâmica tem se tornado um símbolo das mulheres de Serra do Talhado.

“Feliz de quem tem uma arte, seja qual for: a minha é ser louceira”, disse Dona Débora.

Jonas do Nascimento

Fontes:

https://repositorio.ufpb.br>handle

https://cpisp.org.br>serra-do-talhado

https://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2018/11/20/nao-quero-deixar-essa-cultura-acabar-diz-integrante-de-comunidade-quilombola-na-pb.ghtml

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