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Rebento: Ingrid Trigueiro ganha prêmio de melhor atriz em Lisboa

Ingrid Trigueiro levou o Prêmio de Melhor Atuação no Festival Internacional de Cinema de Lisboa, por sua atuação em ‘Rebento’. Concorrendo com produções do mundo inteiro o longa ainda teve as indicações de Melhor Direção e Melhor Roteiro para André Morais. O filme paraibano, que ainda não teve sua estreia comercial, tem circulado por diversos festivais e tomado as telas do país. Inclusive estreou na prestigiada Mostra de Cinema de Tiradentes, passando ainda por São Paulo, Pernambuco e Bahia, onde recentemente Ingrid recebeu o prêmio de melhor atriz na Mostra de Cinema Contemporâneo do Nordeste. Mas o Cinalfama foi seu primeiro reconhecimento internacional.

                              (Foto: Reprodução/Divulgação)

Ingrid tem uma longa experiência em teatro, mas também vem se destacando no cinema. Em ‘Rebento’ ela vive uma mulher que depois de cometer um crime, abandona a casa e a família em busca de um destino desconhecido e muda seu nome várias vezes, carregando um peso consigo.

Em entrevista Ingrid nos contou como foi participar do filme e como é ter esse reconhecimento pelo seu trabalho.

Como foi fazer Rebento? 

Rebento para mim foi um presente que André Morais me proporcionou, me deu e juntos a gente conseguiu realizar esse filme, que a gente fez com tanto carinho. Eu tinha feito algumas participações em alguns filmes aqui mesmo em João Pessoa, mas o primeiro filme que eu fiz participação assim de entender o que era um set de cinema foi uma ponta no filme Central do Brasil, eu acredito que é da data de 1998, se não me falha a memória, de Walter Salles. E aí obviamente que com o passar do tempo fui fazendo uma ponta num filme, em outro, algumas participações, mas o ‘Rebento’ é o filme que eu protagonizo, então tem uma diferença muito grande né? É um filme onde todos os atores passam pela história da protagonista. Eu lembro que quando a gente foi filmar em Sousa, onde ficamos um mês para filmar naquela região, os atores chegavam, faziam suas participações e iam embora, e eu ficava por causa dessa questão de ser a protagonista. Então assim, para mim foi muito bom ser feito, foi uma experiência maravilhosa, uma equipe muito cuidadosa, uma direção primorosa de André Moraes assim, buscando essa história que a gente quis contar, eu digo a gente porque ele me escolheu para ser a protagonista do primeiro longa dele e isso me deixa muito lisonjeada, isso me deixou muito feliz.  Foi muito bom ter podido participar desse projeto, eu estou muito feliz e agora a gente está tendo um retorno das pessoas que estão vendo. Isso tem sido muito bacana.

Qual a sensação de ter seu trabalho reconhecido internacionalmente?

Eu acho que é importante para qualquer artista o reconhecimento do seu trabalho. Obviamente quando isso cria uma proporção, quando sai do nosso país… A gente fica dizendo “Eita, como é que vai ser visto lá? E de que forma as pessoas vão receber?” Mas é importante dizer, obviamente, que é muito bom quando as pessoas reconhecem o teu trabalho e te dão esse retorno, como eu falei anteriormente e isso valoriza muito porque não é só o meu trabalho, é o trabalho de uma equipe inteira. Uma equipe totalmente paraibana, somos muitos. Eu não sei precisar o número de quantas pessoas  estavam nesse projeto, mas muita gente por trás das câmeras e isso só nos leva cada vez mais a acreditar e pensar que a gente deve continuar o que a gente gosta muito de fazer. Eu amo o que eu faço! Eu venho do teatro, o cinema é uma experiência maravilhosa que eu tenho tido mais ultimamente. Eu tenho mais de 25 anos de teatro e aí o cinema tem aparecido para mim com participações e propostas interessantes. E ter podido mostrar  ‘Rebento’  lá no festival em Lisboa foi muito bom pra gente, essa possibilidade de outros olhares, de outra cultura. De qualquer forma quando a gente assiste, vê  alguma coisa artística, além de pensar, de refletir aquilo que é visto, a gente sente. ‘Rebento é um filme para ser muito sentido. Eu fico muito feliz que o nosso trabalho tenha sido reconhecido. Agora essa oportunidade de ter sido em outro país também é muito bacana, mas é sempre muito gratificante sabe? Quando a gente tem esses retornos. Independente das coisas. Podem existir as críticas, existem as críticas construtivas e os diferentes olhares porque o próprio filme proporciona várias leituras. Nas exibições que já fizemos  para algumas pessoas ou em outros lugares, cada pessoa vem trazendo seu olhar de como percebe essa mulher, essa personagem que eu faço.

 

E aí? Ficou com vontade de assistir? Confere o trailer do filme:

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