O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 19/06/2019

Suzy Lopes

A paraibana Suzy Lopes é atriz, produtora e contadora de histórias e possui Bacharelado em Teatro (UFPB) e Mestrado em Literatura e Interculturalidade (UEPB).
Data de publicação: junho 19, 2019

Naturalidade: Cajazeiras – PB

Nascimento:  12 de março de 1979

Atividades artístico-culturais: Atriz, Produtora e Contadora de histórias.

Contato: (83) 99614 – 8870

Email: atrizsuzylopes@hotmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/suzylopes.sl/

Facebook: https://www.facebook.com/atrizsuzylopes

 

A paraibana Suzy Lopes nasceu em 12 de março de 1979. Ela é atriz, produtora e contadora de histórias e possui Bacharelado em Teatro (UFPB) e Mestrado em Literatura e Interculturalidade (UEPB).  Suzy mora em João Pessoa, capital da Paraíba, desde 1992, quando se mudou junto com sua mãe que era cabeleireira, Sofia Lopes, e seus irmãos.

Na fase da infância, gostava de atuar como forma de brincadeira. Ela chegou a praticar aeróbica e ballet no Theatro Santa Roza: “Sempre tive interesse por arte. Desde criança, participava de tudo que era chamada, teatro na igreja, na escola, na ONG da cidade, nos eventos da prefeitura, da cidade, em tudo…”, afirmou a atriz.

Mas, foi o teatro que a conquistou de vez. Ela não sabe com exatidão quando começou a ser uma profissional da área de interpretação. Mas em 1995, aos 15 anos de idade, sua mãe a surpreendeu e fez a matrícula do seu primeiro curso de teatro no Espaço Cultural José Lins do Rêgo. Com relação a esse fato, ela declarou: “Eu não entendia porque que minha mãe tinha me matriculado em um curso de teatro sem nem me perguntar se eu queria fazer”, uma vez que ela queria ser psicóloga e não uma artista.

A arte a escolheu e promoveu uma identificação e a certeza de que era a vida artística que ela queria para o resto da vida: “(…) e em pouco tempo eu compreendi porque minha mãe tinha me matriculado naquele curso. Simplesmente ela entendeu antes de mim a minha profissão. (…) Eu sei que sem que eu percebesse, eu já estava apaixonada por todo aquele universo que eu estava descobrindo, os exercícios, as vivências, as convivências, os professores e suas conversas que nem sempre eu entendia, o convívio com aqueles seres diferentes de todos que eu já havia conhecido.”

Em um breve resumo, Suzy Lopes fala sobre sua profissão: “Sei que é meu ofício, é a forma que eu descobri de me colocar no mundo, pois é a arte que me faz tremer as pernas, me tira o sono, que me dá vontade de me revirar ao avesso.”

Em 1998, ela foi convidada para trabalhar na Rataplan. Sobre essa fase de sua vida, afirmou em entrevista: “(…) foi uma grande escola pra mim. Nesta companhia eu fiquei por quase 10 anos, fazia animação de festas e eventos, que foi acho de onde eu aprendi a improvisar em qualquer situação, pois embora as peças sejam ensaiadas, às vezes quando chega no local, tudo muda, e você precisa ter sacação de mudar o que havia planejado. Foi nessa companhia também que fiz os espetáculos Chapeuzinho Amarelou e Espelho, Espelho Meu que me deram vários prêmios de melhor atriz em festivais dentro e fora da Paraíba.”

E é com esse empenho e carinho pela arte que desde 2005, se tornou idealizadora e produtora do sarau Café em Verso e Prosa que ocorre no restaurante Empório Café, localizado em João Pessoa.

Em 2009, começou o curso de Bacharelado em Teatro pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) finalizado em 2013 com 9,5 como nota final. O seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) teve como inspiração o escritor, ator e dramaturgo WJ Solha. A pesquisa intitulada A verdadeira estória de W.J. Solha foi aprovada por meio da nota máxima e com direito a presença do homenageado no auditório. “Foi lindo o processo de fazer essa pesquisa e Solha além de ser o objeto de estudo, era muito presente na pesquisa diariamente, sempre disponível a tirar minhas dúvidas.”

Em 2010, na premiação VI Poesia Encenada, ela ganhou o prêmio de Melhor Intérprete ao encenar Xícara de chá, colher de açúcar de Valmir Neves. Além disso, por meio dessa peça dirigida por Servilho Holanda, ela também ganhou o 1º lugar na performance. Esse festival foi organizado pelo setor de cultura do SESC Centro de João Pessoa.

Além do teatro, Suzy Lopes também tem presença confirmada no cinema brasileiro. Em 2010, ela fez sua primeira participação na indústria cinematográfica. A atriz interpretou a personagem Eliclaustenes no filme Era uma vez eu, Verônica, do diretor Marcelo Gomes.

No ano de 2013, Suzy Lopes ingressou na Galharufas Companhia de Teatro, onde é atriz e produtora.

Também em 2013, interpretou Mercedes, escrita pelo dramaturgo Paulo Vieira, essa peça foi produzida especialmente para ela. Essa produção teatral contou com a aprovação do Fundo de Incentivo a Cultura do Estado da Paraíba (FIC) e ficou em cartaz durante cinco anos.

Em 2015, ingressou no mestrado da UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), localizada em Campina Grande. Sob a orientação do professor Doutor Diógenes Maciel, Suzy Lopes abordou sobre o teatro paraibano dos anos 90 com foco na dramaturgia de Paulo Vieira. A defesa do mestrado obteve nota 10 e indicação para publicação.

Suzy Lopes é dinâmica e sempre procura expressar suas ideias e criatividade: “Estou no mundo pra botar pra moer a arte da forma mais sincera que me for permitido”.

A seguir, outros projetos artísticos dos quais a atriz já participou: Retábulo (dirigida por Luiz Carlos Vasconcelos à convite do Piollin Grupo de Teatro), Cabaret-Teatro 55 de José Tonezzi, Cantata Bruta da Orquestra de Câmara de João Pessoa, Nevinha (personagem da Festa das Neves), Mostra de leituras dramatizadas do Sesc, Vamos Nessa (texto de Paulo Vieira e direção de Suzy Lopes), Vento do Amanhecer em Macambira (direção Roberto Cartaxo), Macacos me mordam de Pedro Osmar.

Em 2015, ela entrou para a televisão e estreou na série O Fim do Mundo no Canal Brasil, sob direção de Hilton Lacerda e Lírio Ferreira.

 No ano de 2016, participou de um curta paraibano chamado Atrito (de Diego Lima). Em entrevista, ela disse que esse trabalho rendeu prêmios de Melhor Atriz em alguns festivais de cinema.

Esteve em cartaz em filmes como: Sol Alegria (de Tavinho Teixeira), Ambiente Familiar (de Torquato Joel), A Ética das Hienas (de Rodolpho de Barros), Beiço de Estrada (de Eliezer Rolim), Crua (de Diego Lima).

Além de outros filmes nos quais ela esteve também no elenco: A Febre (de Maya Da-rin), Fim de Festa (de Hilton Lacerda), Vestido Branco, Véu e Grinalda ( de Marcelo Gomes), Divino Amor (de Gabriel Mascaro).

Em 2019, Suzy Lopes e mais cinco atores paraibanos que participaram do elenco pertencente ao filme Bacurau conquistaram reconhecimento internacional após receberem o Prêmio do Júri da Competição Oficial do Festival de Cannes 2019. Essa premiação acontece todos os anos em Cannes, cidade francesa.

“A sensação tanto de ir pra Cannes como ter o filme premiado lá é incomensurável. Ir já é a realização de sonho, por ser um dos festivais mais importantes do mundo. Ter um filme em Cannes já é um grande prêmio. E eu fiquei muito feliz em tá junto daquelas pessoas que são incríveis, profissionais absolutamente competentes (…) foi muito incrível, foi uma festa de emoção quando soubemos”, disse Suzy Lopes em entrevista ao portal Paraíba Criativa.

Esse longa-metragem é considerado um western (faroeste) brasileiro e foi dirigido pelos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. A gravação ocorreu no distrito da cidade de Parelhas, conhecido como Barra, que fica localizado na região do Seridó, entre os estados do Rio Grande do Norte e a Paraíba.

Ainda acerca do longa premiado, Suzy Lopes ainda declarou: “(…) quando somos premiados em Cannes, na minha opinião, quem está sendo premiado na verdade, é o cinema brasileiro. Pois, a indústria do Audiovisual Brasileiro é gigante e geradora de emprego e lucro pro país e não deve ser criminalizada como está sendo. Então, a maior felicidade, é um reconhecimento mundial por algo que é uma forte marca do Brasil no mundo das artes.”

No mês de junho de 2019, todo o elenco paraibano do filme Bacurau recebeu a Medalha Ednaldo do Egypto. A cerimônia de homenagem aconteceu em uma sessão especial da Assembleia Legislativa da Paraíba e teve a iniciativa dos deputados estaduais Ricardo Barbosa e Jeová Campos.

No decorrer da sua vida profissional, entre os cargos assumidos de destaque, está o da Coordenação de Teatro da Funesc (Fundação Espaço Cultural) em 2015, ano em que comemorou 20 anos da sua carreira. Ao se lembrar desse fato, Suzy Lopes declarou: “O que pra mim, foi um grande reconhecimento do meu trabalho, pois foi lá em 1995 que comecei minha caminhada artística de forma profissional, querendo ser aquilo mesmo na minha vida.”

Suzy Lopes é casada com Paulo Vieira, diretor de teatro e ator. Ele está com ela em vários projetos da vida dela.

A atriz auto se define como: “Um ser atuante que gosta de experimentar o cruzamento de linguagens artísticas.”

 Marcela Mayara

Fontes:

Portal UOLhttps://bit.ly/2Qn4n8h

Blog pessoal de Suzy Lopes: https://qsejadoce.blogspot.com

Perfil pessoal no Facebook: https://www.facebook.com/atrizsuzylopes

Perfil our story no Facebook: bit.ly/ourstoryfacebook

Portal Correio da Paraíba: bit.ly/entrevistaportalcorreio

Paraíba Criativa: https://bit.ly/2RlIdne

Entrevista// Suzy Lopes

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *