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Data de publicação do verbete: 11/09/2015

José Camelo de Melo Resende

Poeta popular, escritor. Um dos maiores sucessos da literatura de cordel “Pavão Misterioso”, obra de sua autoria foi reeditada por várias vezes.
Data de publicação: setembro 11, 2015

Naturalidade: Pilõezinhos-PB

Nascimento: 13 de abril de 1885

Falecimento: 28 de outubro de 1964 em Rio Tinto, Paraíba

Atividades artístico-culturais: Poeta popular, escritor.

Folhetos de sua autoria: Mais de 53 folhetos em versão digital entre eles estão as grandes aventuras de Armando e Rosa; Entre o amor e a espada conhecidos como Joãozinho e Marquinha; O Monstro do Rio Negro e Pedrinho e Julinha.

José Camelo de Melo Resende nasceu em Pilõezinhos, na época, ainda distrito de Guarabira (PB). Quando jovem aspirava grandes sonhos, mas as precárias condições familiares frustraram seus sonhos. E Camelo exerceu atividades de um simples marceneiro e carpinteiro. Muito distante do que ele sonhava ser.

A poesia torna-se, então, válvula de escape para sua inteligência e extraordinária imaginação. Começa a escrever folhetos no início dos anos de 1920, versejando numa língua perfeita, com precisão da métrica e da rima que o distingue da maioria dos poetas populares.

Ao mesmo tempo, faz-se cantador, compensando seu pouco talento para improvisar com uma astúcia: decora romances que ele mesmo compõe, criando tramas ou adaptando-as das histórias que correm de boca em boca.

No fim dos anos 1920, mete-se em complicações. Zé Camelo é preso por cédulas falsas e levado de Guarabira para João Pessoa onde foi julgado pelo juiz federal Caldas Brandão. É nessa época que João Melquíades Ferreira da Silva publica na Paraíba, em seu nome, o romance Pavão Misterioso, obra criada por José Camelo. Este denuncia o golpe, mas o romance continuaria a ser atribuído a João Melquíades (N.E.: até hoje se discute a verdadeira autoria desse romance).

Seja como for, a história de Pavão Misterioso torna-se um dos maiores sucessos da literatura de cordel, sendo reeditadas inúmeras vezes, além de inspirar peças de teatro, canção, novela de televisão e filme de animação.

Outros romances de José Camelo também têm enorme repercussão: As Grandes Aventuras de Armando e Rosa-conhecidos por Coco Verde e Melancia; Entre o Amor e a Espada; História de Joãozinho e Mariquinha; O Monstro do Rio Negro e Pedrinho e Julinha, todos editados por João Martins de Ataíde, no Recife, e reeditados por José Bernardo da Silva e seus herdeiros, em Juazeiro do Norte.

No fim da vida, porém, quase octogenário, o poeta se deixa ganhar pela frustração e amargura, destruindo – segundo seus contemporâneos – umas cinquenta obras de sua autoria. José Camelo faleceu na cidade de Rio Tinto em 28 de outubro de 1964, passando à posteridade como um dos maiores autores da literatura de cordel brasileira.

Fonte:

 http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/JoseCamelo/joseCamelo_acervo.html

http://blogsolvermelho.blogspot.com.br/2012_09_01_archive.html

http://www.casaruibarbosa.gov.br/cordel/JoseCamelo/joseCamelo_biografia.html#

ALMEIDA, Átila de; ALVES SOBRINHO, José. Poetas populares paraibanos. Campina Grande: UFPB, 1984, p. 227-237 [mimeografado]

Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com.

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