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Data de publicação do verbete: 06/09/2016

Jessier Quirino

Poeta, humorista, escritor, compositor, declamador e contador de histórias e casos. Atrai público e crítica pelo seu estilo singular, domínio e presença de palco.
Data de publicação: setembro 6, 2016

Naturalidade: Campina Grande – PB

Ano de nascimento: 1954

Site: http://jessierquirino.com.br/

Formação educacional: Arquitetura na Universidade Federal da Paraíba, concluído em 1982.

Atividades artístico-culturais:  Poeta, humorista, escritor, compositor, declamador e contador de histórias e casos

Jessier Quirino define-se “Arquiteto por profissão, poeta por vocação, matuto por convicção”. Considerado por muitos um humorista, Jessier se rotula, antes de tudo, como um poeta que procura apresentar o matuto sertanejo com humor, mas conservando o lirismo poético e literário.

Jessier Quirino nasceu em 1954, na cidade de Campina Grande, na Paraíba, porém firmou residência, desde 1983, no município paraibano de Itabaiana. É filho de Antônio Quirino de Melo e de Maria Pompéia de Araújo Melo, e irmão de Lamarck, Leonam, Quirinus e Vitória Regina.

Estudou até o ginásio em Campina Grande, no Instituto Domingos Sávio e no Colégio Pio XI. Cursou o então científico no Recife, no Colégio Esuda, seguindo para a faculdade de Arquitetura na Universidade Federal da Paraíba, onde concluiu o curso em 1982. Exerce a profissão até hoje quando consegue conciliar com a sua movimentada agenda artística e literária.

Jessier Quirino é um artista plural. Aprendeu a tocar violão sozinho, trabalha a prosa, a métrica e a rima também por conta própria, brinca com as palavras como se fossem instrumentos de uma orquestra, resultando numa harmoniosa sonoridade que agrada os ouvidos mais exigentes. Chama a atenção do público pela sua extraordinária memória e pela variedade dos temas apresentados sobre a poética nordestina, sobre fatos, histórias e causos do cotidiano sertanejo.

Considerado um artista que preenche a lacuna deixada pelos menestréis do pensamento popular nordestino, Jessier Quirino atrai público e crítica não apenas pelo seu estilo singular, mas também pelo domínio e presença de palco. Ele se apresenta sozinho agradando pelo humor, neologismos, sarcasmo, piadas, cantorias e textos genuinamente nordestinos, com direito a acompanhamento musical feito pelos músicos: Vitor Quirino (no violão clássico), André Correia (no violino) e Matheus Quirino (na percussão), além dos músicos Letinho (no violão) e China (na Percussão) como convidados em alguns espetáculos.

Jessier Quirino já publicou livros, cordéis, gravou CDs, entre diversos materiais de expressão artística, destacando-se: Paisagem de interior (poesia, também em CD); Agruras da lata d’água (poesia); O chapéu mau e o lobinho vermelho (livro infantil); Prosa morena (poesia); Bandeira nordestina (poesia também em CDs); Política de pé de muro: o comitê do povão (legendas e imagens gargalhativas sobre folclore político popular);  A folha de boldo: notícias de cachaceiros (em parceria com Joselito Nunes);  Virgulino Lampião: Deputado Federal (folheto de cordel).

O artista Jessier Quirino também vem se apresentado em teatros, em universidades, em programas de rádio e televisão, como no Programa do Jô e no Fantástico, da Rede Globo, entre outros. Seu trabalho com a poesia, a rima e a métrica tem sido alvo de estudo acadêmico nas salas de aula. Segundo o saudoso poeta Alberto Cunha Melo, Jessier Quirino vem fazendo ao longo de seu trabalho, uma espécie de etnografia poética dos valores, hábitos e linguagem dos nordestinos, que futuramente poderá servir de testemunho de um mundo que está sendo devorado pela tecnologia.

Jessier Quirino ao comentar sobre as suas influências declara “Tenho um misto de influências poéticas. No início me influenciava muito a poesia matuta de Zé da Luz, Zé Laurentino e o cantar dos próprios repentistas. Tinha ali um misto de lirismo, humor e nordestinidade. Hoje, com uma poesia mais rebuscada, bebo um pouco na fonte de muitos: no cunho social de Catulo, no lirismo matuto de Renalto Caldas, no surrealismo de Zé Limeira, na imagem de Acenso Ferreira, no neologismo de Guimarães Rosa e José Cândido de Carvalho, na desconstrução de Manoel de Barros, na brasilidade e originalidade de Raul Bopp, no universo sertanejo dos cantadores e folcloristas, além de me debruçar no vocabulário popular rico e pitoresco do Nordeste”.

Material de autoria de Jessier Quirino existente nos acervos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj):

Bandeira Nordestina (CD). Acervo: Cehibra (fonoteca)

Berro novo (CD).  Acervo: Cehibra (fonoteca)

Jessier Quirino no programa de Geraldo Freire (CD). Acervo: Cehibra (fonoteca)

Prosa morena (CD). Acervo: Cehibra (fonoteca)

Virgulino Lampião: Deputado Federal. Mossoró, RN: Editora Queima-Bucha, 2006. 6 p. (Folheto de Cordel) Acervo: Biblioteca Central Blanche Knopf.

Fontes:

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=977:jessier-quirino&catid=45:letra-j&Itemid=1

http://www.letras.com.br/#!biografia/jessier-quirino

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