O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 31/08/2015

Jackson do Pandeiro

No palco, tinha uma ginga toda especial, uma mistura de malandro carioca com nordestino. Ficou famoso pelas umbigadas que trocava com a parceira e esposa Almira.
Data de publicação: agosto 31, 2015

Naturalidade: Alagoa Grande

Nascimento: 31 de agosto de 1919.  Falecimento: 10 de julho de 1982.

Atividades artístico-culturais: Cantor, músico e compositor.

José Gomes Filho, conhecido pelo nome artístico de “Jackson do Pandeiro”, aos 13 anos, com a morte do pai, veio com a mãe e os irmãos morar em Campina Grande, onde começou  a trabalhar como entregador de pão, engraxate e pequenos serviços. Na feira de Campina, entre um mandado e outro, assistia aos emboladores de coco e cantadores de viola. Ia muito ao cinema e tomou gosto pelos filmes de faroeste, admirando muito o ator Jack Perry. Nas brincadeiras de mocinho e bandido com os outros garotos, José transformava-se em Jack, nome pelo qual passou a ser conhecido.

Aos dezessete anos, largou o trabalho na padaria para ser baterista no Clube Ipiranga. Em 1939, já formava dupla com José Lacerda, irmão mais velho de Genival Lacerda. Nesta época, ele já era Jack do Pandeiro. No início da década de 40, Jackson foi morar em João Pessoa, onde continuou a tocar nos cabarés, e logo depois na Rádio Tabajara, onde ficou até 1946.

Em 1948 foi para Recife trabalhar na Rádio Jornal do Comércio; foi aí que o diretor do programa sugeriu que ele trocasse o Jack por Jackson, que era mais sonoro e causava mais efeito quando anunciado ao microfone. Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: Sebastiana, de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: Forró em Limoeiro, rojão composto por Edgar Ferreira.

Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956 vivendo com ela até 1967. Fizeram uma dupla de sucesso, ele cantando e ela dançando ao seu lado, tendo participado de dezenas de filmes nacionais. A paixão por Almira era tão grande que Jackson chegou a colocar várias músicas no nome dela. Depois doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.

No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com O Canto da Ema, Chiclete com Banana, Um a Um e Xote de Copacabana. Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.

Os músicos que o acompanharam, a exemplo de Dominguinhos e Severo dizem que ele era um grande “sanfoneiro de boca”, o que significa que apesar de não saber tocar o instrumento ele fazia com a boca tudo aquilo que queria que o sanfoneiro executasse no instrumento. No palco, tinha uma ginga toda especial, uma mistura de malandro carioca com nordestino. Ficou famoso pelas umbigadas que trocava com a parceira e esposa Almira.

 

Fonte:

http://jacksondopandeiro.clotildetavares.com.br/biograf.htm

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *