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Data de publicação do verbete: 09/10/2015

Escurinho

Compositor, cantor e percussionista. Atua também no teatro como ator e na criação de trilhas sonoras. Sua música é uma poesia urbana, uma fusão de ritmos e percussão.
Data de publicação: outubro 9, 2015

Naturalidade: Serra Talhada – PE / Radicado em João Pessoa – PB

Nascimento: 21/05/1962

Atividades artístico-culturais: Cantor, instrumentista, compositor e ator de teatro e cinema. E atua na criação de trilhas sonoras.

Telefone: (83) 98886-5113

E-mail: acasavaicair@gmail.com

Estilo: Fusão (de gêneros e influências) ritmos que vai do xote ao reggae, do experimentalismo ao rock, do forró ao baião, do caboclinho ao boi de reizado, do maracatu ao coco de embolada.

Discografia: (1995) Labacê; (2003) Malocage; (2004) DVD Toca Brasil; O Princípio Básico (2013); e o  mais novo  CD  “Ciranda de Maluco Vol 1” em 2015.

Prêmios: Em 1992, pela bela trilha do espetáculo “Vau da Sarapalha”, adaptação de Guimarães Rosa, no XIII Festival Nacional de Teatro em São Paulo.

Jonas Epifânio dos Santos Neto mais conhecido como “Escurinho” nasceu em Serra Talhada (PE), mas veio morar na Paraíba em 1969, aos 7 anos. Residiu inicialmente em Piancó e posteriormente em 1973, mudou-se para a cidade de Catolé do Rocha, ambas no Sertão da Paraíba.

Suas primeiras influências musicais tiveram origem nas feiras de Conceição do Piancó onde tinha acesso a música regional, o violeiro, o embolador de coco, o repentista, o forrozeiro, e a literatura de cordel. Mais foi em Catolé do Rocha, após conhecer Chico César, que Escurinho começou sua carreira. Nessa época, formou o grupo “Ferradura”, com o qual, ao lado de Chico César, se apresentou em Festivais e Shows do Sertão Paraibano.

Em seguida, no início da década de 1980,  mudou-se para João Pessoa onde participou do grupo “Jaguaribe Carne”, e atuou como percursionista na gravação de discos de artistas conhecidos do público nacional e local. Como compositor, teve várias de suas músicas gravadas e premiadas em diversos festivais MPB-SESC.

Em 1992, foi premiado em São José do Rio Preto, São Paulo, por melhor trilha sonora com o espetáculo “Vau da Sarapatalha”, de João Guimarães Rosa, adaptado pelo diretor Luís Carlos Vasconcelos e encenada pelo grupo “Piollin”. Com esse espetáculo viajou pelo Brasil e América do Sul.

Em 1995, montou o show “Labacé” (palavra de origem desconhecida, mas de grande significado no vocabulário nordestino. Quer dizer barulho, algazarra, ruídos, grande movimentação), do qual foi o idealizador. O show foi apresentado em praças, bares e teatros de João Pessoa, e demais cidades do interior da Paraíba. No ano seguinte o espetáculo contou com a participação do guitarrista, arranjador e compositor Alex Madureira.

No ano de 1998 foi gravado o CD decorrente do show, lançado na Associação Paraibana de Imprensa (API). Em dezembro de 2003, o artista lança o segundo CD “Malocage”, também com boa aceitação do público e da crítica.

Com esse trabalho Escurinho recebeu convite para tocar no Rio de Janeiro (Projeto Palco Sobre Rodas/04), São Paulo (Itaú Cultural – Projeto Toca Brasil/04) e foi selecionado para o Projeto Pixinguinha – 2004/2005, FENART/04/05 (Festival Nacional de Arte da Paraíba), Rumos do Itaú Cultural/05, IV Mercado Cultural Via Magia em Salvador/05, Centro Cultural Banco do Nordeste – Fortaleza e Cariri/06, e Feira da Música em Fortaleza/06.

Em 2006, o artista realizou shows na Espanha, Bélgica, Suíça e Itália acompanhando o cantor Chico César. Em 2008, o artista dividiu o palco novamente com o cantor Chico César, no projeto Afinidades no Sesc Santana em São Paulo. Em 2009, participou do programa “Som na Rural” com o apresentador Roger de Renor.

Sua obra é marcada pela mistura de diferentes ritmos embalados por modernos toques de percussão, ressaltando uma veia urbana bem característica de tal artista, mas bebe também na cultura popular nordestina, como o coco, a embolada e o reisado.

Escurinho traz em sua música uma poesia urbana de caráter social, mostra uma fusão de ritmos, que vai do xote, passa pelo reggae, rock, forró, baião, maracatu, coco de roda, emboladas até ritmos africanos e tribais. O trabalho de Escurinho comunga de algumas semelhanças com o dos grupos do mangue beat.

A música de Escurinho foi assim definida e analisada por ele: “Eu diria que a minha música é um pouco da extensão de mim mesmo… É um pouco dessa angústia do povo nordestino, a carência afetiva, essa carência de vida. Os versos da minha música são muito angustiados, muito revoltados. Mesmo a música falando de amor, vai falar de uma forma desgostosa. Não porque eu queira que a vida seja assim, ela ensina assim, difícil como a vida do povo nordestino”.

Fontes:

http://tnb.art.br/rede/escurinho

http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20120520155901&cat=cultura&keys=tributo-paraibanos-festejam-anos-escurinho-amanha

http://www.agendaparaiba.com/escurinho-e-esquadrao-38-se-apresentam-neste-sabado-28-na-estacao-cabo-branco/

http://www.dicionariompb.com.br/escurinho/dados-artisticos

http://zonasulnatal.blogspot.com.br/2012/10/entrevista-jonas-escurinho.html

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