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Data de publicação do verbete: 23/12/2016

Aurélio de Figueiredo

Pintor, desenhista, caricaturista, escultor e ensaísta. Conhecido pelos quadros Francesca da Rimini, de 1893, e Último Baile da Ilha Fiscal, de 1905. Foi o autor da letra do hino da Paraíba.
Data de publicação: dezembro 23, 2016

Naturalidade: Areia – PB

Nascimento: 3 de agosto de 1856 / Falecimento: 9 de abril de 1916

Atividades artístico-culturais: Pintor, desenhista, caricaturista, escultor e ensaísta.

Francisco Aurélio de Figueiredo e Mello, ainda jovem frequentava a Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro, sob a orientação de seu irmão, o pintor Pedro Américo e de Jules Le Chevrel. Essencialmente romântico, seus quadros mostravam temas históricos, retratos, paisagens e cenas de gênero.

Em 1871, publicou as suas primeiras caricaturas na revista A Comédia Social. Entre os anos de 1873 e 1875, colaborou com o seu trabalho também para a Semana Ilustrada, através de séries temáticas, como “Os Mistérios de Todos os Dias na Côrte”, obra de 1874.

Nos anos de 1876 e 1878, viveu na Europa, mais precisamente na cidade de Florença, na Itália. Nessa época, trabalhou no ateliê do irmão e estudou com artistas como Antonio Ciseri, Nicolò Barabino e Stefano Ussi, todos pintores de história, gênero e retrato.

De volta ao Brasil, passou a colaborar, entre 1878 e 1879, com o periódico Diabo Coxo, de Recife, em Pernambuco. Durante os anos de 1880, visitou outros países europeus e ainda participou de várias edições da Exposição Geral de Belas Artes.

Aurélio de Figueiredo se tornou conhecido pelos quadros “Francesca da Rimini”, de 1893, e “Último Baile da Ilha Fiscal”, de 1905, significativo registro do grande evento realizado pelo Império no Brasil. Produziu também retratos, naturezas-mortas, cenas de gênero e paisagens.

Para o crítico Gonzaga Duque, o lado inovador do paraibano estava presente em um formato específico de suas obras. “Nos pequenos quadros de gênero, nas alegorias, nas fantasias a pincel, o talento de Aurélio tem uma feição característica. Vê-se que todo o trabalho é espontâneo e rápido. Nos traços, os mais simples, conhece-se a mão sempre ligeira e leve do artista; nos toques, os mais insignificantes, o pincel passa com a mesma facilidade”, comentou.

A produção do artista foi apresentada em duas exposições individuais. A primeira ocorreu em 1912, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, e a segunda, póstuma, em 1956, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro.

Entre os diversos quadros de Aurélio de Figueiredo que ficaram famosos estão, “O Copo D’água” e “Francesca da Rimini”, de 1893, ambos pertencentes ao Museu Nacional de Belas Artes; “A Ilusão do Terceiro Reinado”, conhecido como “O Último Baile da Ilha Fiscal”, de 1905, que integra o acervo do Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro; e “Retrato de D. Pedro II”, de 1883, hoje no Museu Imperial, em Petrópolis.

Algumas de suas composições históricas foram executadas por encomenda, inclusive de governos provinciais, como as obras “Tiradentes no Patíbulo”, “Derradeira Sinfonia”, “Redenção do Amazonas” e “Abdicação de Dom Pedro I”. Além dos quadros, deixou também poemas e romances. Aurélio de Figueiredo foi o autor da letra do hino da Paraíba.

Fontes:

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa10302/aurelio-de-figueiredo

https://www.escritoriodearte.com/artista/aurelio-de-figueiredo

http://brasilartesenciclopedias.com.br/nacional/figueredo_melo.htm

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