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Data de publicação do verbete: 20/11/2015

Cátia de França

Cantora, compositora, cordelista e multi-instrumentista. Uma das grandes representantes da música popular nordestina.
Data de publicação: novembro 20, 2015

Naturalidade: João Pessoa PB

Nascimento: 13 de fevereiro de 1947

Atividades artístico-culturais: Cantora, compositora, cordelista e multi-instrumentista.

Prêmios:

2006- Medalha Augusto dos Anjos da Assembleia Legislativa do Estado

2007- Prêmio de Maestra das Artes, concedido pelo Governo do Estado da Paraíba

Estilo Musical: MPB

Catarina Maria de França Carneiro, conhecida no meio artístico por “Cátia de França” aprendeu na infância a tocar piano, violão, sanfona, flauta e percussão. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor em parceria com o poeta Diógenes Brayner. Participou de festivais de música popular na década de 1960, época em que viajou à Europa com um grupo folclórico.

Retornou para o Brasil em 1970 e em seguida gravou um compacto com algumas músicas que tinham sido vencedoras de concursos de música estaduais, no Estado da Paraíba. Foi professora de música e em meados dos anos 1970 começou a fazer composições com o poeta Diógenes Brayner. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1972 e começou a cantar na noite. Fez teatro com Elba Ramalho, participou da banda de Zé Ramalho iniciou contato com outros artistas nordestinos que logo em seguida iriam chegar ao sucesso, como Sivuca, Amelinha e Xangai.

Em 1975 teve uma composição na trilha sonora do filme “Cristais de Sangue”. Em 1978 Amelinha gravou sua composição “Coito das araras” no LP “Frevo Mulher”. Gravou o primeiro LP, 20 Palavras Ao Redor do Sol”, com músicas compostas sobre poemas de João Cabral de Melo Neto em 1979 pela CBS, no qual gravou sua composição mais famosa, “Kukukaya (Jogo da asa da bruxa)”, também gravada no mesmo ano por Elba Ramalho no LP “Ave de Prata”.

Em 1980 gravou o segundo LP, “Estilhaços”, que traz a participação especial de Clementina de Jesus na faixa “Meu boi surubim” (Cátia de França). Nesse ano participou do Projeto Pixinguinha, se apresentando ao lado de Jackson do Pandeiro. Em 1983 Cátia de França trabalhou na trilha sonora do Filme “Paraíba, Mulher Macho”, da cineasta Tizuka Yamasaki. O terceiro LP, “Feliz Demais”, foi lançado em 1985.

A cantora não evita expor os percalços que enfrentou ao longo das quatro décadas e meia de vida artística. Em alguns momentos, por exemplo, foi obrigada a mudar de cidade para continuar vivendo da música. “Morei em Pernambuco de 1990 a 1996. Foi lá que comecei a escrever cordel”, conta.

Logo após, Cátia fixou residência na Paraíba, onde é membro da ONG e do Projeto Malagueta, que tem como finalidade a preservação e divulgação do acervo cultural paraibano. O quarto LP, “Avatar”, foi gravado em 1998. Em 2005 gravou o CD “Cátia de França Canta Pedro Osmar”, mas este não foi lançado comercialmente.

Cátia de França também adentrou pelo mundo da literatura e das artes plásticas, com destaque para os livros “Zumbi em Cordel”, o infantil “Falando de Natureza Naturalmente”, “A Peleja de Lampião Contra a Fibra Ótica” e “Manual da Sobrevivência”, um resgate de sua trajetória pessoal e profissional.

Em 2006 recebeu em reconhecimento por sua contribuição para a arte e cultura da Paraíba, a medalha Augusto dos Anjos da Assembleia Legislativa do Estado. Em 2007 recebeu o Prêmio de Maestra das Artes, também concedido pelo Governo do Estado da Paraíba. Em 2012 Cátia lançou o CD independente “No Bagaço Da Cana – Um Brasil Adormecido”, com a orquestra feminina Camerata Arte Mulher.

Em setembro de 2015, Cátia se apresentou no Especial das Seis e falou um pouco sobre os 45 anos de carreira dedicados à cultura nordestina. Cantou canções como “Quem vai, quem vem”, “Não há guarda-chuva” e “Coito das araras”, esta última com participação de Chico César.

No mesmo mês, a cantora participou juntamente com o cantor Xangai e o percussionista Cleybson Bolão, do I Encontro de Cantadores que aconteceu em uma casa de festas na Zona Leste de Petrolina, no Sertão de Pernambuco.

Cátia de França fez um repertório especial para agradar ao público, cantando canções que o povo mais gosta e mais pedia nos shows e também apresentando melodias de Xangai e músicas que ela fez ao longo de sua trajetória.

A artista com influências que vão de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, a Beatles e Elvis Presley, é uma das grandes representantes da música popular nordestina. Ela compôs canções de grande destaque como “Dança das Lanças”, “Antoninha, Me Leva” (poema de Manoel de Barros musicado).

Suas músicas integraram diversas trilhas sonoras de teatro e cinema. Ao longo de cinco décadas de trabalho, gravou cinco álbuns com participações de Lulu Santos, Chico César, Clementina de Jesus, Sivuca e Dominguinhos.

 

Fontes:

http://www.cantorasdobrasil.com.br/cantoras/catia_de_franca.htm

http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/catia-de-franca

https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1tia_de_Fran%C3%A7a

http://www.joaopessoa.pb.gov.br/catia-de-franca-encerra-novembro-negro-com-show-na-praia/

http://romulogondim.com.br/estacao-cabo-branco-promove-sarau-homenagem-catia-franca/

http://irdeb.ba.gov.br/especialdasseis/?p=4174

http://g1.globo.com/pe/petrolina-regiao/noticia/2015/09/i-encontro-de-cantadores-acontece-neste-sabado-5-em-petrolina-pe.html

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