19 de julho de 2019 por Maurício
Lukas Santiago
A arte e técnica do trabalho manual são responsáveis por grandes invenções desde o início da humanidade. Na tentativa de criar coisas novas para tornar o dia a dia mais fácil, o homem fez grandes descobertas e muita gente teve a vida transformada.
O artesanato logo virou ferramenta para ganhar dinheiro, e faz a economia girar até hoje. Um dos segmentos que surgiu e se mantém é o crochê. Não se sabe ao certo a data em que foi criado, mas a arte de utilizar agulha para fazer um trançado se transformar nas mais versáteis peças ganhou o mundo, e chegou à Paraíba há muito tempo atrás.
Apesar de todo mundo saber o que é crochê, hoje em dia não é tão fácil encontrar alguém fazendo. Porém, na Lagoa, no centro de João Pessoa, todos os sábados, das 14h às 16h, um grupo de mulheres se reúne para manter a arte viva e compartilhar vivências e conhecimento.
Crochê no Parque/ Foto: Lukas Santiago
O ‘Crochê no Parque’ é composto hoje por mais de 30 mulheres, mas no início não era bem assim. A reunião tradicional e o convite de boca a boca fez com que o grupo criado pela artesã Lenilse, em outubro de 2017, se mantivesse ativo até hoje na direção de outra artesã, como a Jovanilda.
Se encontrar semanalmente deixou de ser apenas um passa tempo. Para algumas delas que enfrentaram dificuldades como a depressão, o crochê com as amigas serve como uma verdadeira terapia ocupacional no tratamento contínuo da doença. É isso que diz a dona Sônia, que sofria do mal há mais de 20 anos. “Eu ficava em casa só chorando, tentando contra a minha vida. Foi quando meu médico me indicou que eu começasse uma terapia ocupacional para conciliar com os medicamentos. Quando eu passei no ônibus, por acaso vi a turma fazendo crochê aqui no parque, desci e vim para cá, e até hoje faço parte do grupo. Depois disso eu fiquei bem, agora eu sou feliz”!
Já a Dona Severina usa a arte como fonte de renda. Conheceu o grupo em um workshop que elas ofereceram. Desde adolescente fazia crochê, mas tinha parado, e desde a oficina no ano passado retornou à prática. Depois disso, já participou até de feiras vendendo as peças produzidas. “Eu conheci o grupo depois do convite que recebi da Jô quando fui ao workshop.
Peças produzidas pelo grupo/ Foto: Lukas Santiago
Voltei a fazer crochê e agora já participei de feira em vários lugares, vendendo meus produtos. E tô assim, levando minha vendo fazendo crochê”. Além disso, ela usa a arte para beneficiar outras pessoas, como na confecção gratuita de tocas e perucas para crianças com câncer internadas em um hospital da capital. “Toda terça-feira a gente ensina e aprende. É muito legal, eu tô gostando muito desse trabalho. É gratificante fazer algo pelo próximo”.
O grupo é aberto para receber qualquer um que queira aprender e também para os que já sabem e querem se unir a elas. A utilização do espaço público confortável e arborizado proporciona um cenário agradável para a criação das peças e visibilidade do grupo. É importante que atitudes como a das mulheres do ‘Crochê no Parque’ perdurem para a manutenção da cultura paraibana, geração de renda, movimentação da economia criativa e promoção de bem-estar aos cidadãos.
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