O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 25/08/2019

Vant Vaz

Vant Vaz (nome artístico de Valmir Vaz) é dançarino e músico.
Data de publicação: agosto 25, 2019

Naturalidade: João Pessoa – PB

Nascimento: 18 de março de 1967

Atividades artístico- culturais: Dançarino, músico e artista visual.

Atividades exercícios-profissionais: Professor.

Instagram: https://www.instagram.com/vant.vaz

Facebook: https://www.facebook.com/vantvaz

Vant Vaz (nome artístico de Valmir Vaz) nasceu em 18 de março de 1967, na cidade de João Pessoa e mantém uma união estável há 24 anos que gerou um filho.

Na infância, ele começou a ter gosto pela dança ao tentar imitar os Tap dancers dos musicais da Metro (dançarinos que produzem sons ritmados com sapatos específicos). Exercitou danças folclóricas na escola e a partir dos oito anos de idade, ele acompanhava sua irmã na discoteca. Mas, sua vida na arte foi inaugurada bem antes: Vale salientar que a minha primeira arte foi o desenho e a pintura que iniciei desde os três anos de idade, disse Vant Vaz.

No início dos anos 80, ele consolidou o seu compromisso com a dança, quando começou a dançar Funky nas festas e logo depois, Street Dance.

Ele poderia citar muitos fatores que o levaram a investir nessa área artística, mas ele resumiu em uma frase: Com certeza enumero o poder socializante da dança, sobretudo a beleza que sempre entrevi nas corporeidades das danças de diversos estilos, principalmente populares e aquelas com diásporas diversas.

Uma das suas paixões foi a febre de 1984, o Breakdance: “Na segunda metade dos anos 80, descobrimos que aquilo que a mídia chamou de Breakdance era na verdade a confluência de diversos estilos de Street Dance praticadas nas ruas dos EUA (principalmente New York e Los Angeles) e daí em diante até hoje me dediquei a estudar, praticar e difundir estes estilos de dança” afirmou Vant.

Ele sempre demonstrou tendência a ser autodidata, fez workshops, cursos relacionados a diversos estilos, entretanto, as festas e os bailes se tornaram os principais locais de aprendizado. As danças populares e tradicionais, danças étnicas e danças urbanas (Street Dance Styles) são as áreas com que ele mais se identifica.

Seus primeiros passos de professor foram dados nos encontros da Cultura Hip-Hop e nos exercícios de Street Dance fornecidos no Teatro de Arena da FUNESC, localizado no Espaço Cultura José Lins do Rêgo. Nessa fase, que durou de 1989 a 1990, ele ensinava, aos domingos, passos para os jovens interessados em conhecer esses movimentos enérgicos.

Em 1993, ele já havia crescido profissionalmente e através de um amigo e da diretora da Escola de Dança da FUNESC, ele recebeu o convite para lecionar aulas e nunca mais parou: “A motivação nasceu da necessidade de cultivar e difundir estas danças e por combater o enorme preconceito que existia (ainda existe) na época dirigido às danças urbanas.”

Vant Vaz afirmou que sempre sonhou em atravessar o mundo por meio da sua arte e com a sua ascensão profissional, ele teve várias oportunidades de viajar, conhecer culturas, mundos diferentes: “Acredito que vivi e vivo uma vida povoada de boas aventuras.” E entre essas viagens ele destacou como ápice de sua vida a sua ida ao Senegal em 2012 e à França, em 2019, onde passou 15 dias. Nessas regiões ele afirmou que vivenciou experiências transformadoras ao conhecer lugares e pessoas incríveis.

No campo da dança, sempre há contatos humanos, troca de ideias, conselhos e aprendizados. Sobre os personagens que o inspira e instiga, ele declarou: “Pessoas irrepreensíveis, lutadoras. Aquelas que por suas escolhas fizeram mudar as coisas, que trouxeram melhorias para a dignidade humana, mesmo que minimamente ou que promoveram grandes revoluções nas artes, na cultura, no pensamento e nas ciências. Pensadores e ativistas. Pessoas éticas, contestadoras e corajosas.”

Entre seus objetivos mais importantes, ele destacou dois alcançados: a organização de encontros com artistas e pessoas de diversos lugares e exercer pensamentos acerca da arte dialógica e inclusiva.

Entre os locais nos quais ministrou aulas, tem-se: academias como Prodígio (1996 a 1998), Sonho D’água (2002 a 2004), nas extintas Palavollo, Improviso Academia de Dança, Academia Ativa (1995 a 1996), que funcionava no Shopping Manaíra, entre outras. Além delas, ele ensinou na EDEC (Escola de Dança do Espaço Cultural), de 1992 a 1994. Participou dos diversos projetos da Prefeitura da capital paraibana como “Oficinas Culturais nos Bairros” da FUNJOPE (Fundação Cultural de João Pessoa). E também lecionou aulas na famosa rota cultural paraibana “Caminhos do Frio”. E desde 2011, ele atua como professor no Curso de Danças Urbanas do CEARTE (Centro Estadual de Arte). Atualmente ele faz parte do Grupo musical Berimbaobab Brasil e Coletivo Tribo Éthnos.

As frases que ele leva como aprendizado e podem inspirar alunos e leitores são:

– Apreender e aprender sempre!!!;

– A próxima revolução será dançada!!!;

– Mais importante que o talento é a busca constante por superação e aprendizado.

– Grandes artistas serão aquelas pessoas que jamais desistiram de lutar por seus sonhos.

Seu filho herdou a paixão pela arte de dançar e junto com o pai também atua como artista em projetos do Curso de Danças Urbanas do CEARTE e do Coletivo Tribo Éthnos.

Quando perguntado sobre quais detalhes sobre sua vida ele gostaria de acrescentar, declarou: “Que amo todo tipo de linguagem artística, daí ter trabalhado desde cedo e ainda sigo trabalhando com artes visuais, dança, literatura e música.”

Vale salientar que ele estudou Ciências Biológicas na UFPB e além de dançarino e professor, ele é músico. Sobre o seu jeito de ser e viver, afirmou: “Apenas ainda sigo com meus sonhos ao longo de 37 anos. Sei apenas que acredito nos caminhos que escolhi, e os percorreria novamente. Mas uso o refrão de uma de minhas composições. “Em um Mundo onde os sonhos são poucos, aqueles que conseguem são loucos. Em um Mundo onde os sonhos são loucos, aqueles que conseguem são poucos!

Entrevista do portal Paraíba Criativa com Vant Vaz por Marcela Mayara.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *