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Data de publicação do verbete: 18/11/2015

Soia Lira

Começou a carreira artística no teatro ainda criança. Conquista seu espaço no cinema, com a personagem Ana, a mãe de Josué, em Central do Brasil, de Walter Salles.
Data de publicação: novembro 18, 2015

Naturalidade: Cajazeiras- PB

Nascimento: 06 de março de 1962

Atividade artístico – cultural: Atriz

Principais apresentações:

Teatro

1992/2006- Vau de Sarapalha, de Guimarães Rosa, direção de Luiz Carlos Vasconcelos.

2002- Woyzeck, O Brasileiro, de Georg Büchner, direção de Cibele Forjaz

2006- A Gaivota – Alguns Rascunhos, de Anton Tchecov, direção de Haroldo Rego

2010- Retábulo, de Osman Lins, direção de Luiz Carlos Vasconcelos

Cinema

1995- A Árvore de Marcação, de Jussara Queiróz

1998- Central do Brasil, de Walter Salles

1998- A Árvore da Miséria, de Marcus Vilar

2001- Eu Sou o Servo, de Eliezer Rolim

2004- O Quinze, de Jurandir de Oliveira

2019- Ambiente Familiar, de Torquato Joel

2019- Pacarrete, de Allan Deberton

Televisão

1994- A Mulher Vestida de Sol, de Ariano Suassuna, direção de Luiz Fernando Carvalho

2007- A Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, direção de Luiz Fernando Carvalho

Maria Auxiliadora Lira de Souza, conhecida pelo nome de “Soia Lira” começou a carreira artística no teatro ainda criança, ao lado dos irmãos Buda Lira, Nanego Lira e Bertrand Lira. A atriz recorda “Eu comecei a fazer teatro lá, em Cajazeiras, nessa cidadezinha, desde criança e com outras pessoas da minha idade. A gente começou a brincar, era como se fosse uma brincadeira, a gente não tinha uma pretensão que isso poderia chegar onde chegou”.

O encontro com o ator e diretor Luiz Carlos Vasconcelos foi fundamental: “O Luiz Carlos começou a fazer um trabalho com a gente, ele ficou tão fascinado, porque eram crianças fazendo espetáculo para adulto, e a gente tinha uma garra tão grande que ele ficou admirado”.

Em 1977, muda o nome do Grupo Mickey para Grupo de Teatro Terra, em Cajazeiras. Atuou na peça de Teatro “Os Pirralhos”, com direção de Luiz Carlos Vasconcelos, em 1980 e fez parte do Projeto Mambembão com o espetáculo “Beiço de Estrada”, de Eliezer Filho, em 1984. Com o final do Grupo Terra, depois da saída da atriz Marcélia Cartaxo, deixa os palcos e retorna, em 1992, com a criação do Grupo Piollin, sob a direção de Luiz Carlos Vasconcelos, em João Pessoa, encenando “Vau da Sarapalha”, uma adaptação do texto de Guimarães Rosa com direção de Luiz Carlos Vasconcelos. Há 15 anos o espetáculo revolucionou o teatro paraibano e até hoje é encenado, com apresentações por toda América Latina, e também na Espanha, Alemanha, Portugal, Bélgica e Inglaterra.

Nos anos 2000, com o espaço no teatro já conquistado, foi a vez de ser projetada também no cinema como Ana, a mãe de Josué (Vinícius Oliveira), em “Central do Brasil”, de Walter Salles: “Eu me lembro que quando eu cheguei lá eu era a Ana mesmo, porque eu cheguei tão acanhada. Eu já tinha mais de 20 anos de teatro, mas mesmo assim eu fui sem acreditar que eu ia trabalhar com a Fernanda Montenegro. Era um sonho, que eu não acreditava, mas que ao mesmo tempo, eu falava, “não, mas eu faço teatro, eu vivo isso”. E quando você chega perto dessas pessoas, porque você tem uma imagem pela televisão que invade sua casa, você vê que são pessoas como você, os mesmos medos, as inseguranças”.

No teatro, com o Grupo Piollin, atuou em “A Gaivota – Alguns Rascunhos”, dirigido por Haroldo Rego, em 2006, e também para um intercâmbio com. a Cia. Clara de Teatro, de Belo Horizonte. Em 2010, participou de “Retábulo”, de Osman Lins, adaptação e direção de Luiz Carlos Vasconcelos.

Em 2013, a atriz estreou no espetáculo A Pá, sob direção de Haroldo Rego, que foi concebida em processo de criação absolutamente coletiva, tendo, como inspiração, o filme “Gosto de cereja”, do iraniano Abbas Kiarostami. É um trabalho dramatúrgico autoral, reafirmando o compromisso de pesquisa em torno das linguagens artísticas contemporâneas e sua utilização no teatro, com especial interesse na arte da performance e na contribuição do cinema, como linguagem, à poética teatral. Em janeiro de 2015, Soia se apresentou novamente com esse espetáculo no Grupo de teatro Piollin. Em março, participou do lançamento do livro Projeto Teatro Piollin: diário de bordo; com a apresentação de performances elaboradas juntamente com atores do Piollin como, Buda Lira, Everaldo Pontes, João Paulo Soares, Luiz Carlos Vasconcelos e Nanego Lira.

Em 2019, Soia participa do filme “Ambiente Familiar” dirigido por Torquato Joel, como avó do personagem Fagner e também do filme vencedor do 47º Festival de Cinema de Gramado “Pacarrete”, onde ela interpreta a personagem Maria, que é empregada/governanta da casa em que vive com Pacarrete e a irmã dela. Esse filme também foi responsável por premiar Soia Lira nesse mesmo festival como “Melhor Atriz Coadjuvante”.

Em novembro de 2019 Soia Lira foi agraciada com o título de cidadã pessoense, homenagem dada pela câmera municipal de João Pessoa.

Fontes:

http://filmow.com/soia-lira-a97605/

http://teatropedia.com/wiki/Soia_Lira

http://www.epipoca.com.br/gente/ficha/33503/soia-lira

https://www.facebook.com/lirasoia

https://www.jornaldaparaiba.com.br/politica/marcelia-cartaxo-e-soia-lira-sao-agraciadas-com-o-titulo-de-cidadania-pessoense.html

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