O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 31/10/2021

Rhafael Cainã

Rhafael Cainã, é cantor, compositor e baixista.
Data de publicação: outubro 31, 2021

Naturalidade: Recife – PE // Radicado em: João Pessoa – PB

Nascimento: 12 de Fevereiro de 1993

Atividades artístico-culturais: Cantor, Compositor e Baixista

Contato: (83) 98139 – 0871 / E-mail: rhafaelcaina@gmail.com

Instagram: https://www.instagram.com/rhafael_caina/

Rhafael Cainã Santos de Melo, mais conhecido como Rhafael Cainã, é cantor, compositor e baixista. Viveu parte da sua infância e início da adolescência em Abreu e Lima, região metropolitana do Recife, porém veio morar em João Pessoa aos 13 anos de idade.

Devido a sua idade, dificuldade financeira e a distância de centros culturais sua infância em Abreu e Lima não sofreu significante impacto por qualquer tipo de arte. “Tudo mudou bastante quando vim para João Pessoa. Uma vez aqui, passei a ter acesso à internet, tv a cabo… e foi assim que comecei a me debruçar na música brasileira”, conta Rhafael.

Nesse contexto ele teve seu primeiro contato com a obra de Lenine (apesar de ser pernambucano, ele não o conhecia). Baixou toda a sua discografia e começou a ouvi-la ferozmente, ficou totalmente apaixonado. Poucos meses depois houve a confirmação da programação do Fenart (2010), no Espaço Cultural, em João Pessoa, Lenine foi escalado para o encerramento. 

“Eu fui sozinho, aos 16 anos, e aquele show me impactou absurdamente. Foi ali que eu decidi que queria mexer com música. Um fato curioso é que Daniel Matheus (Flotilha em Alta-Terra) e Rayan Pacheco (Caburé) também estavam lá e foram igualmente impactados. Esses dois se tornariam importantes parceiros musicais e amigos meus, num futuro próximo”.

O segundo momento determinante para seu ingresso na música foi uma participação num show da banda Seu Pereira e o Coletivo 401. Em 2012 a banda ainda tinha muito pouco material nas redes sociais e a música “Cabidela”, um de seus grandes sucessos, porém ainda não tinha nenhum registro. “Gravei essa música com ajuda de uma amiga, na Praça da Paz e subimos o vídeo no Youtube. Pouco depois eu adicionei Falcão (vocalista da banda) no Facebook e este me reconheceu (pois tinha visto meu vídeo), fazendo um convite para eu participar de um show e cantar com eles esta canção. Depois disso eu estava totalmente dominado pela vontade de me envolver com música”.

A primeira banda veio pouco tempo depois. Daniel e Rayan, que também estavam no show de Lenine, antes desconhecidos e agora amigos, o convidaram para tocar baixo em um projeto que se chamava Bulbo. “Eu tocava um pouco de violão desde os 16, mas não sabia tocar baixo e sequer tinha o instrumento. Mas Daniel me emprestou um velho baixo que possuía e eu comecei a dar meus primeiros passos. Esta banda não saiu da garagem, mas serviu como laboratório inicial”.

Um ou dois anos depois, em mais uma participação num show de Seu Pereira, cantando cabidela, Cainã foi visto por um rapaz chamado Fernando. Ele precisava montar às pressas uma banda, pois tinha se comprometido a participar de um evento sem dizer ao organizador que ainda não tinha um conjunto musical pronto. “Convidou a mim, ao Rayan (o mesmo já mencionado) e Milena (outra vocalista que também cantou conosco na Bulbo). Com estes e mais alguns integrantes, montamos a Amantes da Shirley (2014), a primeira banda oficialmente constituída da qual fiz parte. Nosso repertório passeava entre o brega, o coco, a ciranda, o maracatu e o mangebeat; mas nada autoral”.

Posteriormente foi integrado à banda Vieira (2015), com a qual fez diversos shows, destacando-se a abertura do show de Cícero, na turnê do disco A Praia; e a vitória no festival Redbull Break Time Session, embora ele tenha ficado de fora das gravações subsequentes. 

Já perto do fim de seu período na Vieira, ele foi convidado por Daniel Barbosa para tocar no seu novo projeto, a Flotilha em Alta-terra (2016). “Neste projeto tive a maior projeção. Participamos de eventos em palcos marcantes da capital paraibana, como os teatros do Espaço Cultural e o centro cultural do Banco do Nordeste em Sousa”.

Durante esses anos, participando de todos esses projetos, ele compôs algumas canções autorais. Houve a tentativa de criar um projeto pessoal, a Frederica, que chegou a participar do projeto Invasão paraibana, do canal da Elefante Sessions, mas foi encerrado.

Paralelamente a esses projetos, esteve em contato com um trabalho desenvolvido por Diógenes Ferraz (Mafiota), o espetáculo “Cartas escritas pelos cotovelos” (2016), onde uma banda nomeada de “Desculpas de Quinta” o acompanhava numa performance que misturava música, poesia e teatro. Este projeto contou com a participação de diversos músicos.

Cainã, Rhuan e Diógnes compuseram a primeira canção autoral para o projeto, a música também chamada de “Desculpas de quinta”.  Posteriormente, em 2018, com a entrada de Kevin Melo, outras composições autorais foram sendo desenvolvidas, incluindo mais uma das que Rhafael tinha feito nesses anos e estava engavetada. A partir da entrada de Melo, o projeto se tornou banda de fato e eles entraram em estúdio, e já lançaram alguns singles.

“O surgimento da Desculpas de Quinta significou, em certo sentido, uma volta às origens, para mim. Uma vez que a linguagem e o estilo que exploramos bebe diretamente nos bregas que eu ouvia indiretamente nas rádios difusoras do bairro onde eu morava em Abreu, na minha infância. Os dois projetos ativos dos quais faço parte, hoje, são a Desculpas de Quinta e a Flotilha. Com a melhora na situação da pandemia estamos ansiosos para voltar aos palcos e lançar coisa nova”.

Eventos & Participações

  • 2º edição do festival Bregabaré (Cachaçaria Filipéia – João Pessoa, 2014)
  • Coletivo Carimbó (Cachaçaria Filipéia – João Pessoa, 2014)
  • Festival Mundo (Piolin – João Pessoa, 2015)
  • Cicero e Vieira (Espaço Cultural – João Pessoa, 2016)
  • Duas edições do Natal da Usina (Usina cultural da energisa – João Pessoa, 2016, 2017)
  • Aniversário de 1 ano da Flotilha em Alta-terra (Usina cultural da energisa – João Pessoa, 2017)
  • Duas participações Redbull Break Time Session (Pátio do centro de comunicação, UFPB  – João Pessoa, 2017, 2018)
  • Palco 105 – Geraldo Vandré, Flotilha em Alta-terra e Banda-Fôrra (Alohai Pousada e Lounge – João Pessoa, 2018)
  • Duas participações no projeto Invasão paraibana (canal da Elefante Sessions, 2018)
  • Primeiro Som (Café da Usina, Energisa – João Pessoa, 2018)
  • Música do Mundo (Espaço Cultural – João Pessoa ,2018)
  • Salão da Música da 1ª Feira Internacional de Economia Criativa (Estação Cinência – João Pessoa, 2018)
  • Centro Cultural Banco do Nordeste (Sousa – 2019)
  • Flotilha em Alta-terra e Leandro Leo (Mi casa Su casa – João Pessoa, 2019)

 Maiara Alves

Fontes:

Entrevista com Rhafael Cainã por Maiara Alves

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *