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Data de publicação do verbete: 20/11/2020

Raysa Prado

Roteirista, diretora e assistente de direção.
Data de publicação: novembro 20, 2020

Naturalidade: Porto Alegre-RS//Radicada em João Pessoa-PB 

Nascimento: 31 de março de 1995.

Atividades artístico-culturais: roteirista, diretora e assistente de direção.

Instagram: https://www.instagram.com/rayodesoldamanha/ 

E-mail: raysaignaciodoprado@gmail.com

Site: https://coletivoatuador.com.br/raysa-prado/

Raysa Prado é graduada em Produçāo Audiovisual – Cinema e Vídeo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e especializada em Direçāo de Atores e Atrizes na Escuela Internacional de Cine y TV (EICTV) em Cuba. É diretora e roteirista de “A Pontualidade dos Tubarões”, selecionado para a Mostra Competitiva Nacional do XV Fest Aruanda, e de “Banco de Dados”, selecionado para a Mostra Tropeiros do 15º Comunicurtas UEPB, curta-metragem realizado pelo Coletivo Atuador, grupo que participa desde 2017. Além de diretora, roteirista e assistente de direção, Raysa também é diretora da Rayo de Sol Filmes.

Desde que se entende por gente, Raysa sempre foi muito artística: gostava de fazer apresentações de teatro, dança e contação de história pra toda família, além da escrita, que a acompanha até hoje. Como a maioria das meninas de sua turma ela sonhava em ser atriz e cantora, e pediu pra sua mãe a matricular no teatro com sete anos, mas acabou não gostando da experiência e se afastou. Foi entrando mais no mundo do cinema através de uma locadora de vhs e depois dvds que tinha perto da sua casa, ela ia todo final de semana e alugavam vários filmes para estender o prazo de devolução. A diretora de cinema disse que seu pai sempre alugava Apocalypse Now ou outro clássico e que ela foi alterando de acordo com a idade. Com mais ou menos 13 anos ela conheceu um grupo de amigos dois anos mais velhos e foi com eles que começou a explorar um pouco mais a cinematografia. O primeiro filme que a fez se dá conta de que cinema era a profissão que ela queria foi “Os Sonhadores” (2005), de Bernardo Bertolucci.

Quanto ao início de sua carreira, Raysa falou:

“Ali misturava muito que eu gostava: história da arte, política e um bom drama. Então foi quando começamos a fazer “sessões de cineclube” com outros filmes do cinema francês na minha casa nos finais de semana, juntando 3 a 5 amizades pra ver e debater alguns aspectos que a gente entendia sobre cinema. Foi nessa época que comentei com a minha mãe que queria fazer cinema. Não parecia palpável porque eu não conhecia ninguém que trabalhasse com cinema, só o pai de uma colega que eu não tinha muita proximidade. Ela e meu pai super apoiaram, por mais que no fundo ainda tivessem a esperança que eu iria para a área da sociologia, assim como eles. Minha mãe se aposentou como professora universitária, então em uma feira de livros que teve na universidade me comprou um livro pequeno, do Ismail Xavier, sobre cinema brasileiro e lembro que foi quando comecei a me apaixonar por Cinema Brasileiro, que hoje é um dos meus favoritos, junto com Latino americano e do Oriente Médio”.

Entrou na faculdade de Cinema em 2013, na PUC/RS, e lembra da emoção de pensar que estudaria algo que tanto amava diariamente. “Sempre gostei muito de direção, mas várias pessoas sempre ficavam me perguntando se não era uma “questão de ego, ou se eu não gostava da direção porque queria aparecer”. Nunca vi perguntarem isso pra um homem. Passei, inclusive, por alguns episódios de machismo bem pesado na universidade. Mas enfim, comecei a duvidar de mim e do meu potencial e acabei trabalhando em diversas funções na faculdade: produção, assistência de arte, continuidade, fotografia, montagem e assistência de direção, essa última que eu trabalho até hoje. Percebi, depois de um curso que fiz na Escuela Internacional de Cine y Tv, em Cuba, que eu gosto realmente é de contar histórias e de dirigir. A partir disso, fui criando alguns projetos independentes, como “A Pontualidade dos Tubarões”, que foi selecionado para a Mostra Competitiva do XV Fest Aruanda, e “Banco de Dados”, filme do Coletivo Atuador, que participo desde 2017, que codirigi com Paulo Philippe e também roteirizei junto à uma equipe, selecionado pro 15º Comunicurtas UEPB.

O Coletivo, inclusive, é um dos mecanismos pelos quais eu pude continuar trabalhando em meio a pandemia, de maneira remota. Criamos uma websérie chamada (A)Normalidade, veiculado no nosso Instagram, e nela eu pude tanto atuar pela primeira vez pra câmera e roteirizar. Foi um desafio e tanto mas não acho que seja possível fazer uma boa direção sem ter vivenciado a experiência de atuação, quando se trabalha com ficção. Também escrevi alguns projetos para os editais municipais como o Walfredo Rodriguez e a Lei Aldir Blanc. Acho que foi um jeito que encontrei de continuar dizendo pra mim mesma que a arte é o que vai nos salvar”, comentou a diretora e roteirista.

TRABALHOS:

Curtas-metragens:

Videoclipe:

Série televisiva e longa-metragem:

Fontes:

https://coletivoatuador.com.br/raysa-prado/

Entrevista com Raysa Prado por Ivanhia Kelly

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