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Data de publicação do verbete: 13/12/2019

Phelipe Caldas

Phelipe Caldas Pontes Carvalho, além de ser escritor, é jornalista, formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com mais de dez anos de atuação na imprensa paraibana.
Data de publicação: dezembro 13, 2019

Naturalidade: João Pessoa-PB

Data de nascimento: 30 de junho de 1982.

Atividade artísticos-culturais: Jornalista, pesquisador e escritor/ cronista 

Facebook: Phelipe caldas

Phelipe Caldas Pontes Carvalho, além de ser escritor, é jornalista, formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com mais de dez anos de atuação na imprensa paraibana, tendo atuado como repórter e editor do Jornal da Paraíba, editor do GloboEsporte.com/pb. Atualmente, ocupa o cargo de editor-geral do Jornal A União. É mestre em Antropologia pela UFPB, pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etnografias Urbanas, em que estuda a dinâmica de torcidas de futebol. Em 2020, iniciará o doutorado em antropologia social pela Universidade Federal de São Carlos.

O jornalista Phelipe lançou seu primeiro livro em 2007, um livro-reportagem intitulado “Academias de Bambu: boemia e intelectualidade nas mesas de bar”, na qual retrata a  vida boêmia e cultural da capital paraibana na década de 1960. Como o mesmo declara, “Eu sempre gostei de escrever. Sempre gostei de esportes também. Mas meu primeiro livro-reportagem não teve nada a ver com o tema. Foi publicado em 2007 e foi o meu trabalho de fim de curso na graduação que acabou virando livro. Foi um trabalho sobre os movimentos políticos e culturais que se iniciam a partir da mesa de bar, em que contei a história da Churrascaria Bambu, um famoso reduto boêmio de João Pessoa na década de 1960”. 

Phelipe começou a escrever de forma regular quando formado em jornalismo, mas as crônicas vieram bem depois, diante de um processo duro e de luto. “Eu passei mais de um ano em luto, meio depressivo, num estado de letargia preocupante. Foi neste período que eu comecei a escrever crônicas. Escrevia muitas crônicas sobre os meus pais, sobre a saudade, a dor, as boas memórias. Era um exercício libertador. Que me fazia muito bem. E foi assim que comecei a escrever crônicas”, comenta. 

Estreando no mundo das crônicas, seu segundo livro foi lançado em  2016, o “Além do Futebol: paixões, dores e memórias sobre um jogo de bola”, com uma coletânea de 71 crônicas que aborda a temática do futebol a partir de suas experiências e afetividades. “Em 2014, na Copa do Mundo, fui convidado para escrever uma coluna de opinião no Jornal da Paraíba sobre futebol e Copa. Naquele momento, eu já adorava crônicas. Foi quando fiz uma contraproposta à empresa. Um desafio a mim mesmo que eu queria tentar. Não escreveria artigos de opinião. Escreveria crônicas. Eles toparam e eu me lancei no desafio. Era uma loucura. Porque eu precisava escrever uma crônica por dia. Sem falta. Mas foi um trabalho maravilhoso. O meu livro de 2016, o segundo da minha carreira, reúne várias dessas crônicas”. 

Sobre o que inspira Phelipe na escrita, o mesmo comenta, “eu tenho algumas inspirações e algumas preocupações. Entre as inspirações, o passado e o futebol são duas importantes. Mas tem algo que eu busco no jornalismo e que eu busco na crônica também. É a capacidade de enxergar aquilo o que as pessoas não conseguem enxergar.[…] Eu tento ser descritivo ao máximo, num ritmo que não deixe o texto enfadonho. O objetivo é fazer com que o leitor entre na cena, participe dela, viva aquilo, sinta o que eu estou lhe propondo ser sentido. O maior elogio que eu recebo, quando eu recebo, é alguém dizer que leu tal texto como se estivesse dentro da cena. É exatamente o que eu busco”. 

O seu terceiro livro, intitulado “O Menino que Queria Jogar Futebol: uma história de fé e superação” da Ideia Editora, foi lançado no final de 2018 e conta a história do paraibano Gabriel Montenegro, o  garoto que em 2013 foi diagnosticado com um tumor no cérebro e que encontrou no futebol a força que precisava para a superação. O livro levou quase um ano para ser concluído e teve como base mais de 50 horas de entrevistas feitas com médicos, religiosos, parentes e com jogadores de futebol.  “De toda forma, continuo sendo jornalista também. Meu terceiro livro publicado é um livro-reportagem que reúne futebol, medicina e milagre. É a história de um menino que quase morre, com um tumor maligno no cérebro, e contra todas as previsões sobreviveu. Sobreviveu, e se recuperou completamente. E o futebol teve papel fundamental nessa recuperação. É um livro forte, que considero muito bonito, muito intenso”, explica Phelipe.

Algumas publicações entram nos planos para 2020, sendo um livro, já finalizado, de crônicas, que  reúne muitas das crônicas em que fala de seus pais, de seu passado, de saudades, em conjunto com outras de temas diversos, incluindo futebol. Para além, a publicação da dissertação de mestrado, finalizada  em 2019. “Nela, eu faço uma análise sobre os diferentes grupos de torcedores que cercam o Botafogo da Paraíba, numa análise sobre as rivalidades e alianças que as cercam. É uma pesquisa antropológica, mais acadêmica”.

Livros publicados: 

  • “Academias de Bambu: boemia e intelectualidade nas mesas de bar” (2007)
  • “Além do futebol: paixões dores e memórias sobre um jogo de bola” (2016)
  • “O Menino que Queria Jogar Futebol: uma história de fé e superação” (2018)

Fontes: 

Entrevista com o jornalista e escritor  Phelipe Caldas por Gizele Grayce.

http://g1.globo.com/pb/paraiba/noticia/2016/07/jornalista-paraibano-lanca-livro-de-cronicas-sobre-futebol-nesta-terca.html

https://portalcorreio.com.br/jornalista-phelipe-caldas-lanca-seu-terceiro-livro-nesta-quarta-feira/

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