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Data de publicação do verbete: 07/08/2020

Pescadores Da Penha

A zona costeira paraibana possui aproximadamente 138 km, onde se localiza a comunidade de pescadores artesanais da praia da Penha-PB.
Data de publicação: agosto 7, 2020

Município: João Pessoa-PB

A zona costeira paraibana possui aproximadamente 138 km, onde se localiza a comunidade de pescadores artesanais da praia da Penha-PB, antes Praia do Aratu, havia uma granja chamada Granja Aratu onde morava Carmelo Santos Coelho um dos patronos da praia da Penha, a personalidade marcou a povoação da comunidade, foi responsável por doar as terras envolta de sua granja para que os pescadores logo povoassem o lugar. Historicamente a ocupação da praia da Penha data, aproximadamente, do ano de 1900.

A comunidade local fixa é formada basicamente por pescadores artesanais e pequenos comerciantes. Segundo dados do IBGE (2000) residem aproximadamente 773 habitantes nesta localidade. Número alterado na época das férias, quando as grandes e luxuosas casas de veraneio recebem seus proprietários.

Os “pescadores da praia da Penha” são constituídos por 60 famílias e estão distribuídos em três grandes aglomerados no bairro: A vila dos pescadores, o aglomerado da praça Oswaldo Pessoa, onde se encontram bares, escolas (uma municipal e uma estadual) e onde se localiza o santuário da Penha; e o aglomerado beira-mar, que é formado por uma pequenina vila de pescadores e pelos bares às margens da praia.

A maioria dos pescadores está na faixa etária dos 21 aos 40 anos, no entanto, observa-se que alguns jovens lutam pela sua melhoria e pela oportunidade de voltarem a viver apenas do que se é retirado do mar. Dos pescadores locais 65% afirmaram que trabalham unicamente com a pesca e que desta tiram o sustento de suas famílias. A maioria exerce a atividade a mais de 10 anos. Geralmente, trabalham de 5 a 7 dias por semana, “quando o tempo está bom”. No verão chegam a passar até 15 dias no mar, mas não conseguem trazer a mesma quantidade de pescado de anos atrás. 

Atualmente dentre as espécies mais predadas na localidade, destacam-se a cioba e a cavala. Estas espécies possuem bons valores de venda, são bem recebidas e de apreciado sabor. Os pescadores possuem um bom grau de esclarecimento no que diz respeito aos seus direitos, principalmente, os trabalhistas e às políticas desenvolvidas na esfera da pesca. São conscientes quanto às necessidades de sua comunidade e questionam as gestões da associação dos pescadores quando não procuram por melhorias para categoria. São também informados e conscientes das proibições e listas de espécies em extinção do IBAMA.

Um importante acontecimento local é a Festa da Penha, que é considerado um dos maiores eventos profano-religioso do litoral paraibano, e tem a duração de nove dias. Os moradores locais consideram tal evento um marco para a sobrevivência da comunidade. A praia da Penha desde 4 de setembro de 1998 é reconhecida como Bairro da Penha de acordo com a lei municipal nº 1.574. 

A comunidade carrega a religiosidade na sua identidade, em especial os admiradores de Nossa Senhora da Penha frequentam o local com o intuito de pagar promessas, cerca de 10 mil romeiros passam pela comunidade na procissão realizada anualmente. As vilas de pescadores conservam costumes além da pescaria, como as celebrações com coco de roda, ciranda e babau. 

Israela Ramos

Fontes:

http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/5239/1/PDF%20-%20Dyego%20Medeiros%20de%20Almeida.pdf

http://joaootavio.com.br/bioterra/workspace/uploads/artigos/artigo_12_v10_n2-515628e8a1b05.pdf

https://www.pesca.agricultura.sp.gov.br/35_3_637-646.pdf

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