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Data de publicação do verbete: 25/11/2016

Pádua Belmont

Cantor, compositor e instrumentista. Foi representante de uma geração de guerrilheiros culturais e símbolo pela luta de incentivo a projetos culturais na Paraíba.
Data de publicação: novembro 25, 2016

Naturalidade: Bayeux – PB

Nascimento: 6 de novembro de 1964 / Falecimento: 27 de abril de 2014

Atividades artístico-culturais: Cantor, compositor e instrumentista.

Discografia: O Caminho e as Pedras (1992/2002), A Chegada (1996), Coletânea Musiclube (1997), Impulso (1999), Retorno (2008), Luzes do Vale (2013), Segredos da Alma (2014).

Livro: Os Limites da Dor do Ser (2014)

Antônio de Pádua Cavalcanti era conhecido como Pádua Belmont. Foi cantor nas noites de João Pessoa e servidor da Fundação Espaço Cultural (FUNESC). Estudou violão na Escola de Música Antenor Navarro. Em 1982, iniciou sua carreira artística no I Festival de Música do Projeto Vivência, no qual conquistou a primeira colocação com a música intitulada “Luta”, composta por ele em parceria com o compositor paraibano Júnior Natureza.

Posteriormente, participou da composição de inúmeros trabalhos musicais acompanhado por vários outros cantores. No ano de 1992, lançou o LP “Caminho e as Pedras” com um repertório composto de canções, baladas, blues e música regional. Em 1996, lançou o CD “A Chegada”, no qual interpretou a música título e “Cheiro de Romã”, de sua autoria.

Em parcerias cantou “A Seguir” e “Violenta Vida Vermelha”, com Walter Cygnus; “Mundo Louco”, “Luta” e “Xote da Morena”, com Júnior Natureza; “Há muitos”, com Ionildo Soares; “Barcarola”, com Zilma Ferreira Pinto; “Amor de Verdade”, com Febuk; “Jaguaribóia”, com Nelson Teixeira, além de “Tardes de Nuvens”, de Vital Alves e Arimatéia Rodrigues.

Com Júnior Natureza e Vital Alves foi premiado duas vezes com a música “Mundo Louco” e “Betamar”. Em 1997, participou do CD “Coletânea Musiclube” e em 1999 lançou o disco “Impulso”. Em 2002, relançou “O Caminho e as Pedras”. Em 2008, lançou um álbum chamado “Retorno”.

Com tanto trabalho produzido, Pádua Belmont passou a ser considerado representante da geração de guerrilheiros culturais, além de ser símbolo pela luta de incentivo a projetos culturais na Paraíba, o que resultou na Lei Viva Cultura e, posteriormente, Fundo Municipal de Cultura (FMC).

No ano de 2011, realizou o show “As Emoções das Canções”, no auditório da Estação Cabo Branco Ciência, Cultura e Artes, no Bairro Altiplano em João Pessoa (PB). Nesta apresentação cantou músicas inéditas, além de “Isso”, de Chico César; “Clichê do Clichê”, de Vinicius Cantuária e Gilberto Gil; “Coração de Zabumba”, de Kennedy Costa, e “Quintal do Desejo”, de Vital Alves.

Ao longo da carreira participou de diversos festivais como o Forró Fest, além de três edições do Festival de Música do Serviço Social do Comércio (SESC). Esteve também no Projeto Boca da Noite, além das duas edições do Projeto Seis e Meia, do Projeto Sessão das Sete, entre outros.

Em 2013, Pádua Belmont lançou o CD “Luzes do Vale” que tinha como temática as tradições do Vale do Gramame, na Paraíba. Foi resultado de um trabalho de pesquisa feito sobre a cultura local no Colinas II. As músicas foram dedicadas aos cinco anos de vivência com a arte existente no local, com sua força de criação e liberdade de expressão. Esse álbum autoral se traduz em baladas, toadas, baião, guarania, soul e funk, com influências de Chico César, Gilberto Gil, Zé Ramalho, Ed Motta, Fagner, dentre outros. Chico César e Rosildo Oliveira fizeram uma participação especial para o disco.

Pádua Belmont morreu aos 48 anos de idade no dia 27 de abril de 2014, vítima de câncer no pulmão. O artista foi sepultado no Cemitério Senhor da Boa Sentença, localizado no Bairro do Varadouro em João Pessoa.

No dia 30 de abril de 2014, estava marcado o lançamento do livro “Os Limites da Dor do Ser” e do disco de músicas inéditas chamado “Segredos da Alma”, na Usina Cultural Energisa, em João Pessoa. Com o falecimento, familiares e amigos mantiveram a festa de apresentação das obras como forma de homenagear o artista.

Pádua Belmont compactava em suas obras a beleza e a leveza da cultura e as traduzia em sons e melodias. Segundo Adeildo Vieira, amigo do cantor, ele era o representante mais digno das propostas do Musiclube da Paraíba, criado em 1982 e cujas reuniões aconteceram até os anos 90. “Pádua é a maior demonstração de perseverança, crédito no trabalho, fé e força de viver que tenho conhecimento. Ele lutou por sua vida e trabalhou até o último minuto”, disse Adeildo.

Fontes:

http://dicionariompb.com.br/padua-belmont          

http://joseliocarneiro.blogspot.com.br/2014/04/padua-belmont-o-poeta-se-foi.html

http://www.maispb.com.br/20330/morre-o-cantor-e-compositor-paraibano-padua-belmont.html

http://rc.tv.br/padua-belmont/

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