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Data de publicação do verbete: 29/09/2016

Museu Comunitário da Escola Viva Olho do Tempo

No museu, a exposição permanente “Vale do Gramame: Memórias e Vivências”. Com visitação aberta ao público e agendada para escolas.
Data de publicação: setembro 29, 2016

 

Município: João Pessoa – PB

Ano de Fundação: 2010

Contato: (83) 3220-1138

E-mail: escolavivaolhodotempo@yahoo.com.br

Exposição permanente “Vale do Gramame: Memórias e Vivências”.

Visitação: aberta ao público e agendada para escolas.

O Museu Comunitário da Escola Viva Olho do Tempo (EVOT) foi criado em maio de 2010, e faz parte da Congregação Holística da Paraíba – Escola Viva Olho do Tempo, fundada em 1998, como instituição social sem fins lucrativos, desenvolvendo desde 2004, na Região do Vale do Gramame, projetos e atividades na área da educação não formal, da cultura e do meio ambiente.

O museu iniciou com uma exposição de objetos do quotidiano da comunidade relacionados com a pesca e o trabalho rural, fotografias e imagens das atividades desenvolvidas pela escola e das manifestações culturais locais, como a promoção do São João Rural, do Encontro Cultural “O Vale vai à Praça”, rodas de leituras com as crianças e mestres, entre outras.

Todo o material exposto pela EVOT representou as referências culturais e ao mesmo tempo narrou as histórias do Vale do Gramame. Peças de destaque fizeram parte da exposição, e foi construído um fogão de barro, muito comum na região, de modo a demonstrar uma típica cozinha rural, encontrada em muitas casas na localidade.

Em 2013, a exposição do museu foi reconfigurada, por meio de uma parceria com a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) na Paraíba, montando-se um novo circuito expositivo, intitulado Vale do Gramame: Memórias e Vivências”, em que se procurou mostrar as referências culturais da região e os problemas causados pela poluição dos rios, a partir do olhar dos mestres de cultura popular local.

No processo de requalificação foi decidido, que a exposição iria abordar as referências culturais da região, a partir do olhar e das memórias dos mestres e mestras da cultura popular local.

Foram selecionados dez mestres que, de uma certa forma, tinham reconhecimento na localidade em função dos seus ofícios, dos seus saberes ou das manifestações culturais que promoviam: Zé Pequeno (mateiro e pescador); Zé do Balaio (artesão, que trabalha com cipó titara); Judite Palhano (poeta popular); João, Ciça e Geralda (cirandeiros); Zominho (tocador de acordeão); Marcos (puxador de quadrilha); e Mestre Doci (contadora de histórias). Estas personalidades mantêm viva as suas referências culturais, transmitindo-as às novas gerações.

No museu o público tem oportunidade de contemplar “O Rio Gramame”, o grande personagem da exposição. Um barco, centralizado numa das salas, traz no seu interior apetrechos e instrumentos de pesca remetendo para o universo ribeirinho local. No barco, há uma frase escrita na lateral, instigando o visitante a refletir sobre um problema social das comunidades ribeirinhas e dos moradores do Vale do Gramame. A frase: “O Velho Gramame quer viver em águas limpas”, é complementada com o trecho de uma poesia da mestra Judite Palhano, inscrita num dos painéis sobre o rio.

Na exposição, em vez de textos informativos, são priorizados conteúdos que visam comunicar com o visitante por meio da ludicidade e da poesia. Mais do que informar, a preocupação é sensibilizar e cativar o público. Para isso, são exploradas produções de poetas locais, sobretudo da mestra Judite Palhano.

A exposição conta ainda com vídeos produzidos pela Escola Viva Olho do Tempo, mostrando a riqueza do Vale, pelo olhar dos seus moradores e mestres da cultura popular.

O espaço também promove ações de memória em diálogo com as escolas e as comunidades do Vale do Gramame, desenvolvendo ações de educação patrimonial com base na pedagogia griô, pautada no reconhecimento e na valorização da cultura, na identidade local e todo patrimônio cultural da região.

Os diálogos acontecem através de rodas com a contação de história nos quintais dos mestres Griôs do Vale, os quais partilham suas experiências de saberes e fazeres, apoiando a produção artística e cultural dos griôs da comunidade.

Nestas rodas, trilhas, e brincadeiras que acontecem na sede da instituição, bem como em salas de aula da escola formal, praças e em outros espaços de memória da comunidade, os visitantes tem a oportunidade de vivenciar a riqueza cultural da região, aprender sobre preservação e valorização da Comunidade do Vale do Gramame.

Fontes:

http://www.olhodotempo.org.br/?page_id=39

http://casadopatrimoniojp.com/?page_id=729

http://www.cultura.gov.br/banner3/-/asset_publisher/8J9CFVHcu3W4/content/circuito-cultura-viva-chega-a-paraiba/10883

http://www.cmjp.pb.gov.br/noticia.php?id=8209#.VjkOc3qrRkg

http://blogdovavadaluz.com/sem-categoria/exposicao-vale-do-gramame-memorias-e-vivencias%E2%80%8F

https://midas.revues.org/1012

 

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