Naturalidade: João Pessoa-PB
Nascimento: 21 de abril de 1986
Atividades artístico-culturais: Musicista Percussionista
Instagram: @monalisalira_
Facebook: https://www.facebook.com/monalisa.lira.35
Contato: (83) 987041522
Rosicleide Carlos Lira, de nome artístico Monalisa Lira, é percussionista. A artista que está concluindo o Bacharelado em Música com habilitação em Práticas Interpretativas pela UFPB, afirma que teve apoio por parte de seus familiares para seguir carreira na arte, “A minha mãe é amante das artes e desde pequena nos incentivou a desenvolver esse lado. Apesar de não saber ler nem escrever (aprendeu apenas a escrever o nome), tem uma visão além de sua criação rígida. Meu irmão do meio, Moses, tocou em banda marcial e depois estudou bateria, nunca foi profissional, mas isso me influenciou sim”.
Monalisa deu seus primeiros passos como artista ainda criança, e sobre a sua infância declara, “Minha infância foi muito humilde, minha mãe conseguiu uma vaga no Jardim I, e eu já tinha 7 anos, na Escola Hermann Gmeiner – Aldeia SOS, lá eu ajudava as tias a cuidar dos pequenos, e na hora do descanso eu ia para sala da alfabetização para outra professora me ensinar a ler. Minhas melhores lembranças são de momentos que vivi lá. Nesta escola participei da Banda Marcial aos 12 anos (1998) e aos 15 anos (2001) comecei um curso de desenho e expus meus desenhos coletivamente por alguns anos, foi daí que surgiu o apelido Monalisa.”
Em 2005, iniciou o curso de música na Escola de Música Anthenor Navarro – EMAN, e no mesmo ano começou a participar do círculo de tambores, coordenado por Chiquinho Mino, posteriormente, ingressou também no Nação Maracahyba, coordenado por Luciano Oliveira, “Através desses grupos me interessei pelo agbe, instrumento que confecciono e ensino a tocar hoje em dia.”
O agbe é um instrumento de origem africana feito de cabaça coberta por uma rede trançada por fios e miçangas. Usado principalmente nos grupos de afoxés, maracatus e alguns grupos de cocos. A mestra Joana foi quem trouxe mais visibilidade ao instrumento através do Maracatu Nação Porto Rico ao introduzir coreografias baseadas nas danças de orixás, unindo o toque com a dança.
Ela já tocou com Alabè Alujá, Baque Mulher JP, no Maracatu Pé de Elefante, Nação Maracahyba, Grupo Percussons e desde 2012 toca com As Calungas, Orin Axé (2008), Grupo de Percussão da UFPB (2008), Orquestra de Metais e Percussão da Paraíba (2018), Orquestra Filarmónica Jovem da UFPB (2017) e Banda Sinfônica José Siqueira (2016).
“Muitas mulheres artistas me inspiram, Elizabeth Del Grande (SP), Germana Cunha (RN) e Wenia Xavier (PB) são as principais da música erudita na percussão. Na música popular existem muitas mestras que estão na luta pela cultura e pela preservação da tradição, suas histórias me fortalecem e emocionam.”
A artista cita ainda como inspirações os brincantes da cultura popular de uma forma geral, tradições dos cocos, maracatus e afoxés. Tem como referências personalidades como Mestra Joana, Vó Mera, Cátia de França, Banda Didá entre outras.
Dentre os seus trabalhos marcantes a musicista cita o Encontro de Percussão em Recife-PE (2008), a apresentação com o Grupo Nação Maracahyba no Festival Caminhos do Frio em Alagoa Grande-PB (2010), o show com As Calungas no Festival de Artes de Areia-PB (2013), o show com o Grupo Orin Axé no São João da Capital -PB (2014) e o show pelo BNB Cultural em Souza-PB com grupo As Calungas (2016).
São marcos para sua a carreira a participação na gravação do DVD do lançamento do álbum Pétalas Vocais, de Maria Juliana com o grupo As Calungas (2016), a participação no show de Saulo Fernandes com o grupo As Calungas (2018), o concerto com a OFJPB no FIMUS em Campina Grande-PB (2018), a participação no show de Cátia de França no Festival Novembro Negro (2018), o Festival Música de Raiz SESC em Campina Grande (2019) e o show de Sandra Belê com As Calungas no Festival Novembro Negro (2019).
Fonte: Entrevista com Monalisa Lira por Israela Ramos