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Data de publicação do verbete: 08/12/2016

Miguel dos Santos

Artista plástico, escultor, ceramista, pintor e desenhista. Suas obras fazem referência à cultura nordestina e africana, perpassando pelo realismo mágico, barroco e modernismo.
Data de publicação: dezembro 8, 2016

Naturalidade: Caruaru – PE / Radicado em João Pessoa – PB

Nascimento: 3 de novembro de 1944

Atividades artístico-culturais: Artista plástico, escultor, ceramista, pintor e desenhista.

Contato: (83) 987445474 // 3023-5307

Instagram: @migueldossantos_

Facebook: https://www.facebook.com/miguel.domingosdossantos

Atelier: Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, Nº 429, Tambaú.

Exposições: Salão Nacional de Arte Moderna (1973); Bienal de São Paulo (1977); Salão Nacional de Artes Plásticas do Ceará, Fortaleza (1984); Image du Brésil, Bruxelas, na Bélgica (1973); II Festival Mundial de Arte Negra na Nigéria (1977); 10 Artistas Brasileños, no Museu de Arte Moderna de Bogotá, na Colômbia (1981); A Cor e o Desenho do Brasil, Itinerante por Paris, Londres, Madri, Lisboa, Roma e Haia (1984); As Cores da Arte Paraibana, João Pessoa (1998).

Miguel Domingos dos Santos é um multiartista. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Seu interesse pelas artes plásticas veio desde os 4 anos de idade, quando frequentava a Feira de Caruaru com o avô. No local, o menino observava com sensibilidade o tabuleiro do Mestre Vitalino, um destacado artesão que retratava em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino.

Autodidata, Miguel se tornou escultor e desenhista sem nunca abandonar esse universo estruturado em raízes brasileiras. Suas peças são feitas com o barro da própria região onde trabalha e queimadas em forno de alta temperatura. Inicialmente pintor, se dedicou também à cerâmica. Desde 1960 vive em João Pessoa, onde participou da sua primeira mostra coletiva, no Teatro Santa Rosa.

Oito anos após se mudar para a capital paraibana, o artista inaugurou sua primeira exposição, no Departamento Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em 1970, expôs na Galeria Negra Fulô, em Recife, Pernambuco, passando nos anos seguintes a ter trabalhos em diversas capitais brasileiras, como Natal, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com destaque, nesta última cidade, para as mostras na Galeria Bonino nos anos de 1972, 1975, 1978, 1980 e 1986.

Em 1994, conquistou a Bolsa Vitae de Artes Plásticas, que ajudava a desenvolver projetos artísticos no Brasil. Durante os anos de 1970 e 1990, Miguel dos Santos participou de diversas exposições nacionais e no exterior. Suas obras estiveram presentes ainda na Galeria Lúcio M. Rodrigues, em Miami, no ano de 1995; no Atelier Galeria de Arte Marlene Galvão de Natal, no Rio Grande do Norte, em 2002; e na Galeria Gamela, em João Pessoa, no mesmo ano.

Historiadores como Clarival Prado Valladares acreditam que a arte de Miguel dos Santos tem como referência a cultura de povos do norte da África. Essa influência pode ser percebida em obras como a confecção de máscaras ritualísticas. O esmero, a técnica singular de modelagem e de decoração estão presentes desde peças de pequeno porte até aos totens que chegam a medir três metros de altura.

Há também monumentos voltados para o realismo mágico. Apaixonado pelos mitos da região Nordeste do Brasil, onde explora a composição de figuras como animais míticos e deuses, que são esculpidos em materiais como mármore e madeira. O terceiro tripé das referências de Miguel dos Santos é a arte erudita de Aleijadinho, consagrado escultor do barroco brasileiro.

Integrou o Movimento Armonial, criado pelo escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, junto com outros artistas e intelectuais nordestinos. Miguel é autor de um magnífico painel cerâmico na fachada da sede do edifício da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba e três de seus totens decoram os jardins do Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro.

No ano de 2009, a pedido da Prefeitura de João Pessoa, o artista criou a escultura “A Pedra do Reino”, localizada no Parque Solón de Lucena, que é um dos mais importantes cartões postais da cidade. A peça foi uma homenagem a Ariano Suassuna.

Em entrevista, Ariano elogiou o escultor. “Os nordestinos vão levando adiante seu trabalho criador de modo cada vez mais atuante, mais profundo, mais ligado às raízes da cultura brasileira. O melhor, porém, é que escritores ou artistas como Miguel dos Santos, para ficar só no seu caso não se contentam em repetir o que os regionalistas e modernistas fizeram: vão adiante, abrindo novos caminhos ou levando outros no sentido diferente”, afirmou.

Em 2015, o escultor foi convidado pela BArte Galeria, em Recife, para expor o projeto “Miguel dos Santos em Obras de Pequenos Formatos”, composto por dez quadros em óleo sobre tela e 30 peças, entre pratos, placas e vasos, com tamanhos entre 25 cm e 40 cm. Os trabalhos foram mais uma vez influenciados pela arte tradicional do Mestre Vitalino e das culturas arcaicas, indígena e africana.

Fontes:

http://brasilartegaleria.com.br/artistas/miguel-dos-santos/

http://www.catalogodasartes.com.br/Detalhar_Biografia_Artista.asp?idArtistaBiografia=311

https://modulacao.wordpress.com/2015/11/11/o-ceramista-e-pintor-miguel-dos-santos-em-mostra-na-barte-galeria/

http://www.rodriguesgaleria.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=118:miguel-dos-santos-qcavaleiroq&catid=36:pinturas&Itemid=57

http://www.babeldasartes.com.br/blog/2010/08/10/miguel-dos-santos-ceramica-babel-das-artes/

http://www.joaopessoa.pb.gov.br/escultura-sobre-obra-de-arianosuassuna-e-instalada-na-lagoa/

http://galeriapontes.com.br/?portfolio=miguel-dos-santos

http://revistasim.ne10.uol.com.br/2015/11/miguel-dos-santos-em-mostra-na-barte-galeria/

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