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Data de publicação do verbete: 31/07/2015

Marco di Aurélio

O escritor e cordelista é um militante da Academia Paraibana de Poesias. Sua obra transita do cordel ao soneto, do aboio à poesia moderna, musicais e documentários.
Data de publicação: julho 31, 2015

Naturalidade: Bodocó – PE / Radicado em João Pessoa-PB

https://www.facebook.com/marcodiaurelio

Atividades artístico-culturais: Escritor, cordelista e ator.

Folhetos de sua autoria: Primavera dos Museus, Todos os caminhos, Coisa de Cordelista, Vaqueiro aboiador.

Poesias: Ventos da vida, Sentidos, Doce visita, Como te vejo, Como é grande o poder da natureza, e  É vereda.

Marcos Aurélio Gomes de Carvalho define-se “gerado nas madornas de um Abril dos tempos, gestado vagarosamente nas manhãs do mundo, nascido sertanejo sob um céu de luz num janeiro azul e ensolarado, e solfeja em seus versos o que vem de dentro”.

O cordelista, filho de Ester e Aurélio, por isso o nome “Marco Di Aurélio”, nasceu na cidade de Bodocó, alto sertão pernambucano. O artista inclui em seu currículo, uma vasta experiência profissional que o tornara poeta de um lirismo límpido e sensível às causas sociais e ao próximo, razão que provavelmente conduz a sua entrega total as raízes e a cultura popular nordestina.

Sua verve poética e artística o conduz pelas artes plásticas, cinema, fotografia, palcos, contos e, sobretudo pela poética. O artista perde-se na vastidão da vida, vencendo porteiras e cercas de sua própria busca.

Marco Di Aurélio marca sua produção pelo tradicionalismo poético que caracteriza o cordel desde o conteúdo ao aspecto físico e xilográfico. Isto não o caracteriza conservador em seus posicionamentos; encarna um regionalismo nativista, sem radicalismos nem barreiras conservadoras.

O escritor e cordelista é um militante da Academia Paraibana de Poesias; sua obra transita do cordel ao soneto, do aboio à poesia moderna, das incelências aos musicais e documentários.

Entre as suas publicações, destaca-se o livro de contos autobiográficos sobre as coisas do sertão Com-Caso. Como cordelista destacou-se, como autor da primeira edição de literatura de cordel do sistema Braille no Brasil, a obra é patrocinada pela Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de João Pessoa, onde atualmente é radicado.

Trecho de um folheto de Marco di Aurélio:

Fecho meus olhos

e no silêncio do mundo

me arquejo

no vento da vida

me vejo nas folhas caídas

na terra ferida

por sol inclemente

e a sede

que me arrebata

me salva e me mata

num tempo sem dono

me salva

pois saber que vivendo

sentirei que morrendo

a seca me assalta

e os galhos

aos gritos se lançam

espinhos me alcançam

e me estraçalham

me perco

perdendo os sentidos

sem ter mais ouvidos

pro vento da morte

e a sorte

que foi meu destino

me fez nordestino

nascido nas terras

do leão do norte.

(DI AURÉLIO, Marco. Ventos da Vida, 2012).

Fontes:

http://www.marcodiaurelio.com.br/marcodiaurelio.php

http://culturanordestina.blogspot.com.br/2008/11/todos-os-caminhos.html

http://www.fatima-vieira.com/marco_25.html

http://cordelparaiba.blogspot.com.br/2010/05/cordelista-pernambucano-radicado-na.html/

 

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