Naturalidade: Bodocó – PE / Radicado em João Pessoa-PB
https://www.facebook.com/marcodiaurelio
Atividades artístico-culturais: Escritor, cordelista e ator.
Folhetos de sua autoria: Primavera dos Museus, Todos os caminhos, Coisa de Cordelista, Vaqueiro aboiador.
Poesias: Ventos da vida, Sentidos, Doce visita, Como te vejo, Como é grande o poder da natureza, e É vereda.
Marcos Aurélio Gomes de Carvalho define-se “gerado nas madornas de um Abril dos tempos, gestado vagarosamente nas manhãs do mundo, nascido sertanejo sob um céu de luz num janeiro azul e ensolarado, e solfeja em seus versos o que vem de dentro”.
O cordelista, filho de Ester e Aurélio, por isso o nome “Marco Di Aurélio”, nasceu na cidade de Bodocó, alto sertão pernambucano. O artista inclui em seu currículo, uma vasta experiência profissional que o tornara poeta de um lirismo límpido e sensível às causas sociais e ao próximo, razão que provavelmente conduz a sua entrega total as raízes e a cultura popular nordestina.
Sua verve poética e artística o conduz pelas artes plásticas, cinema, fotografia, palcos, contos e, sobretudo pela poética. O artista perde-se na vastidão da vida, vencendo porteiras e cercas de sua própria busca.
Marco Di Aurélio marca sua produção pelo tradicionalismo poético que caracteriza o cordel desde o conteúdo ao aspecto físico e xilográfico. Isto não o caracteriza conservador em seus posicionamentos; encarna um regionalismo nativista, sem radicalismos nem barreiras conservadoras.
O escritor e cordelista é um militante da Academia Paraibana de Poesias; sua obra transita do cordel ao soneto, do aboio à poesia moderna, das incelências aos musicais e documentários.
Entre as suas publicações, destaca-se o livro de contos autobiográficos sobre as coisas do sertão Com-Caso. Como cordelista destacou-se, como autor da primeira edição de literatura de cordel do sistema Braille no Brasil, a obra é patrocinada pela Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de João Pessoa, onde atualmente é radicado.
Trecho de um folheto de Marco di Aurélio:
Fecho meus olhos
e no silêncio do mundo
me arquejo
no vento da vida
me vejo nas folhas caídas
na terra ferida
por sol inclemente
e a sede
que me arrebata
me salva e me mata
num tempo sem dono
me salva
pois saber que vivendo
sentirei que morrendo
a seca me assalta
e os galhos
aos gritos se lançam
espinhos me alcançam
e me estraçalham
me perco
perdendo os sentidos
sem ter mais ouvidos
pro vento da morte
e a sorte
que foi meu destino
me fez nordestino
nascido nas terras
do leão do norte.
(DI AURÉLIO, Marco. Ventos da Vida, 2012).
Fontes:
http://www.marcodiaurelio.com.br/marcodiaurelio.php
http://culturanordestina.blogspot.com.br/2008/11/todos-os-caminhos.html
http://www.fatima-vieira.com/marco_25.html
http://cordelparaiba.blogspot.com.br/2010/05/cordelista-pernambucano-radicado-na.html/
Uma resposta
Parabéns pelo seu trabalho. Valorização da cultura popular Nordestina.