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Data de publicação do verbete: 04/11/2015

Lúcio Vilar

Professor, jornalista, produtor cultural e cineasta. Um apaixonado pelo audiovisual. Produziu o documentário "O menino e a bagaceira" ganhador de vários prêmios.
Data de publicação: novembro 4, 2015

Naturalidade: Cajazeiras – PB / Radicado em São Paulo – SP

Formação artístico-educacional: Licenciatura Plena em Arte – Educação

Universidade Federal da Paraíba (UFPB); Mestre em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP – 1995), na área de Rádio e TV. É doutorando do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da mesma instituição.

Atividades artístico-culturais: Cineasta, produtor cultural, jornalista e professor.

Prêmios:

2009- Prêmio Machado Bittencourt Melhor Documentário (Vídeo Kohbac…”), Festival Comunicurtas de Campina Grande-PB.

2009- Prêmio Melhor Direção (Vídeo “Kohbac – A maldição da câmera vermelha”), Festival Comunicurtas de Campina Grande.

2006- Melhor Vídeo Nordestino (Vídeo “O menino e a bagaceira”), Quanta/CINE PE Festival do Audiovisual do Recife.

2005- Melhor Vídeo Universitário Brasileiro (Vídeo “O Menino e a bagaceira”), Quanta/XIII Gramado Cine Vídeo.

2005- Melhor Vídeo Nacional (Vídeo “O menino e a bagaceira”), Quanta/28 Festival de Cinema Guarnicê.

2005- Moção de Aplauso para o documentário “O menino e a bagaceira”, Assembleia Legislativa da Paraíba.

2004- 3º Lugar/XII Festival Vídeo Teresina, Casa da Cultura.

Lúcio Sérgio de Oliveira Vilar é um apaixonado pelo audiovisual. Participou de um cineclube que tinha o nome de Vladimir Carvalho e desde então passou a acompanhar o cineasta na universidade e também o entrevistar muitas vezes. É docente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), lotado no departamento de Mídias Digitais.

Ao concluir a Licenciatura Plena em Arte-Educação foi trabalhar em uma emissora de rádio, onde ficou por cinco anos. Fez mestrado em Rádio e TV na Escola de Comunicações e Artes (ECA) na USP onde afirma ter sido um divisor de águas, pois foi assim que começou a pensar em ser professor. Ele diz que foi muito importante na sua formação.

Tempos depois Lúcio voltou a exercer atividades no Jornalismo. Ele foi repórter do Correio da Paraíba por cinco anos. Atualmente assina uma coluna semanal, “Caleidoscópio Midiático”, e matérias especiais.

Foi fundador do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Produção Audiovisual (Neppau). Em 2002, se tornou professor da UFPB.

O artista trabalhou na direção, roteiro e produção dos documentários: “O menino e a bagaceira”, “Pastor de Ondas”, “Aruandando”, “Camará – O que eu sei contar é isso!” e “Kohbac – A maldição da câmera vermelha”.

Sobre o documentário “O menino e a bagaceira” ganhador de vários prêmios, Lúcio comenta “Sávio Rolim é um ator que foi muito importante para o cinema paraibano e brasileiro. Foi um estouro de bilheteria na época do lançamento do filme “Menino de Engenho”, em 1965/1966, que, aliás, foi exibido no primeiro Festival de Brasília”.

Segundo Lúcio, o filme fez muito sucesso porque o rosto de Sávio Rolim se encaixou perfeitamente ao personagem do romance criado por José Lins do Rego. No entanto, a vida do ator depois do filme foi uma sequência de altos e baixos: ele passou por problemas como alcoolismo e uso de drogas, talvez motivado pelo escapismo provocado na década de 70. E o Sávio acabou sendo esquecido neste contexto.

Lúcio acrescenta “Uma vez, assistindo a diversos filmes no Cine Ceará, tive um insight e pensei em retratar como estava a vida de Sávio Rolim. Passou-se um ano entre a ideia e a produção. A intenção era de ajudá-lo, uma pessoa que foi importante para a Paraíba. E como o filme reacendeu a discussão sobre o uso de crianças e adolescentes no cinema, acabou chamando a atenção do público, da crítica, e fez o sucesso que fez”.

Em entrevista exclusiva ao Globo Universidade, o professor diferenciou conceitos que fazem parte de sua rotina, deu dicas para estudantes que querem produzir documentários e contou como surgiu o festival de cinema realizado em João Pessoa.

Lúcio destaca que na época que acompanhava Vladimir Carvalho, ele costumava dizer que em todos os lugares havia um festival, menos na Paraíba. Então, na universidade, resolveu criar o Prêmio Rodrigo Rocha, em homenagem a um jornalista da UFPB, para contemplar as produções dos alunos.

Inicialmente através de uma modesta mostra de vídeo, de consumo interno, em 2003, que dois anos depois ganha nova nomenclatura e dimensão nacional, é o Fest-Aruanda do Audiovisual Universitário Brasileiro, cuja primeira edição ocorreu em dezembro de 2005, e que adquire caráter nacional com a inclusão da categoria produção de tevês universitárias/educativas do país.

Como não poderia deixar de ser, é o antológico filme do cineasta paraibano Linduarte Noronha quem se prestou a nomear com muita honra o primeiro e efetivo festival paraibano.

Lúcio Vilar destaca que a ideia da primeira edição do evento – realizado em dezembro de 2005 – dentro da programação do Cinquentenário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), partiu do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Produção Audiovisual (Neppau), com apoio da Chefia do Departamento de Comunicação e Turismo (Decom-Tur), e co-realização do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) e Reitoria da UFPB.

O artista conta que o evento começou em uma sala pequena, para 70 pessoas. Os quatro primeiros anos do Festival foram de construção. Em 2009, mudou a denominação para Audiovisual Brasileiro e criou uma categoria independente para que outras pessoas também pudessem participar. E hoje o evento acontece onde antigamente ficava o Cine Tambaú, que fechou na década de 90, mas deixou ótimas lembranças para as pessoas. O resultado desta trajetória foi muito pensado e hoje tem a plena consciência de que o fato de ser o último festival do país no ano é algo que gera grande expectativa.

Em 2011, conseguiu exibir seis filmes inéditos nas salas de cinema do Brasil e em 2014, na 9ª edição do Festival que teve em sua grade de programação oito longas-metragens nacionais inéditos. O premiado filme “A História da Eternidade”, do pernambucano Camilo Cavalcante, foi um deles, o que demonstra a consolidação do Festival a cada ano.

Lúcio Vilar argumenta “Para fazer Cinema, tem que gostar e assistir cinema”.  Assistir de tudo: os anos 40, os primórdios, tem que saber a história do cinema brasileiro e do cinema mundial. Para fazer um documentário, tem que ter olho clínico, para encontrar o fato inusitado, incomum. É fundamental também ter pesquisa. Um filme é feito de boas ideias e sentimentos e é isso o que diferencia um documentário de uma grande reportagem: a linha tênue da poética, a questão estética da narrativa.

Em 2012, Lúcio foi secretário de Cultura do município de João Pessoa (Diretor Executivo da Fundação Cultural/FUNJOPE). Em 2014, foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de João Pessoa, o Requerimento de Nº 093/2014, de autoria do vereador Ubiratan Pereira – Bira (PT), que propôs “Voto de Aplausos” a Lúcio Vilar, pela realização do 9º Festival Aruanda do Audiovisual Brasileiro.

Lúcio Vilar atualmente está fazendo doutorado na ECA-USP. Ele realiza uma pesquisa sobre a história dos documentários paraibanos, desde a década de 1910 e 1920. Seu objetivo é compreender a marca da Paraíba na história do cinema brasileiro.

 

Fontes:

http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2011/12/lucio-vilar-fala-sobre-cinema-e-documentarios-em-entrevista.html

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4799839H0

http://marcadefantasia.com/livros/veredas/documentario-paraibano/documentario-paraibano.htm

http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20141218160136

http://www.ufpb.br/node/2971

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