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Data de publicação do verbete: 09/09/2015

Lourival Batista – Louro do Pajeú

Seu maior parceiro de cantoria foi o poeta paraibano, Pinto do Monteiro. As pelejas desses dois cantadores se tornaram verdadeiras antologias.
Data de publicação: setembro 9, 2015

Naturalidade: Itapetim/São José do Egito-PE

Nascimento: 6 de janeiro de 1915  /  Falecimento: 5 de dezembro de 1992.

Atividade artístico-cultural: Repentista.

Lourival Batista Patriota, conhecido como Louro do Pajeú, filho de Raimundo Joaquim Patriota e Severina Guedes Patriota. Atuou em toda a Paraíba ao lado do cantador Paraibano Pinto de Monteiro. Começou sua carreira de poeta popular ainda na década de 1930. Era o mais velho dos irmãos repentistas complementada por Dimas e pelo mestre Otacílio.

No ano de 1932, não fosse pela intervenção de sua mãe, que o retirou das colunas do pelotão ao não autorizar, teria ido, aos 17 anos, lutar na revolução constitucionalista, em São Paulo.

Em 1933, enfrentou uma empreitada de 97 dias andando do Recife até Itapetim, em São José do Egito, distante 422 km do Recife. Antes, porém, cruzou a Paraíba e esteve no Rio Grande do Norte, para depois seguir ao seu torrão natal.

Como cantador, fez um caminho ao contrário dos que chegam à capital. Começou a cantar no Recife, local onde fez o ginásio em 1933, e depois partiu para o interior, quando o mais comum é inverter-se o fluxo. Levou poesia aos quatro cantos do mundo. Participou de muitas cantorias, ganhou muitos festivais, muitos prêmios, muitos amigos e o respeito de todos.

Louro do Pajeú foi um dos mais afamados poetas populares do nordeste brasileiro, sendo considerado o “Rei do Trocadilho”. Satírico e rápido no improviso, e era temido por seus competidores. Faleceu no ano de 1992, na sua cidade natal São José do Egito.

Seu maior parceiro de cantoria foi o poeta paraibano, Pinto do Monteiro. As pelejas desses dois cantadores se tornaram verdadeiras antologias e patrimônios da cultura nordestina. Por mais de 30 anos, Pinto do Monteiro e Lourival percorriam os sítios no interior, cantando sempre de improviso e com rima metrificada, na sacada das casas a convite de um fazendeiro ou no coreto da praça local. A cantoria se pagava com as doações dos que assistiam depositando dinheiro e moedas em uma bandeja.

Certa feita, cantando com Pinto em “Oito pés de Quadrão’, Lourival lançou:

“Cantar comigo é um risco / quebra pedra, espalha cisco / vem trovão, e vem corisco / vem corisco e vem trovão / desce água em borbotão / as águas formando tromba / teu açude, agora, arromba / nos oito pés de quadrão!”

A resposta de Pinto foi na mesma moeda:

“Meu açude não arromba / nem a sua parede tomba /  porque dois pés de pitomba / sustentam seu paredão / Haja pitomba no chão, / n’água rasa e n’água funda; / leve pitomba na bunda / nos oito pés de quadrão!

 

Fontes:

www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Lourival+Batista+Patriota<r=lid_perso=232

http://culturanordestina.blogspot.com.br/2007/09/lourival-batista-biografia.html

http://www.jucadeacilon.com.br/index.php/joias-da-terra/alberto-oliveira/4117-festa-de-rei-99-anos-de-lourival-batista

http://averdade.org.br/2015/07/lourival-batista-um-certo-louro-do-pajeu/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lourival_Batista

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