Paraíba Criativa
  • Notícias
  • Agenda
  • Inventário
  • Colaboração
  • Contato
  • Quem Somos
  • Youtube
  • Twitter
  • Facebook

Inventário

  • A
  • B
  • C
  • D
  • E
  • F
  • G
  • H
  • I
  • J
  • K
  • L
  • M
  • N
  • O
  • P
  • Q
  • R
  • S
  • T
  • U
  • V
  • X
  • Y
  • W
  • Z
  • Como Pesquisar
  • Metodologias
  • 2.000 registros

Como localizar o agente ou expressão inventariada

O foco de nossas pesquisas inventariantes é o artista, o criador, o responsável pela obra autoral. Registramos, então, neste Portal, o agente cultural nascido ou residente na Paraíba, que cria ou representa determinadas expressões artísticas, e suas obras; em textos e imagens.

Mas também inventariamos expressões da cultura material e imaterial que não possibilitam a identificação do autor, caso do conjunto histórico-arquitetônico, como igrejas, monumentos, casarios e demais construções antigas; equipamentos culturais, a exemplo de teatros, centros e espaços de arte e cultura, museus, associações, entre outros; festividades e eventos culturais; costumes, tradições, memórias, culturas populares e identitárias, além de outros bens.

Assim, tanto a localização do agente cultural como da manifestação sem identificação autoral é possível em função do segmento a que pertencem, conforme a lista da coluna à direita disposta nas centenas de páginas de nosso Inventário.

Mediante a grande quantidade de atividades artísticas e manifestações culturais da Paraíba, enfrentamos a desafiadora tarefa de realizar uma divisão taxionômica de todos os segmentos identificados que se mostrasse mais racional e coerente possível, de modo a evitar uma listagem muita extensa, com dezenas de tópicos. Decidimos por uma taxionomia que reúne 16 áreas, algumas delas com diferentes subáreas. O primeiro segmento, “Artes Cênicas”, por exemplo, reúne quatro diferentes tipos de expressões artísticas: circo, comédia, dança e teatro, enquanto que o segundo, “Artes Visuais”, aglutina 14 tipos de manifestações, como “Artes Plásticas”, “Atores”, “Cineastas”, “Fotografia” e “Quadrinhos”, além de outros. Contamos com outros oito segmentos que também possuem subtemas.

De qualquer modo, aconselhamos que o pesquisador de nosso site, em seus primeiros acessos, visite todos os segmentos, de forma a conhecer as subáreas de cada um deles.

Para uma procura mais rápida e objetiva de algum registro inventariado, digite o nome do agente ou da expressão cultural no botão “Pesquisar”, disposto acima e à direita também nas centenas de páginas do Inventário.

Metodologias do Inventário Cultural do Paraíba Criativa

Nosso inventário possui metodologia própria, com identificação, mapeamento, diagnóstico, catalogação, classificação e interpretação do patrimônio cultural material e imaterial da Paraíba, tendo como pautas das pesquisas os agentes culturais do Estado e suas criações, objetos dos textos publicados neste site, acompanhados de suas respectivas galerias fotográficas.

A quantidade de bens culturais da Paraíba é gigantesca, de impossível mensuração, sendo que a cada dia identificamos novas expressões, fato que nos exige um exaustivo e contínuo trabalho diário, com avanços paulatinos, em esforços de “formiguinhas”. Porém, temos a satisfação de avançar cotidianamente, objetivando ser um dos maiores e mais completos sites sobre o mundo cultural de uma unidade federativa do Brasil.

Não realizamos pesquisas inventariantes frias e assépticas, evitando, assim, obter dados apenas quantitativos e descritivos, ineficazes para captar o espírito, emoções, perfis criativos e detalhes mais significativos do agente cultural pesquisado e suas criações.

No que tange às ações executivas de nosso inventário, inicialmente realizamos pesquisas de gabinete com coleta de dados em fontes secundárias: sites, blogs e redes sociais na internet, jornalísticos ou não, livros, jornais e revistas impressos; como também em fontes primárias: entrevistas com contatos por e-mail e telefone com produtores culturais e artistas responsáveis pela criação e reprodução das expressões imateriais, e com agentes conhecedores de bens materiais.

Também realizamos, de forma dinâmica e contínua, amplas e dinâmicas pesquisas de campo, com detalhadas observações in loco, importantíssimas e indispensáveis, mediante seus objetivos de registrar com textos, fotos e vídeos bens materiais e expressões imateriais de toda a Paraíba, inclusive aqueles já previamente identificados e inventariados nas pesquisas de gabinete. No caso, diferentes equipe s de nosso Paraíba Criativa se deslocam regular e intensivamente por diferentes regiões do Estado para realizar o intenso trabalho inventariante do Programa, prática, com custos cobertos pelo financiamento do Proext / MEC / SESu, que possibilita uma interpretação mais ampla e detalhada da realidade vivida pelos agentes culturais, de modo a evitar uma inventariação apenas formal e limitada, mas sim compreender a alma do lugar, os perfis e emotividades de seus agentes culturais.

No link “Colaboração” solicitamos que aos agentes culturais paraibanos, ou qualquer outra pessoa interessada na cultura da terra, preencha, e nos envie o formulário que registra suas informações inerentes ao seu trabalho, ou de alguma manifestação cultural relevante de seu conhecimento. Pretendemos, assim, contar com uma rede cooperativa de informação, indispensável diante do volume de pesquisas a ser realizado.

2.000 registros

Mediante a reformulação deste nosso Portal, publicado recentemente, a quantidade de agentes e bens culturais inventariados ainda se encontra um pouco limitada, apesar de já contarmos com cerca de dois mil produtos prontos para a publicação, os quais vem sendo inseridos diária e paulatinamente. Por outro lado, considerando-se que finalizamos novos inventários a cada dia, projetamos fazer com que tenhamos até o final do próximo mês de agosto quase três mil expressões publicadas.

Linduarte Noronha

13 de agosto de 2015

Naturalidade: Ferreiros-PE

Nascimento: 1930 / Falecimento: 30 de janeiro de 2012, João Pessoa-PB.

Atividades artístico-culturais: Cineasta, jornalista, crítico de cinema e professor.

Filmes/Documentários: Aruanda (1960); O Cajueiro Nordestino (1962) e Salário de Morte (1971).

Linduarte Noronha de Oliveira nasceu em Pernambuco, mas fez sua carreira na Paraíba. Além de exercer atividades artísticas e culturais ele foi Procurador de Justiça. De 1974 a 1991, esteve na presidência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep) e lutou pela preservação dos bens culturais, numa época em que ainda não se valorizava o patrimônio fossilífero. Ele teve um papel importante na defesa do Vale dos Dinossauros. Hoje, o patrimônio paleontológico é de propriedade da União, pertence ao povo brasileiro.

Antes de ser cineasta, o diretor, que tinha fama de ser exigente, era jornalista e crítico de cinema em diários da Paraíba. Um dos distribuidores de filmes da cidade, irritado com os textos negativos sobre seus produtos, o apelidou de Bílisduarte Noronha.

Quando jovem ele deslocou-se a cidade do Rio de Janeiro para pedir a Humberto Mauro, então presidente do Ince (Instituto Nacional do Cinema Educativo), que lhe emprestasse câmera e outros apetrechos. Diz que formulou o pedido a Mauro, que, de tão surpreso, gritou a um funcionário: “Esse rapaz da Paraíba quer que todos nós sejamos presos!” Mas como Mauro não era diretor igual aos outros, escravo da burocracia; Linduarte saiu do instituto com uma câmera Bell & Howell debaixo do braço. Voltou com ela à Paraíba e lá começou a fazer história, ainda que sob a descrença e chacota de seus colegas da redação.

Linduarte Noronha é considerado uma personalidade da história do cinema. É um dos pioneiros do cinema local. Ele adaptou um texto jornalístico próprio (As Oleiras de Olho d’Água na Serra do Talhado, 1958) para rodar seu curta-metragem de estreia, Aruanda. Depois disso, o filme no Brasil nunca mais seria o mesmo. O filme, sua principal obra, promoveu grandes modificações estéticas na cinematografia brasileira e é considerado um precursor do movimento Cinema Novo no Brasil, no fim da década de 1950.

Aruanda, de Linduarte Noronha, um divisor de águas no cinema documental brasileiro projetou o cineasta, regional, nacional e internacionalmente. “Aruanda” originou ainda toda uma escola de documentários na Paraíba, a partir principalmente de companheiros de equipe do Diretor Noronha: Vladimir Carvalho e João Ramiro Mello, seus assistentes de direção, Rucker Vieira (cinegrafista e fotógrafo) e Jurandy Moura.

O documentário Aruanda teve suas filmagens entre os meses de janeiro e fevereiro de 1960 e foram filmadas durante cerca de 40 dias, na região da Serra do Talhado, na cidade de Santa Luzia do Sabagi, no interior paraibano. Por pouco o filme não seria chamado de Talhado, a cidadela de barro, como uma vez imaginou Linduarte.

O financiamento do filme só foi possível por meio do incentivo do Instituto Joaquim Nabuco, pela Associação de Críticos Cinematográficos da Paraíba e, principalmente, pelo Instituto Nacional de Cinema Educativo – INCE, que por muito tempo tivera como principal cineasta Humberto Mauro.

Aruanda conta a história de uma comunidade rural quilombola desconhecida de antigos negros escravos no interior da Paraíba. O filme mostra-nos a fabricação do tacho, o deslocamento para a feira mais próxima para a sua comercialização, com um pano de fundo sobre a luta eterna entre o homem e a natureza, dura e agreste, no semiárido brasileiro.

O então jovem critico baiano Glauber Rocha comparou-o ao Rossellini da aurora do neo-realismo. Jean-Claude Bernardet o louva como “simultaneamente documento e interpretação da realidade”.

Em suma, o filme de Linduarte Noronha nunca saiu de cartaz durante esse meio século de existência. Um dos significados da palavra Aruanda é liberdade.

Em 1962, Noronha (roteiro e direção) em parceria com Rucker Vieira (fotografia e montagem) inspirado na monografia de Mauro Motta, retrata o ciclo do caju e a importância do fruto para as comunidades pobres das cercanias de João Pessoa, com o filme “Cajueiro Nordestino”. Ele também foi responsável pelo primeiro longa-metragem de ficção do cinema da Paraíba, Salário de Morte, de 1971.

Linduarte se frustrou ao não conseguir adaptar o romance “A Bagaceira”, de José Américo, considerado tão importante para a literatura nacional moderna quanto Noronha para o Cinema Novo.

Mesmo tendo nascido no vizinho estado de Pernambuco, Noronha era paraibano de coração. Ele foi homenageado em 2010, pelos 50 anos de carreira no Fest Aruanda, festival de cinema paraibano que carrega o nome de seu filme.

“Nunca pertenci a partidos ideológicos ou religiosos”, disse ele para o documentário Kohbac – A Maldição da Câmera Vermelha que foi exibido no Canal Brasil no ano de 2012.

Linduarte Noronha faleceu em janeiro do ano de 2012, aos 81 anos de idade, na cidade de João Pessoa devido a uma parada respiratória.

A Paraíba perde seu mais celebrado cineasta. O Brasil perde, sobretudo, um humanista que usou a palavra, a fotografia, o rádio e o cinema para exercer uma singular militância que nenhum vínculo mantinha com partidos ou ideologias, tão familiares naqueles anos sessenta.

Linduarte Noronha deixa uma biografia inacabada, com centenas de páginas, e um legado inestimável para o cinema brasileiro. “Não é apenas um cineasta, não é apenas um personagem famoso. É o símbolo da realização do cinema que busca ser brasileiro, que busca ser nordestino”. Lamentou a Academia Paraibana de Cinema, representada pelo presidente Wills Leal.

Fontes:

http://abraccine.org/2012/02/01/triste-e-a-semana-em-que-morre-linduarte-noronha/

http://imagensamadas.com/2012/01/31/camarada-linduarte/

http://www.casacinepoa.com.br/o-blog/jorge-furtado/linduarte-noronha

http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste/index.php?titulo=Linduarte+Noronha<r=L&id_perso=2966

http://revistaquemviververa.blogspot.com.br/2012/01/linduarte-noronha-uma-das-sementes-do.html

http://pipocamoderna.com.br/linduarde-noronha-1930-2012/145116

LinduarteNoronha 2
LinduarteNoronha a esquerda
Linduarte-Noronha1
LinduarteNoronha3
LinduarteNoronha4
LinduarteNoronha6
Filmagens de Aruanda
Filmagens de SalariodaMorte
Linduarte-Noronha5
  • TODOS OS SEGMENTOS
  • Artes Cênicas
    • Atores
    • Circo
    • Comédia
    • Dança
    • Outros
    • Teatro
  • Artes Visuais
    • Artes Plásticas
    • Atores
    • Cineastas
    • Cinema
    • Desenho
    • Design
    • Escultura
    • Fotografia
    • Grafite
    • Gravura
    • Outros
    • Quadrinhos
    • Vídeo
  • Artesanato
    • Barro
    • Bordados
    • Brinquedos
    • Cerâmica
    • Couro
    • Crochês
    • Decoração
    • Moda e Acessórios
    • Outros
    • Rendas
    • Utensílios Domésticos
  • Bandas Marciais
  • Culturas Identitárias
    • Ciganas
    • Indígenas
    • Outras
    • Quilombolas
  • Culturas Populares
    • Cordel
    • Crenças e Religiosidades
    • Mestres
    • Outras
    • Repentistas
  • Edificações
    • Edificações Históricas
    • Edificações Religiosas
    • Edificações Urbanas
    • Equipamentos Culturais
    • Outras
  • Eventos e Festas
    • Carnaval
    • Circuitos Turísticos Culturais
    • Eventos Culturais
    • Festas Juninas
    • Festas Municipais
    • Festas Temáticas
    • Festividades Religiosas
    • Outros
    • Paixão de Cristo
  • Gastronomia
  • Literatura
    • Ficção
    • Outros
    • Poesia
    • Prosa
    • Romances
  • Memórias
  • Moda
  • Municípios
  • Música
    • Arranjadores
    • Bandas e Grupos Musicais
    • Cantores
    • Compositores
    • Instrumentistas
    • Maestros
    • Músicos
    • Outros
  • Patrimônio Natural
  • Personalidades
  • Produtores e Ativistas Culturais
  • Quadrilhas Juninas

Parceiros: