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Data de publicação do verbete: 19/09/2020

Juliana Ribeiro

Juliana Ribeiro, é musicista e professora de música.
Data de publicação: setembro 19, 2020

Naturalidade: Serra Branca-PB

Nascimento: 11 de setembro de 1977

Atividades artístico-profissionais: Musicista Percussionista

Instagram:@juribeiro.percussao

Telefone: (83) 99676 3879

Email: jurbarros@hotmail.com

Juliana Ribeiro Barros, de nome artístico  Juliana Ribeiro, é musicista e professora de música. A artista filha de Maria do Socorro Ribeiro Barros e Carlos Antônio Barros, é graduada em Educação Artística com habilitação em Música pela UFPB, é formada em Musicalização e em Percussão pela Escola Estadual Antenor Navarro – EMAN.

Juliana lembra saudosa de sua infância no interior, em Serra Branca, onde viveu até seus 14 anos, “Ficava fascinada toda vez que a banda de música, do maestro Joca Lopo, passava em frente à minha casa e por isso, quando eu tinha 8 anos, minha mãe me colocou para estudar na escolinha de música dele. Eu era a mais nova e a única menina da turma, foi lá que aprendi a ler as notas musicais na clave de sol. Próximo ao meu aniversário de 15 anos, surpreendi minha mãe pedindo para trocar a festa de debutante por um violão…deu certo, ganhei meu primeiro instrumento! ”

 “Minha família sempre me incentivou e acreditou em mim, até mais do que eu. Viram que desde de criança me chamava atenção o mundo da música e que eu gostava deste universo. Ainda criança, fui surpreendida pelo meu tio Vicente com um pedido de autógrafo dizendo que guardaria para sempre, porque acreditava que eu seria uma grande artista quando crescesse.  É muito bom saber que ele guarda esse autógrafo até hoje. Tem incentivo melhor? ”

“Minha mãe é uma amante da boa música. Minha irmã mais velha me apresentou o melhor da MPB e também tenho tio e primos, por parte de mãe, que são músicos profissionais. Já por parte de pai, tanto meu avô como meu tio (já falecidos) esculpiam em madeira e minha tia desenha muito bem. A arte e a música fazem parte da minha vida. ”

Em 1993, aos 16 anos, morando em João Pessoa, Juliana começou a estudar percussão em um curso de extensão da UFPB, onde conheceu o professor Chiquinho, que a colocou logo para tocar no Grupo de Percussão da UFPB e ensaiar junto com os músicos mais experientes na Orquestra Metalmorfose, onde fez algumas apresentações, “tive que abandonar esse contato com a percussão, pois havia passado no vestibular, para cursar educação artística e os horários não batiam. ”

Alguns anos depois, Juliana se matriculou na Escola Estadual de Música Antenor Navarro – EMAN (2013), se tornando a primeira mulher a se formar em Percussão pela escola, “me sinto muito honrada em ter sido a primeira mulher formada em percussão pela EMAN”.

A convite e incentivo da professora de música, Wênia Xavier, ingressou no grupo de percussão “As Calungas” (2014) do qual faz parte até hoje. Desde 2014, o grupo “As Calungas” ministra oficinas de percussão, de forma gratuita, para mulheres a partir dos 16 anos. São diversos ritmos da nossa cultura popular nordestina e o resultado desse trabalho é a participação delas no bloco de carnaval que leva o mesmo nome do grupo, As Calungas. Juliana Ribeiro é chefe de naipe das alfaias (tambores), “é muito bom ver a evolução do grupo e poder contribuir para o fortalecimento da mulher nesse universo percussivo. ”

Juliana cita como inspirações: Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Sivuca, Cátia de França, Chico César, Glaucia Lima, Escurinho, Sandra Belê, Adeildo Vieira, Lan Lan, Simone Soul. Mestres e mestras da cultura popular, como Vó Mera, dona Lenita e Ana do Gurigi (sua filha), dona Teca, dona Edite, Penha Cirandeira, Lia de Itamaracá, Mestra Tina, Zabé da Loca, “São tantas…”.

Trabalhos e parcerias marcantes da artista:

  • 06 anos do bloco “As Calungas” (de 2015 a 2020)
  • Participação na gravação do DVD Pétalas Vocais de Maria Juliana. (2015)
  • Show das Calungas no projeto Fuá na Rural do Roger (2016)
  • Composição da “Marcha das Mulheres” (2017)
  • Participação no show de Saulo Fernandes no Fest Verão Paraíba (2018)
  • Participação no show Novembro Negro com Cátia de França (2018)
  • Participação no show de Glaucia Lima, no projeto Cambada (2018)
  • Participação no show de Sandra Bêle (2019)
  • Composição do Cacuriá junto com Bia Angelina (música repertório do bloco As Calungas) (2018)
  • Composição do Maracatu “Canto Sagrado” (2018)
  • Composição da música “Nosso Querer” em parceria com Sálvio Emanuel (2020)

 Em 2020, com a pandemia, a artista montou alguns cursos de percussão on-line e deseja dar continuidade a este projeto, “Tem me feito muito bem e já estou pensando numa turma para iniciantes. ”  A artista também pretende continuar dando aulas voluntárias, para mulheres nas oficinas do grupo “As Calungas”.

“Compor tem sido uma novidade e uma grata surpresa para mim! A música faz parte da minha vida, então eu quero continuar estudando e passando para os outros o que eu aprendo ”, diz Juliana Ribeiro.

                                                Fonte: Entrevista com Juliana Ribeiro por Israela Ramos

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