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Data de publicação do verbete: 04/10/2019

Isis Queiroga

A cantora tenta refletir sobre sua crença em tudo que faz, seja no ensino, na performance e na criação.
Data de publicação: outubro 4, 2019

Naturalidade: Sousa – PB

Atividades artístico-culturais: cantora e professora de canto

Nascimento: 21 de novembro de 1999

Instagram: @isisqueiroga_

E-mail: cosmoleao@gmail.com

Isis Queiroga de Oliveira Costa nasceu na cidade de Sousa, interior paraibano, no dia 21 de novembro de 1999. Sua relação com a música é um processo de construção que veio desde a sua infância, na sua casa, todo mundo sempre teve essa paixão, e Isis sempre teve uma veia artística unida a vontade de expressar e transformar as coisas através do canto.

“A música é pra mim a forma de organizar as minhas emoções, meus conflitos, meus pensamentos. É como consigo me comunicar com os outros da maneira mais verdadeira, direta e transparente.” 

Na sua família, Isis foi a única a seguir na música como uma profissão, embora sua mãe seja a sua maior influência, pois foi ela quem apresentou para Isis a música brasileira, e foi também inspirada nela que Isis descobriu o poder transformador do ensino, independente da área. 

Musicalmente, a artista tem muitos cantores que ela guarda no coração, nomes como: Milton Nascimento, Caetano Veloso, Elis Regina, Tribalistas, Elomar, Geraldo Azevedo, Mayra Andrade. E muitos outros artistas que ela foi conhecendo a partir desses compositores e outros que conheceu através da internet e que construíram um pouco de sua própria identidade musical. Isis comenta que “O que vejo que me liga a esses artistas é sem dúvida a simplicidade na arte e a tentativa de amenizar as dores da realidade.”

Isis entrou no curso de bacharelado em música pela Universidade Federal da Paraíba( UFPB), em 2017. Fazer faculdade de música sempre foi o seu sonho, desde criança. Aos os oito anos, quando entrou num coral infantil, disse que foi arrebatada pela arte e nunca se imaginou fazendo outra coisa. Em um curto tempo da adolescência cogitou escolher outro curso, por causa da influência e pressão por status-social e salário, nesse aspecto, Isis diz que se considera muito madura para a época, porque sempre respondia que “Só se faz bem feito aquilo que se ama”. Para isso, ela teve que mudar de sua cidade natal em 2016, para estudar pro vestibular e cursar a faculdade. Na universidade, descobriu que o curso lhe guiava a caminhos mais concretos e a um leque de oportunidades que lhe fizeram sair completamente de sua zona de conforto, um período de muito amadurecimento pessoal e profissional.

Por nunca se contentar em ser apenas amante da arte, ela queria mesmo era apaixonar e contagiar as pessoas, e é isso que move o seu trabalho, então, passou não só a cantar, como ensinar canto. 

Quando questionada como a música mudou a sua vida, ela comenta:

“Não sei mensurar quando isso (a música) ocorreu e até então acredito que é um caminho que nunca pode parar, se não perde o sentido. Acho que a música não mudou a minha vida, não consigo enxergar um antes e depois. Ela sempre esteve presente.”

E mesmo tendo tanta música dentro dela, não sabe dizer ao certo o que sente quando canta “ainda estou descobrindo”, comenta. Para Isis, cantar é uma mistura de sensações muito particulares e íntimas, uma vontade de comunicar. A cantora tenta refletir sobre sua crença em tudo que faz, seja no ensino, na performance e na criação. Seu trabalho é muito sobre a voz da figura feminina e sertaneja que ela traz como alicerce, procurando criar representatividade e empoderamento através da arte.

Ela também dá aulas como coralista e preparadora vocal no Coral Universitário Gazzi de Sá e integra o corpo de cantores da Orquestra de Violões da Paraíba. No ano de 2019 estreou o seu primeiro show, intitulado “O nascimento de Vênus”, onde revisitou músicas populares brasileiras que narram o sagrado feminino. Seu trabalho caminha para um mestrado e a dedicação a músicas autorais aliadas ao leque que a tecnologia pode oferecer a sonoridade, que é algo que a interessa muito. Além de contribuir para a cena feminina paraibana, tanto artística como acadêmica.

Fonte: Entrevista do portal Paraíba Criativa com Isis Queiroga por Denis Teixeira.

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