Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 17 de março de 1988
Atividades artístico-culturais: músico e ilustrador.
Gustavo é graduado em Música pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), formado em 2011. Durante o curso, ele participou de grupos de câmara de violão, trio e duo. Por um bom tempo essa foi sua principal área de atuação, área a qual conseguiu destaques em algumas premiações, até que virou ilustrador. E a partir daí começou a ter essa “vida dupla” nas artes.
Apesar de não ter morado com seu pai, este tocava violão e isso foi uma das influências que motivaram Gustavo para seguir pelo mesmo caminho. Desde muito pequeno também tinha vontade de aprender a tocar um instrumento, mas só começou efetivamente a estudar música durante a adolescência, e assim foi parar no curso de Música na UFPB, em 2008.
“Tem uma coisa na música que move os afetos de um jeito especial para mim. De um jeito que não dá muito para fugir”, explica Gustavo.
Durante o curso se envolveu com o trabalho do grupo Camena, que é dirigido por Ibaney Chasin e Heloísa Muller, ambos professores da UFPB. Neste grupo, a música era trabalhada de uma forma que, segundo ele, não é muito estimulada pelo curso universitário, de uma maneira de pensar e sentir muito parecida com a ideia que ele tinha. E esse grupo acabou o incentivando a fazer músicas cada vez mais pessoais.
Até então, tocava apenas violão, até que em 2012 Gustavo foi diagnosticado com distonia focal, um distúrbio de movimento, que dificultou a sua forma de tocar violão. Seu médico aconselhou que ele não usasse mais os movimentos específicos que disparavam o distúrbio, então ele começou a só fazer os exercícios de reeducação motora. Então, começou a tocar com palheta e assim, a tocar cavaquinho.
Além do Grupo Camena, Gustavo também integrou a Camerata Filipeia, um sexteto composto por alunos graduados em Música pela UFPB que surgiu com a proposta de inovar a música erudita. Gustavo tocava violão e cavaquinho nesse grupo, que em 2013 se apresentou em diversos festivais, dentre eles o Projeto MusiSesc, realizado pelo Sesc PB e o IV Festival Paraibano de Violão organizado pela UFCG.
Com o passar do tempo, ainda adquiriu um mandolino barroco para dar continuidade na sua vivência musical de modo que alguns movimentos não fossem afetados pela distonia focal, diferentemente da experiência com o violão.
Já seu lado ilustrador surgiu em 2011 (apesar de se relacionar com essa arte desde a infância) quando Gustavo começou a ser freelancer de design. Mas só em 2015 que começou a postar seus desenhos em sua página do Instagram, e foi aí que surgiu a proposta do Humor Aquoso, por Américo Filho, seu irmão. “Eu fui porque seria legal para mim, afinal ele era mais conhecido nesta área e seria legal trabalhar com ele, coisa que a gente já fazia desde criança”, justificou Gustavo Seabra.
Na área de ilustração, em 2016, ficou em primeiro lugar no Concurso Novos Ilustradores – Prêmio Reinações, da FUNESC. O concurso era voltado para ilustradores que ainda não possuíam publicações. A avaliação das ilustrações foi feita com base na originalidade e criatividade da ilustração em harmonia com o texto proposto (trecho do livro Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato). Com prêmio, foi contemplado com um contrato com a Paulus Editora, onde ilustrou o livro “Uma dúzia de histórias divertidas”, de Jonas Ribeiro.
Em 2017, o Grupo Camena, grupo de música erudita e popular integrado por Gustavo, apresentou o espetáculo Orfeu Xamã – referência de uma das principais obras do barroco, a ópera L’Orfeo, de Claudio Montevardi – através de uma versão feita pela austríaca Cristina Pluhar, na Igreja São Francisco, marcando os 20 anos do grupo.
Gustavo ainda mantém um portfólio online de suas ilustrações e trabalhos editorias para quem quiser conferir.
Fontes:
Entrevista com o artista.
http://www.paraibacriativa.com.br/artista/camerata-filipeia/
https://br.linkedin.com/in/abracearte
http://www.pagina1pb.com.br/grupo-paraibano-camena-se-apresenta-no-centro-cultural-sao-francisco/
