O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 30/12/2016

Grupo Quem Tem Boca é Pra Gritar

O grupo tem como essência o teatro de rua. Desenvolve a mistura de sonoridades, os folguedos populares e os estilos de commedia dell'arte e do expressionismo alemão.
Data de publicação: dezembro 30, 2016

Município: João Pessoa – PB

Localização: Pátio de São Pedro, Varadouro.

Ano de fundação: 1987

Diretor: Humberto Lopes

Atores: Ademilton Barros, Mirtthya Guimarães, Joelson Topete, Cleyton Teixeira, Fafá Dantas e Maicon Nascimento.

Contatos: (83) 9 8811-7272 / 9 8621-4220

E-mail: quemtembocaepragritar@gmail.com

Site: http://quemtembocaepragritar.blogspot.com.br

Facebook: https://www.facebook.com/quemtembocaepragritar

O Quem Tem Boca é Pra Gritar é uma trupe paraibana que tem como essência a estética do teatro de rua na encenação, desenvolvendo a mistura de sonoridades, os folguedos populares e os estilos de commedia dell’arte e do expressionismo alemão.

Fundado em 1987, o grupo surgiu a partir de um curso de teatro ministrado por Humberto Lopes, em uma escola de ensino médio na cidade de Campina Grande. O entusiasmo dos alunos transformou o que seria apenas uma atividade lúdica no coletivo cênico.

A denominação da companhia expressa uma rebeldia onde a arte é utilizada para manifestar um posicionamento de ideias políticas, sociais e culturais. Além da produção de espetáculos, o grupo tem como objetivo a pesquisa. Os integrantes procuram compreender as possibilidades cênicas e temáticas, dando preferência a trabalhos desafiadores como o teatro de rua.

O diretor Humberto Lopes revelou que a reflexão é uma das características mais marcantes da companhia. “Procuramos dar voz àqueles que não têm poder, e através da sua astúcia conseguem ‘passar a perna’ na tirania dos poderosos. Sempre montamos espetáculos para incentivar que as pessoas tenham senso crítico e compreendam as relações de poder que nos cercam, entretanto, não queremos levantar bandeiras, ditar comportamentos, nem dar lição, apenas transmitir nossa mensagem de forma cômica”.

Por estar afastado dos grandes centros culturais, o coletivo teve dificuldades em dar visibilidade ao trabalho desenvolvido no núcleo. Na época, o acesso à informação era restrito e as possibilidades de intercâmbio eram poucas. “Como naquela época eu já era militante de esquerda e viajava bastante, também aproveitava para tentar ver espetáculos de rua. Essa bagagem cultural marcou profundamente minha formação artística e o ajudou a desenvolver projetos futuros para o grupo”, relembrou Humberto Lopes.

O primeiro espetáculo do Quem Tem Boca é Pra Gritar foi baseado em um texto de Bráulio Tavares, com características regionais. O repertório de apresentações do grupo é variado. Já produziram desde autos populares de escritores brasileiros até adaptações de obras de Bertolt Brecht com o seu expressionismo alemão.

Entre as peças apresentadas pelo grupo estão “A árvore dos Mamulengos”, de Vital Santos; “Quem Estiver Achando Ruim Saia”, de Altimar Pimentel; “Canção, Malazarte e Trupizupe”, de Bráulio Tavares; “A Farsa do Advogado Patherlin”; e “Comédia com Farinha”, de Márcio Silveira. “Procuramos reunir diversas linguagens no teatro de rua, com elementos circenses, música, ou seja, elementos ligados a cultura popular para compor nosso espetáculo”, disse Humberto Lopes.

A influência artística do grupo consiste numa sinestesia cultural. A energia que parte dos folguedos populares, como cavalo marinho, coco e maracatu, são utilizados para que os atores consigam construir uma imagem forte, lúdica e regional para qualquer espetáculo.

Em 2012, o Quem Tem Boca é Pra Gritar passou a ter sede própria, em um prédio no Centro Histórico de João Pessoa. “O lugar só tinha a fachada e foi necessário muito esforço para reconstruir. Levantávamos uma parede, depois de um tempo erguíamos a outra e assim foi até que terminamos o serviço e ocupamos”, comentou o diretor.

A trupe faz parte da Rede Brasileira de Teatro de Rua. Integram o coletivo 7 atores que, além de representar, tocam e cantam. A equipe conta também com um produtor e um técnico. A companhia se apresenta em festivais, encontros de grupos e em eventos para os quais são convidados.

Fontes:

http://anovademocracia.com.br/no-76/3384-teatro-gritando-nas-ruas

Entrevista/Inventário/Paraíba/Criativa/Sara/Gomes/Humberto Lopez

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *