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Data de publicação do verbete: 04/08/2015

Flávio José

Um grande artesão do forró, matéria-prima da melhor qualidade musical nordestina. É conhecido como “O tenor das caatingas”. Está entre o TOP e o POP do forró clássico nordestino.
Data de publicação: agosto 4, 2015

Naturalidade: Monteiro-PB

Atividades artístico-culturais: Cantor, compositor e acordeonista.

Estilo musical: Forró e xote.

Site: http://www.flaviojose.com.br/p/artista

 

Flávio José Marcelino Remígio, mais conhecido como Flávio José. Um músico nordestino completo e um grande poeta popular. O artista é descendente de uma família de músicos.

Demonstrava desde pequeno que nasceu para música. Ainda aos sete anos, já surpreendia as pessoas ao tocar acordeom. Aos dez, já pegava sua sanfona de 24 baixos para tocar e cantar no meio do povo. Flávio José é reverenciado como ícone do xote e do forró romântico dançante, prezando pelo tradicional “forró pé-de-serra”.

Flávio José relembra “Segundo meus pais, aos cinco anos, quando eu vi Luiz Gonzaga tocar em cima de um caminhão eu fiquei aperreando por uma sanfoninha, eu ganhei uma sanfoninha de 24 baixos, aos 7 anos já estava começando a tocar, aos 10 comecei a cantar e me acompanhar e foi aí que tudo começou”.

Tempos depois Flávio formou um Trio mirim no Cariri, com dois irmãos. Em seguida ele foi para a Orquestra Marajoara de Sertânea e passou quatro anos. Depois formou o Grupo os Tropicais de Monteiro. E ingressou no Banco do Brasil, e mesmo exercendo as atividades de bancário continuou com a música.

Em 1977 começou a gravar o seu 1º disco, o 2º em 1980. O cantor diz “O Banco não gostava que agente tivesse uma função paralela”. O artista só decidiu viver da música no ano de 1985, e passou a gravar discos todos os anos.

Flavio José é considerado um dos artistas mais autênticos da sua geração. Isso é resultado de sensibilidade, fidelidade, coerência e consistência artística representada pelo conjunto da sua obra.

O paraibano é conhecido e respeitado como um grande artesão do forró, matéria-prima da melhor qualidade musical nordestina, forrozeiro com estilo próprio de interpretar, consegue manter-se autêntico, e original, produzindo um forró diferenciado, ao mesmo tempo popular.

O cantor recorda “A minha inspiração foi exatamente ter visto Luiz Gonzaga cantar, e depois à medida que fui crescendo, eu fui descobrindo o Trio Nordestino, Dominguinhos, e tantos outros artistas, que de certa forma me influenciaram”.

Flávio José é aclamado pelo público como um artista por excelência da boa música romântica do nordeste, Flavio sempre valorizou seus parceiros, gravando com seus arranjos simples e diretos, e valorizando os melhores compositores da região.

Sua linha vocal é um dom natural do sentimento patente. Ele canta com a alma e com o coração. Essa característica rendeu-lhe uma homenagem singela do cantor e amigo Nando Cordel que gosta de atribuir-lhe um epíteto: “Flávio tem uma lágrima na garganta”.

Voz afinada e possante, conhecido como “O tenor das caatingas” tem uma extensão de voz incomum, dons que lhe permitem cantar sem qualquer esforço, percorrendo de maneira confortável as melodias, com a mesma naturalidade com que manipula as notas do seu acordem. Seu canto brilha suas raízes poéticas, musicais e etnológicas, que estão na mesma sintonia do seu público.

Flavio José está entre o TOP e o POP do forró clássico nordestino. Assim tornou-se um dos mais importantes elos da corrente musical que une os ídolos do presente, aos ícones de sempre.

A obra de Flávio José contrapõe-se abertamente ao jogo das indústrias culturais fundamentadas em valores mercadológicos. O artista não condescende e não transige com essas mesmas indústrias que necessitam e defendem de forma imperativa a criação instantânea de ídolos midiáticos.

O cantor é enfático ao afirmar “Eu sempre conheci desde os cinco anos de idade, o forró que todo mundo conhece, uns chamam de Pé de Serra, outros chamam de Forró Tradicional, e outros de Forró Autêntico, isto aí é que Forró, eu não conheço outro”.

Flávio José é um predestinado cantador do amor e contador das “cousas e dos causos” do seu universo. Um documentarista melodioso do seu tempo. Um caboclo sonhador que não se considera nem profeta nem tampouco visionário, mas um anunciador previsível quando reforça que o diário desse mundo tá na cara, só não enxerga quem fecha os olhos para não ver.

Fontes:

http://www.paraibatotal.com.br/a-paraiba/cultura/personalidades/flavio-jose; www.flaviojose.com.br/

http://www.flaviojose.com.br/

http://www.flaviojose.com.br/p/a-carreira

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