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Data de publicação do verbete: 28/08/2020

Evaldo Gonçalves de Queirós

Escritor, advogado, professor universitário e político.
Data de publicação: agosto 28, 2020

Naturalidade: São João do Cariri-PB

Data de Nascimento: 15/06/1933

Formações acadêmicas: Direito (UPB), Filosofia, História, Geografia (UPE).

Evaldo Gonçalves foi um político e membro da Academia Paraibana de Letras. É filho de José Gonçalves de Queirós e de Felismina Maria de Queirós e foi casado com Teresinha Vilar de Miranda Gonçalves, com quem teve quatro filhos.

Ele concluiu 4 graduações ao mesmo tempo, se dividindo entre o curso de Direito na UFPB e Filosofia, História e Geografia na UPE, durante os anos de 1954 e 1958. Ainda em 58, foi secretário municipal de educação em Campina Grande, também filiou-se ao Partido Social Progressista (PSP) e foi eleito vereador em outubro, sendo empossado em janeiro do ano seguinte.

Em 1960, ele foi consultor jurídico do Serviço Nacional de Assistência aos Municípios (Senam) e, no ano seguinte,  foi nomeado promotor público de Campina Grande e Pocinhos. Voltou a exercer seu mandato até janeiro de 1963, quando encerrou o período legislativo.

Ficou um tempo afastado da vida pública e exerceu outras atividades. Atuou em Campina Grande como consultor jurídico do Sindicato de Condutores de Veículos Rodoviários, professor substituto da cadeira de história do pensamento econômico (1964) e titular da Faculdade de Ciências Econômicas (1968). Também foi membro titular do Conselho Estadual de Educação de seu estado (1968 -1971) e diretor da Faculdade de Ciências da Administração da Fundação Universidade Regional do Nordeste (1968 – 1969).

No governo de Ernâni Sátiro (1971-1975), ele foi nomeado secretário estadual de Administração até 1972, quando passou para o Conselho Estadual de Cultura. Em 1973, deixou o conselho e assumiu a Casa Civil do governo do Estado. No ano seguinte, saiu do cargo para poder concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa filiado ao Aliança Renovadora Nacional (Arena). Evaldo foi eleito com a segunda maior votação do seu partido e do estado, assumindo em fevereiro do ano seguinte. Na Assembleia foi primeiro-secretário (1975-1976) e líder do partido (1976-1977). Em 78, foi reeleito deputado estadual pelo Arena, iniciou seu mandato em 1979 e foi eleito presidente da Assembleia.

Em 1979, o bipartidarismo foi extinto e filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Arena no apoio ao regime militar. Foi reeleito para presidente do Legislativo Estadual (1981) e presidiu a Comissão de Redação das Leis da Assembléia (1982). Nos anos seguintes foi reeleito para mandato e presidente da assembleia mais uma vez .

Já em 1985, filiou-se ao Partido da Frente Liberal (PFL) e concorreu a deputado federal. Ele foi eleito com a quarta maior votação do estado e a segunda do seu partido, perdendo apenas para Lúcia Braga que obteve quase o dobro de votos.

Ele participou da constituinte como titular na Subcomissão de Garantia da Constituição, Reformas e Emendas da Comissão da Organização Eleitoral, Partidária e Garantia das Instituições e, como suplente, na Subcomissão da Educação, Cultura e Esportes da Comissão da Família, da Educação, Cultura e Esportes, da Ciência e Tecnologia e da Comunicação. Durante a elaboração da nova Carta, ele votou a favor de temas como proteção do emprego contra a demissão sem justa causa, do voto aos 16 anos, do presidencialismo, da legalização do jogo do bicho, entre outros. Votou contra a pena de morte, o aborto, a estatização do sistema financeiro e etc.

Continuou sua carreira política como deputado, assumindo a presidencia do PFL na Paraíba e secretário no Governo José Maranhão nos anos seguintes.

Lançou muitas obras como Convivência e Participação (2006), contando a tragetória política de Ernâni Sátiro, além de Ocidente: legados e perspectivas (1957), A América pré-colombiana (1957), Além da tribuna (crônicas e discursos), (1982), A hora é esta! O Nordeste não pode mais esperar (1987), Por uma nova ordem (1988), À Paraíba, sempre (1989), Meu capital é o trabalho (1990), e Cristiano Lauritzen (2000).

Grace Vasconcelos

 

Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/evaldo-goncalves-de-queiros

https://www.camara.leg.br/deputados/133858/biografia

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