O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 29/07/2015

Cícero Vieira (Mocó)

Mocó foi um apaixonado pela poesia popular e seus cordéis traziam notoriamente a passionalidade pelo regional, pelo Nordeste e o nordestino.
Data de publicação: julho 29, 2015

Naturalidade: Alagoa Nova-PB

Nascimento: 31 de maio de 1936

Falecimento: Fevereiro de 2008 em Magé – RJ

Atividades artístico-culturais: poeta popular, cordelista.

Folhetos de sua autoria: Um Amor Supliciado nas Grades da Detenção, Um Cidadão Generoso Traído pela Consorte, A Sofredora do Bosque ou Uma Noiva Perdida, A Filha de Uma Mendiga na Esquina do Pecado, A Vitória de uma Inocente, Os Sofrimentos de Elisa ou Os Prantos de uma Esposa, Os Martírios do Nortista Viajando para o Sul, A Morte do Presidente Getúlio Vargas, A filha de um pirata, Os olhos de dois amantes por cima da sepultura.

Cícero Vieira da Silva pai de oito filhos era popularmente conhecido como “Mocó”. Seu ímpeto pela escrita começou no ano de 1952, na época ele estava com 16 anos de idade. Ele produziu cerca de trinta romances para a Folhetaria Santos, sediada na cidade de Campina Grande-PB.

Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1958, trabalhou como cobrador de ônibus, era muito conhecido na feira de São Cristóvão. Nos domingos de folga, Mocó costumava aparecer no Canto da Poesia, para rever os colegas e viver a poesia.

Considerado uma dos maiores poetas cordelistas da atualidade, tem aproximadamente 50 folhetos publicados, num número muito inferior a sua produção que dorme na gaveta.

Poeta talentoso ele ganhou prêmios importantes da cultura popular, entre eles o de melhor Glosador no Festival de Poetas Populares de Salvador-BA. No Festival do Repente em Campina Grande, no ano de 1984. Mocó foi eleito o cordelista do ano.

Mocó foi um apaixonado pela poesia popular e seus cordéis traziam notoriamente a passionalidade pelo regional, pelo Nordeste e o nordestino. O cordelista faleceu no Rio de Janeiro, em fevereiro de  2008.

Estrofes do Cordel a Filha de um pirata entre a espada e a sorte, do Cordelista Cícero Vieira-Mocó:

Imploro a meu Jesus Cristo

Que é que tem a força exata

De fortificar meu estro

Com poesia sensata,

Enquanto eu verso a história

Da Filha de um Pirata.

Em um reino da Sicília

Há mais de um século passado

Residiu um ancião

Que tinha sido soldado

Mas como já era idoso

Ficou como reformado.

(Escrava Nordestina, página 32, do Cordel Cícero Vieira-Mocó)

Severino adquiriu

grande tesouro em Campina

fez uma vila de casas

com armazém de esquina

e botou o nome dela

Vila Escrava Nordestina.

E para residir fez

uma casa grande e boa

bem no centro da cidade

próximo a praça João Pessoa

e foi viver satisfeito

junto com a sua patroa.

pareciam até que eram

recentemente casados

passeando no jardim

todos dois de braços dados

descontando no presente

os sofrimentos passados.

Fontes:

https://memoriasdapoesiapopular.wordpress.com/2014/12/09/poeta-cicero-vieira-da-silva-sintese-biografica/ http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=cordel&pagfis=34814&pesq=

http://www.editoraluzeiro.com.br/content/1-biografias-de-poetas

http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2011/06/dicionario-basico-de-autores-de-cordel.html

http://www.cibertecadecordel.com.br/indice_autor_result_cordel.php?idautor=2208

Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *