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Data de publicação do verbete: 05/11/2016

Chapéu de Couro

A indústria cultural não conseguiu tirar de circulação o velho e autêntico chapéu de couro, usado por Luiz Gonzaga, Lampião, Dominguinhos, Santana, e tantos outros.
Data de publicação: novembro 5, 2016

O Chapéu de couro é um símbolo do vaqueiro nordestino e faz parte da indumentária de proteção juntamente com o gibão e a perneira. Com esse conjunto o vaqueiro está pronto para se embrenhar na caatinga e capturar aquele boi mandingueiro, sem medo de se estrepar nos garranchos.

“Vaqueiro que é vaqueiro só tira o chapéu de couro pra tomar banho, dormir ou quando está na missa”, esta é a frase que o vaqueiro Manoel de Germano (que aos 60 anos ainda entra no mato atrás de boi brabo) costuma declarar nas rodas de amigos.

A indústria cultural não conseguiu tirar de circulação o velho e autêntico chapéu de couro, usado por Luiz Gonzaga, Lampião, Dominguinhos, Santana, e tantos outros. Surgiram variações, mexeram no designer, inventaram novas técnicas de tratar o couro, mas ele continua firme e forte na cabeça dos nordestinos e até mesmo de turistas internacionais.

Atualmente a maior produtora de chapéu de couro do Brasil é a cidade de Cabaceiras no Cariri Paraibano, situada a 180 Km da Capital João Pessoa. Cabaceiras é uma das cidades que menos chove no mundo e é conhecida como a “Roliúde Nordestina” por atrair produções cinematográficas, a exemplo do filme Auto da Compadecida, gravado no município.

A ARTEZA, uma cooperativa situada no Distrito de Ribeira à 14 Km da cidade, reúne 8 fabricas de artefatos em couro, seis com sede no próprio distrito e duas em Cabaceiras. Atualmente mais de 300 pessoas, que antes não tinham renda, estão envolvidas no trabalho de produção de artefatos, inclusive na fabricação do chapéu de couro.

O artesão de Cabaceiras, José Batista de Souza, mais conhecido como Zé Pombo, fabrica chapéus de couro típicos dos vaqueiros, tanto peças únicas quanto conjuntos de peças, que são disponíveis para venda em outros estados.

Em Ribeira, localizada em Cabaceiras, o artesão Risoaldo Castro trabalha também com o couro de bode e cabra. Sempre que pode participa de oficinas para melhorar o acabamento e criar novos modelos de peças que utilizam o couro como principal matéria-prima. “É a tendência de mercado que diz. Se a gente faz um chapéu, que nem o que eu estou confeccionando, estilo cowboy. As pessoas estão gostando, então, eu estou mandando bronca nele”, fala Risoaldo.

O acessório que complementa a roupa do vaqueiro, além de proteger a cabeça das ervas espinhosas da caatinga, do sol e da chuva, também é responsável pela possibilidade de uma renda extra para os artesãos do estado.

“Quem usa chapéu de couro

simboliza a região,

tem as raízes da terra

plantadas no coração”.

(Biliu de Campina)

Fontes:

http://www.pb.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/PB/a-industria-do-bode-na-paraiba,e78f4ef315b67410VgnVCM1000003b74010aRCRD

http://cabaceiraspb.weebly.com/accedilatildeo-social.html

 

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