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Data de publicação do verbete: 06/09/2017

Burro Morto

Grupo muscical alternativo que traz elementos presentes no afrobeat, no rock, no funk e na psicodelia, além de ter uma raiz nordestina bem marcada
Data de publicação: setembro 6, 2017

Naturalidade: João Pessoa – PB

Surgimento: 2007

Gênero Musical: instrumental

Facebook: https://www.facebook.com/burromorto/

 

 

A banda instrumental Burro Morto tem uma proposta que investe no afrobeat, no rock, no funk e na psicodelia, além de ter uma raiz nordestina bem evidente. Sonoridade única que só foi possível devido o empenho dos seus integrantes, que com um trabalho muito intenso, com gravações em estúdio caseiro que chegavam a durar 12 horas por dia, encontraram seu ritmo.

Das referências claras, é possível para citar Lula Côrtes, Fela Kuti e até mesmo as bandas sessentistas de São Francisco. O grupo com seu groove instrumental psicodélico, temperando com sintetizadores e samples às suas batidas pesadas, recheadas de graves suculentos, percussões ancestrais e guitarras entrelaçadas, através de melodias inusitadas, cativa o público com sua sonoridade singular.

Em 2007, lançaram um EP, “Pousada Bar, TV e Vídeo”, e em 2009 lançaram outro EP, “Varadouro”, composto por sete faixas. Esse foi lançado em formato digital pelo selo californiano One Cell Records e também em vinil pelo selo francês Oriki Music. Uma das faixas, “Índica”, integrou a coletânea “+Soma Amplifica”, realizada pela revista +Soma, que teve tiragem de 10.000 cópias e foi distribuída gratuitamente em diversas capitais do país. E trechos das músicas “Cabaret” e “Navalha cega” fizeram parte da trilha sonora de um vídeo produzido pela Nike Sportswear.

O primeiro álbum veio em 2011, com “Baptista Virou Máquina”, acompanhado de um álbum visual dirigido pelo cineasta Carlos Dowling. Enquanto “Varadouro” surgiu mais como uma compilação dos singles lançados, “Baptista Virou Máquina” criou uma ambientação mais conjuntural, quase um disco conceitual. Por mais que seja instrumental, esse último retrata as diversas passagens de um personagem que está começando a descobrir algo novo.

E cada faixa tenta transmitir suas emoções interiores: “Baptista, o Maquinista” mostra algumas características assimiladas pela meteórica transformação; já “Foda do Futuro” tem uma pegada mais industrializada, ganhando uma roupagem mais psicodélica com os teclados de Haley Guimarães. Neste momento, é como se Baptista fosse se mecanizando aos poucos.

A banda que só veio lançar algo novo em 2014, seu single “Lúcifer Colômbia”, segue preparando o repertório de um novo disco, que não tem previsão de lançamento. Atualmente, o grupo é formado por Daniel Jesi (contrabaixo, MPC, electribe), Leo Marinho (guitarra, trompete, MS2000), Ruy José (bateria) e Pablo Ramires (percussões, SP11, SPDS).

Em um contexto cada vez mais difícil de encontrar bandas com sonoridades orgânicas, Burro Morto surge como um expressivo paradigma na cena musical brasileira contemporânea. Em outra época chegaram a enfrentar situações desgastantes,  como ficar mais de 48 horas em um ônibus para poder se apresentar em São Paulo. Contudo seguem no sonho de divertir públicos por onde passarem.

“A Burro Morto surgiu como uma necessidade de expressão. Embora estejamos indo atrás de tocar, de gravar, fazemos principalmente com o intuito de divertir o público e nos divertir no palco. A gente quer fazer o som da maneira mais livre possível. Acho que a música instrumental traz essa liberdade”, comenta o contrabaixista em entrevista ao jornal Correio da Paraíba.

A banda já participou de importantes eventos e festivais, como Abril Pro Rock, Conexão Vivo, No ar: Coquetel Molotov, RecBeat, Feira da Música, Universo Paralello, Porto Musical, Virada Cultural SP, Mostra Instrumental Contemporânea Caixa Cultural, Prata da Casa no Sesc Pompéia, Instrumental Sesc Brasil, Sai da Rede CCBB, entre outros.

Para quem quiser ouvir o som feito pela Burro Morto é só acessar o site do grupo no Soundcloud.

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