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Data de publicação do verbete: 03/05/2016

Bento Júnior

Ator, diretor e dramaturgo. Foi um dos jovens atores paraibanos a fundar um grupo comunitário de teatro de rua, “A Boca do Forno”. É coordenador do Grupo Teatral Circo Sem Pano.
Data de publicação: maio 3, 2016

Naturalidade: João Pessoa – PB

Nascimento: 28 de fevereiro de 1961

Contato: (83) 99994-1490

Formação acadêmica: Teatro pela UFPB.

Atividades artístico-culturais: Ator, diretor e dramaturgo.

Atividades Exercício – profissional: Professor do Teatro Ednaldo do Egypto, da Secretaria Municipal de Educação, e do Cearte – PB.

Prêmios: Em 2012 recebeu o Prêmio Júri Popular de Melhor Espetáculo da 17ª Mostra Estadual de Teatro, Dança e Circo, promovida pela Funesc-PB, e ganhador de sete prêmios incluindo o de Melhor Espetáculo na categoria comédia no 8º Festival de Teatro de São João Nepomuceno (MG).

Bento Júnior, pseudônimo de Bento Carvalho de Lima Filho, nasceu em João Pessoa, em 28 de fevereiro de 1961.  É poeta, professor, teatrólogo e Cordelista, mestre em Teatro pela  Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Pertence à Academia de Cordel do Vale do Paraíba (ACVPB), ocupando a Cadeira 31, que tem como Patrono o cordelista paraibano, Francisco Sales Arêda.  É filho de Bento Carvalho de Lima e Maria Vitória de Carvalho, é o primogênito de seis irmãos e uma irmã.  Desde muito pequeno admirava os cantadores de viola, os repentistas, os circos, os vendedores de folhetos nas feiras, as danças populares, o carnaval popular de rua, enfim, a sua veia poética tem uma influência marcada pela presença de seus avós em sua vida. A sua avó paterna, a Dona Lica, guardava dentro de um baú recordações através dos folhetos de cordéis, cartas, livros, uma quantidade enorme de informações culturais que deixaram aquele menino amplamente saciado pelas coisas populares, os contos, os causos, as histórias, naquele mundo de encantamento.   

Em 1982 funda com Nilson Condé, o Grupo de Teatro Boca de Forno (GTBF),  dentro da Associação de Moradores do Castelo Branco (AMCAB), onde montam o espetáculo teatral ‘Circo Sem Pano’, uma coletânea de vários autores que teve a sua estreia em dezembro de 1983. 

No ano de 1984, integra o Grupo Teatro Nordestino Divulgado (TENDA) , onde participa de dois espetáculos: ‘O Sapateiro do Rei’ e ‘Os Meninos da Minha’, ambos dirigidos por Geraldo Jorge. Neste mesmo ano esteve no elenco de ‘A Cabeça da Santa’, com texto e direção de Tarcísio Pereira, que foi sucesso de crítica.   

Em 1985 é aprovado para o Curso de Educação Artística pela UFPB. É importante destacar que Bento Júnior há muito praticava futebol, sendo jogador do Monte Castelo Futebol Clube, e naquele mesmo ano se tornou técnico e foi campeão com o time. No seu espaço de vida, enveredou pelo teatro e pelo futebol, esporte este que mais tarde o fez abandonar em virtude de uma contusão em seu tornozelo. 

Participou ativamente do Movimento Estudantil onde assumiu em 1986 o Centro Acadêmico de Artes (DAC/UFPB), além do Movimento Comunitário, nas lutas da AMCAB e do Movimento Sindical, já na condição de Professor. 

Enquanto estagiário, em 1987, fez parte do Serviço Social do Comércio (SESC), em João Pessoa, onde idealizou neste mesmo ano o Festival de Teatro Comunitário, evento este que apontou vários profissionais para o teatro.

Juntamente com alunos do Curso de Medicina, Odontologia, Comunicação e Letras da UFPB formou o Grupo Prefácio, em 1989.   Em pleno dia de Finados deste mesmo ano, o grupo faz uma apresentação no Cemitério Senhor da Boa Sentença na capital do estado da Paraíba, com ‘Prefaciando Augusto’, com poemas de Augusto dos Anjos, causando um grande impacto naquele feriado em homenagem aos mortos. Com este grupo Bento Júnior montou ainda os espetáculos ‘Em Sentido Contrário às Máquinas Caminha um Homem Tocando o Seu Violino’, um texto de autoria de Pedro Osmar, que ele dirigiu.  Em 1990 monta o texto teatral ‘Solidão em Quatro Vias’, de sua autoria, com base no poema do poeta pernambucano João Cabral de Melo Neto e ‘Os Três Mal-Amados’, sendo esta a última produção do ‘Prefácio’. Neste mesmo período é aprovado pela Rede pública de ensino na condição de Professor de Artes. Nas escolas em que atuou, em sala de aula, sempre buscou alternativas para que o seu trabalho desse ao estudante o exercício prático num palco tradicional de teatro. 

No ano de 1991 funda o Grupo de Teatro Circo Sem Pano (GTCSP), onde começa a produzir os seus espetáculos, na sua maioria com elenco advindos das escolas públicas e uma pequena parte de outros interessados. 

Em 1994 casou-se com a Assistente Social Norma Sueli, onde desse relacionamento teve três filhas: Carolina, formada em Fisioterapia pela UFPB, Camila, estudante do Curso de Serviço Social também pela UFPB e Catarina, ainda estudante do Ensino Médio.  

A partir de 1995 elaborou parcerias que levaram os discentes do ensino tradicional (de sala de aula) para terem aulas cênicas em palcos do Teatro Lima Penante e Teatro Ednaldo do Egypto, motivo pelo qual é criado, de sua autoria, o projeto denominado de Curso de Montagem Teatral (CMT).  

Em 1996, concluiu o Curso de Especialização em Crítica Teatral pela UFPB, em que abordou o resgate histórico do GTBF. 

Sua vasta experiência profissional como ator, diretor, dramaturgo e cordelista o qualifica como uma das personalidades paraibanas que mais tem conhecimento acerca das obras do também escritor Ariano Suassuna, com mais evidência, “Auto da Compadecida”. Bento Júnior fez a adaptação e recebeu das mãos do próprio autor a condição para montá-lo e apresentá-lo.  No ano 2000, num trabalho profissional, sob a assistência do professor Alberto Black, através do GTCSP, monta este espetáculo, que sobrevive ao tempo, completando 20 anos de existência. Essa montagem lhe deu possibilidades de também viver vários papéis, como o Padre, o Bispo, Major Antônio Morais, Severino do Aracaju e, por fim, João Grilo. 

Já produziu dezenas de livros sempre voltados ao teatro, à educação, à poesia, ao cordel e ao trabalho de sala de aula. Na sua vasta produção de cordel, encontramos títulos como: ‘O Baba Ovo’, ‘A Louca da Diocese’, ‘O Ritmo de Jackson do Pandeiro’, ‘Confissões de um Corno’, ‘A Trepada das Primas’, e vários outros, trazendo no seu ‘Cordel Brasileiro’, a sua colocação em defesa da tese que o cordel não precisa dizer que é literatura, porque já é, e sim, vários cordelistas paraibanos abraçaram a ideia do Cordel Brasileiro na estrutura de suas capas. 

Entre sua vasta produção dramatúrgica destacam-se: ‘Circo Sem Pano’, ‘Cem Pé, Sem Cabeça’, ‘O Morto e o Anjo’ e tantos outros.    

Já participou de várias coletâneas de poemas e cordel e possui mais de 30 obras publicadas pela Editora Clube de Autores. 

Em 2017, concluiu o seu Mestrado, intitulado: ‘Notas sobre o Teatro Adolescente’, pela UFPB, que fala de sua atuação enquanto professor de teatro.

Fontes:

http://tribunadovaleonline.blogspot.com/2019/08/cordelista-e-ator-bento-junior-leva.html

https://www.youtube.com/watch?v=cJ1FANCTIKI

https://www.academiadecordel.com.br/escola-de-joao-pessoa-abre-cordelteca-e-homenageia-bento-junior/

https://www.recantodasletras.com.br/autores/bentojunior

https://www.academiadecordel.com.br/bento-junior-lanca-mais-uma-serie-de-folhetos-de-gracejo/

https://www.academiadecordel.com.br/bento-junior-lanca-cordel-de-gracejo-no-sarau-poemas-e-cantos-da-cidade/

https://www.academiadecordel.com.br/academia-de-cordel-elege-nova-diretoria-para-o-bienio-20232024/

https://www.academiadecordel.com.br/academia-promove-sarau-no-salao-do-artesanato-paraibano/

https://www.academiadecordel.com.br/bento-junior-lanca-folheto-para-publico-infanto-juvenil/

https://www.academiadecordel.com.br/bento-junior/

Atualização: Sandra da Costa Vasconcelos

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