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Data de publicação do verbete: 16/12/2016

Associação das Quadrilhas Juninas de Bayeux

A organização tem um papel primordial na perpetuação da cultura do município. Os grupos da região têm estilos marcados pelos trajes ricos em detalhes e comandos inovadores.
Data de publicação: dezembro 16, 2016

Município: Bayeux – PB

Localização: Rua Teodoro da Silva, S/N, Tambay

Fundação: 26 de abril de 1990

Presidente: Carlos Santos

A Associação das Quadrilhas Juninas de Bayeux (ASQUAJUB) tem um papel primordial na perpetuação da cultura do município. O grupo começou a ser organizado através do trabalho coletivo de pessoas da região, ainda em 1987. A organização é formada por mais de 20 equipes de quadrilheiros que participam dos festivais realizados na cidade e no estado.

De 1960 a 1990, os trajes das quadrilhas tinham como principal característica a originalidade, com rústicas vestimentas no estilo caipira e antigos comandos, animadas pelo som da sanfona e de instrumentos de percussão, como a zabumba e o triângulo. Nesse período, a Quadrilha Junina Nova foi a de maior destaque, marcada por Francisco Alves, chamado de Coroné Chico Tripa. O grupo conquistou nove títulos de campeã nos concursos da cidade, foi duas vezes a vencedora paraibana e uma vez a melhor do Nordeste.

A partir de então, surgiram novos grupos em vários bairros, que se apresentavam em palhoças improvisadas e enfeitadas com bandeirinhas coloridas, tudo para perpetuar a tradição dos festejos do mês de junho. Dentre elas, estão as que foram inscritas desde a fundação da ASQUAJUB como a Quadrilha Junina Vista Alegre, organizada pelo Coroné Pacatuba; Quadrilha Junina Umbuzeiro, do Coroné Ciriaco; Quadrilha Junina Verde Esperança, do Coroné Jagunço; Quadrilha Junina Santa Rosa, do Coroné Garganta de Aço; Quadrilha Junina Arraial do Nacional, do Coroné Isac; Quadrilha Junina Estrelinha da Noite, do Coroné Sucata; Quadrilha Junina Rosa Branca, do Coroné Pintado; Quadrilha Junina Tangará, do Coroné Sasá Mutema; Quadrilha Junina Boa Vontade, do Coroné Azulão; e Quadrilha Junina Nova, do famoso Coroné Chico Tripa.

Entre os principais nomes que valorizavam os festejos juninos do local estão o Coroné Pipoca, Coroné Gonga e Maurício Alves de Souza, conhecido como Maurício Papá, um dos grandes incentivadores das quadrilhas e um dos pioneiros na arte de marcador.

As quadrilhas do município têm estilos marcados principalmente pelos trajes ricos em detalhes e os comandos inovadores. Animadas ao som de músicas gravadas de acordo com o tema abordado, ou instrumentos eletrônicos de nova geração somados a sanfonas e instrumentos de percussão, como a zabumba e o triângulo, algumas delas inserem em suas apresentações elementos do ballet e do teatro, engrandecendo ainda mais o enredo.

Apesar do estilo moderno, alguns quesitos tradicionais continuam presentes, como o casamento, o acompanhamento musical, o marcador e animação típica das festas juninas. As roupas usadas pelos integrantes, a harmonia e os adereços ganharam uma versão atual, com requintes de riqueza e beleza.

Um dos grupos de maior destaque da associação é a Quadrilha Junina Arraial do Nacional, com sete prêmios de campeã no Festival das Quadrilhas Juninas do município de Bayeux, vice-campeã no Festival Festa na Roça (1997), eleita uma das dez melhores da Grande João Pessoa pela Fundação Cultural de João Pessoa (FUNJOPE), em 2001, vencedora do Festival das Quadrilhas Juninas dos Municípios Litorâneos (2002), dentre outros títulos.

A grande conquista da Associação das Quadrilhas Juninas de Bayeux foi a sua sede própria, situada na Rua Teodoro da Silva, no bairro de Tambay, construída pela Prefeitura Municipal de Bayeux em 1997. No ano de 2001, o espaço foi restaurado e ampliado.

Em 2003, os festejos do mês de junho ganharam ainda mais brilho, lutando contra o preconceito, através da recém formada Quadrilha Junina Agora É Que São Elas, integrada apenas por homens. Organizada por Rilson Luis de Melo Pessoa, o grupo conquistou o público com uma apresentação rica em beleza, harmonia e originalidade.

No ano de 2006, a ASQUAJUB fez um trabalho social, arrecadando incentivos financeiros da Prefeitura Municipal para a Quadrilha Junina Sinhá Moça, formada por pessoas da terceira idade. Através desse trabalho, novas juninas foram atraídas para Bayeux, ampliando e fortalecendo a cena cultural do município.

Na galeria de presidentes da associação estão Sebastião Claudino Dionízio, de 1990 a 1991; Diógenes Costa do Nascimento, que administrou de 1992 a 1993; José Severino da Silva, entre os anos de 1994 e 1995; Izaqueu Silva de Lima, de 1996 a 1999, e de 2000 a 2003; e Flaviano Ricardo Maciel Coutinho, de 2004 a 2007, e de 2008 a 2011.

São nomes marcantes da luta pela tradição das quadrilhas juninas em Bayeux, Sebastião Claudino Dionízio, mais conhecido como Coroné Pacatuba, Francisco Alves, popularmente chamado de Coroné Chico Tripa, Izaqueu Silva de Lima, chamado de Coroné Isac, Astero Santos, Maria das Neves Fortunato de Souza, Maria da Guia de Souza Morais, Maria da Conceição Gomes da Silva, Antonio Gomes da Silva, Edmilson Pereira de Oliveira, conhecido como Coroné Sasá Mutema, Severino Tomé de Oliveira, chamado de Coroné Ciriaco, além do apoio fundamental de Cardivando de Oliveira, Presidente da Associação das Quadrilhas Juninas do Município de João Pessoa, e do Tenente da Padaria.

Fontes:

http://quadrilhas.blogspot.com.br/2010/04/asquajub-bayeux-completa-20-anos-na.html

http://24horaspb.com/Portal/home/2016-02-23-20-58-18/cultura/item/4307-prefeitura-de-bayeux-realiza-o-xxii-festival-de-quadrilhas-juninas

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