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Data de publicação do verbete: 04/05/2016

Apolônio Cardoso

Ficou conhecido como o “Poeta das flores”. É autor de “Flor do Mocambo e Flor do Cascalho”, música tema do filme Romance (2008).
Data de publicação: maio 4, 2016

Naturalidade: Queimadas-PB

Nascimento: 14 de dezembro de 1937 / Falecimento: 22 de dezembro de 2014.

Atividades artístico-culturais: Poeta, repentista e compositor.

Atividades- Exercício profissional: Advogado, professor e radialista.

Apolônio Cardoso começou a trabalhar ainda criança como engraxate. Iniciou-se na poesia ouvindo os grandes poetas: José Gonçalves, José Antônio Barbosa e Patativa do Assaré. Aos 18 anos mudou-se para Mossoró, no Rio Grande do Norte, em busca de oportunidade como violeiro e repentista; com isso, passou a tocar nos bares e na rádio difusora do município.

Com o tempo, o artista concluir o curso de Direito. Conciliava as atividades profissionais de advogado, professor e poeta repentista. Foi articulista de jornais e locutor de rádio, onde apresentava um programa direcionado ao Folclore Nordestino.

Como poeta repentista, criou e organizou o Primeiro Congresso Nacional de Violeiros, realizado em Campina Grande, no Teatro Municipal Severino Cabral, no ano de 1974. Escreveu sobre o folclore, e participou de inúmeros congressos nacionais de violeiros no país inteiro, concorrendo com grandes nomes, a exemplo de Ivanildo Vila Nova. Consagrou-se campeão em muitos deles.

Apolônio Cardoso escreveu vários poemas e canções conhecidas nacionalmente, a exemplo de “Flor do Mocambo e Flor do Cascalho”, música tema do filme Romance (2008), do premiado cineasta Guel Arraes, com direção musical de Caetano Veloso.

O poeta foi articulista por vários anos do extinto Diário da Borborema, além de apresentador do Programa Retalhos do Sertão, na Rádio Borborema.

Em muitos dos seus poemas Apolônio fala de flores. Ele ficou conhecido como o “Poeta das flores”. Era casado com Maria Creuza da Silva, com quem tinha 10 filhos.

Trecho da poesia-canção “Flor do Mocambo”:

Dedico a você que está me ouvindo,

E talvez sentindo saudade também,

Óh flor do Mucambo vestida de luto,

Herança de um fruto dos beijos de alguém.

Foi de madrugada, quando eu te beijei.

Parti e chorei vendo a imagem sua.

Poeta boêmio sem felicidade,

Cantando saudade aos raios da lua.

Você flor divina, tão simples, tão bela.

Óh flor amarela do meu pé de jambo.

Sou triste poeta cativo, mas amo e

Por isso lhe chamo de Flor de Mucambo.

Não tenho riqueza pra lhe ofertar,

Navio e nem mar em Copacabana.

Só tenho a viola, a vida e o mulambo,

Óh flor do Mucambo da minha choupana.

Fontes:

http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20141222161417&cat=paraiba&keys=morre-campina-grande-exvereador-advogado-poeta-apolonio-cardoso

http://pt.wikipedia.org/wiki/Apol%C3%B4nio_Cardoso

http://andorinharepentista.blogspot.com.br/2014/04/flor-do-mucambo.html

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