O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 28/09/2016

Antônio Américo de Medeiros

Cantador, cordelista, editor, folhetista, vendedor e precursor de programa radiofônico. Foi agraciado com a Medalha Ednaldo do Egypto, da Assembleia Legislativa do Estado.
Data de publicação: setembro 28, 2016

Naturalidade: São João do Sabugi – RN / Radicou-se em Patos – PB

Nascimento: 07 de fevereiro de 1930 / Falecimento: 21 de janeiro de 2014

Atividades artístico-culturais: Cantador, cordelista, editor, folhetista, vendedor e precursor de programa radiofônico.

Antônio Américo de Medeiros começou a viajar pelo Nordeste como cantador profissional ainda adolescente, mais precisamente aos 15 anos. Radicou-se em Patos-PB, onde criou o programa radiofônico Violas e Repentes no ano de 1960; programa pelo qual os artistas poetas se apresentavam ao vivo, com transmissão pela Rádio Espinharas de Patos. Permaneceu no ar por 23 anos. Antônio Américo trabalhou com personalidades da época, à exemplo de José Batista.

História completa da Cruz da Menina (1977) foi seu primeiro romance. Possuindo a arte de criar, também passou a transferir emoções ao dedicar-se a outras artes, como editor e vendedor de cordel, para divulgar o produto cultural pouco apreciado pela mídia de massa.

Na sua afamada banca de folhetos, localizada no Box 2 do antigo Mercado Público de Patos, disponibilizou trabalhos poéticos de outros consagrados artistas populares, como: Leandro Gomes de Barros, José Pacheco e José Camelo de Melo Resende.

O artista publicou seus folhetos na Tipografia Pontes (Guarabira – PB); Editoras: Coqueiro (Recife – PE); Luzeiro (São Paulo – SP) e Fundação Ernany Sátiro, onde teve sua coletânea Vida, Verso e Viola na qual se encontra seu primeiro folheto romance, que faz referência ao Santuário da Cruz da Menina, construído para a Santa do Povo, a menina Francisca, que foi assassinada (1923) por seus pais adotivos.

Antônio parou de cantar aos 58 anos, mas comercializou cordéis até os 75 anos de idade.  A Paraíba reconheceu a dedicação deste potiguar em prol da cultura popular local e, no ano de 2003, Américo foi agraciado com a Medalha Ednaldo do Egypto, da Assembleia Legislativa do Estado.

A seguir veja uma composição poética retirada da História Completa da Cruz da Menina:

A história verdadeira

Não me canso de contar

Toda certa e pesquisada

O melhor pude arranjar

Nesta pesquisa que fiz

Isto me fez tão feliz

O poeta é pra lutar.

A Cruz da Menina agora

Me inspirou este tanto

Eu nunca pensei fazer

Rica história leio e canto

Inspiração nordestina

Contei da Cruz da Menina

O fato verídico e santo.

[…]

Fontes:

http://www.patosonline.com/post.php?codigo=38218

https://memoriasdapoesiapopular.wordpress.com/tag/antonio-americo-de-medeiros/

Pesquisador: José Paulo Ribeiro, e-mail: zepaulocordel@gmail.com.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *