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Data de publicação do verbete: 10/09/2015

Adeilde Ferreira de Menezes

Dona Adeilde é admirada por sua disposição. Com suas mãos delicadas produz Renda Renascença e Labirinto.
Data de publicação: setembro 10, 2015

Naturalidade: Alagoa Grande-PB.

Nascimento: 12 de março de 1932

Contato: (83) 3233-3514

Técnica artesanal: Renascença e labirinto.

Matéria-prima: Fios, linhas e agulhas.

Peças produzidas: Centros de mesas, passadeiras, e demais peças.

Adeilde Ferreira de Menezes reside na capital paraibana há bastante tempo.   Casada e mãe de 11 filhos, 38 netos e 14 bisnetos. Dona Adeilde é admirada por sua disposição, pois apesar da idade, não se permite deixar de trabalhar um só dia naquilo que a faz realizada: Produção de peças bordadas em labirinto (principalmente em outras modalidades).

Aos oito anos de idade, Adeilde na sua terra natal (Alagoa Grande) escondida de sua mãe, corria à casa de uma vizinha que trabalhava fazendo labirinto, rococó, richelieu, renascença e outros bordados nordestinos. Desde aí, a menina Adeilde revelou o seu talento para o artesanato. Ela declara “Eu sempre gostei muito de matemática, queria me formar na universidade, mas meus pais não podiam custear meus estudos em outra cidade mais evoluída. Ainda consegui ser professora de criança. Quando casei, mesmo com as tarefas de mãe e esposa, a produção de bordados nunca parou”.

Na década de 1980, Dona Adeilde passou a ser instrutora de artesanato na extinta Legião Brasileira de Assistência (LBA). Foi quando recebeu do Governo do Estado, o Box no mercado de artesanato. “Ensinei seis anos na LBA. Eu tenho 20 pessoas trabalhando pra mim, porque sozinha num dá vencimento, né?”. Diz a artesã.

Professora aposentada, Dona Adeilde dedica-se integralmente ao artesanato, produzindo peças como: Centros de mesa, passadeiras e toalhas para igrejas. Os utensílios produzidos por ela podem ser encontrados no Box 25 –  Recanto do Labirinto situado no Mercado de Artesanato da Paraíba, o MAP.

Dona Adeilde argumenta que no interior é mais difícil achar a quem se vender “Aqui vem turista de todo lugar, de todo lugar mesmo. Eu tenho duas filhas na Alemanha e mando pra lá as toalhas, elas vendem lá mesmo. Eu fiz toalha pra igreja de Portugal.” E acrescenta “Eu faço por amor à arte, porque quem faz por amor é gostoso. Recebi até documento da prefeitura”. A artesã declara ainda “Você não vai acreditar se eu disser, mas nenhuma das oito aceitou essa arte. Disseram que era muito demorado. Mas é mesmo, a gente passa dez meses fazendo uma toalha pra uma mesa de oito cadeiras e vende por R$380. Mas quem é que quer trabalhar dez meses pra ganhar 380 reais? Ninguém”.

A artesã além de produzir artesanato também passa para outras pessoas o que aprendeu com o artesanato ao longo da vida “Ensinei seis anos na LBA. Eu tenho 20 pessoas trabalhando pra mim, porque sozinha num dá vencimento, né?”.

Dona Adeilde é muito admirada por suas colegas artesãs, e pelas pessoas que visitam a sua lojinha, ela enfatiza “Olhe, eu sei fazer renascença e sei fazer labirinto, só não sei fazer renda de bico, mas o labirinto é tirado do fio. Primeiro a gente tira o fio todinho e começa a bordar. Cada um tem um desenho diferente e sai na imaginação, na hora! Não tem nada de revista, não tem nada pra gente olhar não. É imaginar e fazer. Na renascença risca o tecido e fica bordando com uma fitinha, quando tem muito detalhe é riscado, mas também sai da mente. Quando concluída é uma delicadeza sem igual”.

 

Fontes:

http://www.pan-horamarte.jor.br/noticia.php?id=149

http://joaosantacruzdeoliveira.blogspot.com.br/2011/08/adeilde-ferreira-de-meneses.html

http://www.codata.pb.gov.br/apps/sisarte/servletconsultaartesao?artesao=Adeilde%20Ferreira%20de%20Menezes

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