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Data de publicação do verbete: 28/08/2015

Silvino Olavo

Poeta, advogado, jornalista e político. Patrono da Cadeira 35 da Academia de Letras de Campina Grande, com assento na de número 14 da Academia Paraibana de Poesia.
Data de publicação: agosto 28, 2015

Naturalidade: Esperança –PB

Nascimento: 27 de julho de 1896 / Falecimento: 26 de outubro 1969 Campina Grande-PB

Atividade artístico-cultural: Poeta

Atividades- Exercício profissional: Advogado, jornalista e político.

Patrono da Cadeira 35 da Academia de Letras de Campina Grande, com assento na de número 14 da Academia Paraibana de Poesia.

Publicações: Cisnes (1924); Socialização e Estética do Direito (1924); Esperança – Lírio Verde da Borborema – Discurso (1925); Sombra Iluminada (1927); Cordialidade – Estudo Literário – 1ª Série – N. York, 1927; Badiva, obra póstuma (1997).

Olavo Cândido Martins da Costa Nascido na fazenda Lagoa do Açude no dia 27 de julho de 1897. Seu pai era um próspero criador, dono de diversas fazendas de gado, na cidade de Esperança. Em 1915 mudasse com a sua família para a vila. Na época já frequentava a escola do professor Joviano Sobreira, progenitor do Coronel Elísio Sobreira.

Por força de um amor não correspondido no seio de sua família, foge para a Capital e matricula-se no Colégio Pio X. Neste educandário é agraciado com a medalha de Honra ao Mérito, por sua dedicada vida estudantil.

Em 1920 conclui o curso ginasial e presta exames vestibulares, sendo aprovado para o curso de Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. E em fevereiro do mesmo ano segue para Brasília-Distrito Federal.

Na capital do Brasil passa a conviver com diversos intelectuais de sua época e conhece o paraibano João Pessoa, Ministro do Tribunal Militar. Tempos depois tem início a sua formação jurídica. Ele realiza publicações em diversos jornais, atua como redator em alguns periódicos e trabalha nos Correios e Telégrafos para complementar a mesada do pai. No Rio são publicados seus principais trabalhos: Cysnes (1924), Socialização e Estética do Direito – tese (1925) e Sombra Iluminada (1927).

Após concluir o seu bacharelado, sendo eleito orador da turma, retorna à Paraíba em 1925 na companhia do vate Peryllo de Oliveira, e engaja-se em prol da emancipação de sua terra natal, onde proclama o seu famoso discurso: “Esperança – Lírio Verde da Borborema”.

Participa, ainda, da política estadual. Forma o “Grupo dos Novos” e assume a chefia d’O Jornal – órgão dirigido por José Gaudêncio e escreve para outros periódicos da Paraíba e de Pernambuco.

Em março de 1926 faz sua estreia no Jornal “A União”. Em seu artigo inaugural, publicado no suplemento “Arte e Literatura” comenta o livro do escritor pernambucano Oswaldo Santiago, “Gritos do Silêncio”. Chefiou a redação de “O Jornal”, e escreveu para as revistas: “Nova Era” (Paraíba), e o periódico “A Província” (Rio de Janeiro); colaborando ainda com algumas publicações de Pernambuco. Ainda nesse ano, é nomeado Promotor Público da capital, integrando o Conselho Penitenciário da Paraíba.

No ano seguinte, submete-se a concurso público e é aprovado para o cargo de Agente Fiscal do Consumo com atuação em Vitória-ES. E passa a escrever uma coluna para o jornal Diário da Manhã, daquele Estado.

Em 1928, de volta ao seu Estado natal, se engaja na campanha de João Pessoa ao governo do Estado e é nomeado Oficial de Gabinete em 22 de outubro.

Em fevereiro de 1929, Silvino Olavo recebe Mário de Andrade, juntamente com outros intelectuais ligados à “Era Nova”. Em junho daquele aparecem-lhe os primeiros sintomas da esquizofrenia, quando visitava sua noiva Carmélia Veloso Borges na cidade de Pilar-PB. E em setembro discursa nos comícios de Santa Rita e Barreiras pela Caravana da Aliança Liberal. Casa-se dois meses depois, quando então tem uma nova crise. Desta união, nasceu a sua única filha, Marisa Veloso Costa, que veio a falecer aos 12 anos de idade no ano de 1950.

Com a morte de João Pessoa em 1930, passou a apresentar um quadro esquizofrênico. Foi internado diversas vezes na Colônia Juliano Moreira, na capital paraibana, até que o seu cunhado Valdemar Cavalcanti, o recebeu para tratamento domiciliar em Esperança. Durante seus intervalos lúcidos, produziu diversos poemas e eternizou a sua musa “Badiva”.

O poema em claro e escuro/ Original para o Jornal A União:

Não te disseram já que eu era

Aquele moço triste que anda pelas

noites de luz, com os olhos da Quimera,

procurando os teus olhos nas estrelas…

Sei que a varinha mágica da fada,

trançando o fado que me vês cumprindo,

em símbolo de luz deixou gravada

a inicial desse teu nome lindo…

 

E desde então fiquei andando a esmo

pela vida, perdido dentro dela,

A procura não sei se de mim mesmo,

se de tua alma que sombra estreita.

E, se entre sombra e luz não há nuança,

o nosso amor é um poema em claro-escuro

– tu és a luz daquela estrela mansa

e eu sou a sombra do destino muro…

 

Meu destino é uma sombra iluminada

Por isso eu bendirei, mesmo na Cruz,

o Senhor dos destinos, minha amada,

que me fez sombra sob a tua luz!

 

Fontes:

Raul Ferreira Blog História Esperancense (http://memoep.tk)

http://historiaesperancense.blogspot.com.br/2014/05/silvino-olavo.html

http://mgculturalpb.blogspot.com.br/search?q=silvino+olavo

http://www.esperancadeouro.com/2013/07/fotos-e-fotos-da-passagem-do-poeta.html

http://lau-siqueira.blogspot.com.br/2012/07/silvino-olavo.html

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