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Data de publicação do verbete: 20/01/2016

Merlânio Maia

Poeta, cordelista, músico, cantador, declamador e escritor. O artista tem realizado inúmeros shows pelo país, levando a sua poesia recheada de espiritualidade e graça.
Data de publicação: janeiro 20, 2016

Naturalidade: Itaporanga – PB.

Ano de nascimento: 1961

Atividades artístico-culturais: Poeta, cordelista, músico, cantador, declamador e escritor.

Contatos: (83) 99922-9660 / 3042-6660

Site: www.merlaniomaia.com

E-mail: merlanio@gmail.com

Merlânio Maia nasceu de uma família pobre e simples, sem parteira, a sós com sua mãe Helena, na cidade de Itaporanga, alto Sertão Paraibano. Seu pai Natércio Maia Barbosa um poeta declamador, brilhante por seus causos vividos e contados. Um homem de fibra, forte, aventureiro, amansador de burro brabo e exímio atirador, respeitado naquelas terras. Sua mãe Margarida Helena Barbosa, uma santa em todas as possibilidades, otimista por natureza sempre tinha solução para tudo. Era contadora de histórias sem igual, além de cantadeira das cantigas dos tempos dos escravos.

Em 1966, Merlânio iniciou seus estudos do curso fundamental no Grupo Simeão Leal. E desde criança sua paixão eram os poemas, então escreveu seu primeiro poema, um decassílabo com estrofes de quatro versos e com quatro estrofes. E se consolidou como um declamador e construtor de versos em sua cidade natal. Suas poesias nascem da cultura urbano-contemporânea e possuem uma ligação com fatos históricos. Cheios de arranjos e de essência nordestina, suas produções têm vínculo na raiz da cultura popular e logo encantam a todos.

Seu estilo corre célere entre a poesia dos cantadores e os decassílabos clássicos. Mas não fica tão somente por aí, também constrói sonetos em todas as métricas, além de poemas brancos. Sua poesia cabocla, com seu ritmo e sua melodia recheada de emoção, leva a uma reflexão crítica, porém, tudo temperado com uma boa dose do seu bom humor.

Merlânio cursou a quinta série no Ginásio Diocesano Dom João da Mata(1971) e, no mesmo ano, entrou para a Banda Filarmônica Dom João da Mata, cujos maestros eram Sargento Severino Ferreira e Bebé de Natércio, daquela instituição tocando trompa e mais tarde se iniciou no trompete.

No ano de 1976, por não ser oferecido o curso científico, transferiu-se para o Colégio Padre Diniz, na sua cidade para fazer o segundo grau ou científico, como era chamado, lá passou a ser instrutor da Banda Marcial, e tocava Clarim. Em 1979, foi morar na capital do Estado da Paraíba e concluiu seus estudos do segundo grau no Colégio Lyceu Paraibano. Ali participou do Grupo de Danças Folclóricas, cuja regente era Dona Dinalva, cantou no Coral do Lyceu e participou do Grupo de Teatro do Colégio.

Prestou vestibular em 1980, mas não foi aprovado. No mesmo ano, começou a trabalhar no Banco Nacional do Norte (Banorte) e se engajou ao Grupo de Teatro amador (MUEIC) no Teatro Santa Rosa em João Pessoa. Ali escreveu algumas peças de dramaturgia e atuou em vários outros espetáculos.

Merlânio aderiu ao espiritismo no ano de 1982, ao conhecer o Grupo de Jovem da Federação Espírita Paraibana. Artista, dramaturgo e músico, Merlânio se dedicou a fomentar a Arte Espírita. Ali conheceu Marco Lima, jovem músico, com quem passou a ter uma grande amizade e parceria musical que durou a vida toda. Com Marco compôs sua CIRANDA DA PAZ entre outras músicas;

Em 1985, conheceu Maria Raquel de Assis Lima, quem o influenciou a transferir-se para a União Espírita e ali conheceu a MEBEM – Mocidade Espírita Bezerra de Menezes e passou a escrever peças e compor músicas para o movimento jovem espírita paraibano. Nesta mesma época, ingressa-se na CAFELMA – Caravana da Fraternidade Espírita Leopoldo Machado e inicia sua produção poética e dramática. Conhece na CAFELMA o poeta José Brasil que o inspira a dedicar-se a poesia. Em 1986, dedicou-se ao aprendizado de violão de forma autodidata;

No ano de 1987, casou-se com Raquel Maia, e da união nasceu três filhos: Merlânio Filho, Mayara Raquel e Murilo Maia, todos dedicam a infância e adolescência ao aprendizado de música e tocam diversos instrumentos. Em 1989, foi trabalhar no MOINHO CABEDELO, onde ocupou o cargo de subgerente de vendas.

No dia 12 de outubro do mesmo ano, seu pai, Natércio Maia Barbosa, é vitimado por um infarto no miocárdio, chegando a falecer. Em 1991, deixou o Moinho Cabedelo e se associa com seu irmão na empresa TELETRON, empresa de prestação de serviços as companhias Telefônicas. Em 1993, fez o lançamento do Cordel Espírita, gênero criado por ele mesmo, pois a partir dali produziria poemas de causos espíritas e começou a fazer palestras-shows pelo Nordeste inteiro.

Em 1994, produziu outras edições do CORDEL ESPÍRITA chegando a doze livretos contendo vários cordéis, cada, todos patrocinados por amigos empresários. Também neste ano, sua empresa abre falência em virtude de ações de privatizações das Teles pelo governo federal e passa por grandes dificuldades financeiras e passa a residir na casa da sogra.

Merlânio criou também o “Projeto BONECO DE LATA”, cujo objetivo é levar Arte para as crianças e adultos do Hospital Napoleão Laureano, hospital de tratamento de câncer em João Pessoa.

No ano de 1995, editou o primeiro Livro “CANTANDO E CONTANDO HISTÓRIAS”, livro de poemas e cordel e fez o lançamento no Teatro Santa Rosa com um Show dividindo o palco com o Grupo Acorde, grupo este, que estava se iniciando no meio espírita. Foi tão grande o sucesso do lançamento que as pessoas sentaram-se no chão, outras assistiram ao Show de pé, pois que não haviam mais lugar nas poltronas do teatro. Nesse mesmo ano, emprega-se na UNIMED, empresa de plano de saúde na capital paraibana, onde permanece por dez anos.

Em 1996, lançou o CD “MEU SERTÃO CHEIO DE GRAÇA” com poemas autorais declamados contando toda uma vivência sertaneja através da poesia nordestina, cabocla e matuta. Em 1997, fez o lançamento do CD de poemas declamados do livro “Cantando e contando histórias” com o mesmo título do livro. Em 1999, lançou a primeira edição do Livro “Cordel de Luz”, livro de poema popular.

No ano de 2000, lançou o CD “Cordel de Luz” de poemas declamados e criou em João Pessoa a ONG MOVPAZ – Movimento Internacional Pela Paz e Não-Violência ao lado de Almir Laureano, Clóvis Nunes, Nando Cordel, Claudio Junior, Francisco Souto, Aderaldo Martins e outros. A partir deste ano a ONG mobiliza toda a cidade nas Grandes Caminhadas Pela Paz, com participação de grandes artistas nacionais e conhece e se aproxima de Geraldo Azevedo, Nando Cordel, Dominguinhos, Márcia Porto, Belchior, Carlos Pitta e tantos outros ligados ao movimento internacional pela Paz. A partir deste ano sua poética destina-se a educação pela Paz e Não-violência ativa. Nascem poemas como PAZEANDO, DESARME-SE, ORAÇÃO À MÃE TERRA, MEU CREDO e outros linkados a este tema.

Em 2001, fez o lançamento da segunda edição do Livro “Cantando e Contando Histórias”, pois a primeira edição havia se esgotado. No ano seguinte participou do Livro “ALTERIDADE A DIFERENÇA QUE SOMA”, editado pela ABRADE Associação dos Divulgadores da Doutrina Espírita, com o ensaio Arte e Alteridade. Livro de ensaios sobre Alteridade.

No ano de 2003, lançou o Livro “Poesia que Canto e Conto”, um livro de poemas pela Editora EDICORDEL. Em 2005, deixa a UNIMED e vai gerenciar a Seguradora CAPEMI, agência Paraíba. Em 2006, fez o lançamento da segunda Edição do Livro “CORDEL DE LUZ”. Em 2009, lançou “CANTORIA DE LUZ” (CD), com Festa no auditório da FEPB-Federação Espírita Paraibana.

Em 2010, lançou o Livro “CONTOS CAUSOS E POESIA DE CHICO AMOR XAVIER”; onde o poeta usa da verve poética para contar os causos mais pitorescos e cheios de lições, médium mineiro Francisco Cândido Xavier. Este livro faz parte das homenagens do centenário do grande médium mineiro. Um ano depois fez o lançamento do Livro “MENESTREL – O CONTADOR DE HISTÓRIAS”, um livro de poemas que contam os causos mais pitorescos, bem humorados, mas todos com tendo a Paz por pano de fundo.

No ano de 2012, criou com alguns músicos amigos a Banda Cavalo Crioulo para produzir e cantar músicas autorais e de grandes artistas nordestinos como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Antônio Barros e Cecéu, Maciel Melo, Petrúcio Amorim, Gordurinha entre outros e passou a fazer Shows pelo Nordeste com a Banda. No mesmo ano, lançou Livro “POIESIS DE UM CANTADOR”, um livro de cantoria de paz e amor e de crença e engajamento ao semelhante.

Em 2013, lançou o Livro “CARIDADE E OUTROS POEMAS”, livro de poemas voltados a doação universal fraterna, onde a caridade está em todos os poemas de forma velada ou como mote. Um doce livro de amor ao semelhante.

Em 2014, idealizou e produziu o Projeto Forró da CAIXA em parceria com a APCEF/PB que sede todas as últimas Sextas-feiras de cada mês para fazer um grande Show de Poesia e Forró com artistas da terra e artistas de renome. O Projeto Forró da CAIXA está no seu segundo ano mantendo viva a Identidade Cultural Nordestina. Também neste mesmo ano lançou o CD “POEMAS DE AMOR E RISO”, em que o poeta declama seus poemas de Cordel que contam histórias engraçadas.

No ano de 2015, lançou o CD “POETAS DO MEU APREÇO”, disseminando poemas de poetas paraibanos como Daudeth Bandeira, Zé da Luz, Amazan, Pompílio Diniz e Chico Pedrosa. E a crônica em poesia destes poetas é declamado por Merlânio Maia.

Na sua trajetória, tem feito inúmeros shows pelo país, levando a sua poesia recheada de espiritualidade e graça aos quatro cantos do Brasil. Entre suas produções artísticas inclui quatro livros editados, cinco CDs de poesias e mais de 50 cordéis.

Confira o cordel “Biografia em verso” de Merlânio Maia:

Nasci no Sertão me criei sertanejo

Foi Itaporanga o meu berço querido,

Sou paraibano, meu canto é sentido,

Igual o que sinto, o que ouço, o que vejo,

Nordestinidade é canto que festejo

Deixando a viola me hipnotizar

Seu canto de encanto fez-me apaixonar

De lá até hoje meu verso é um emblema

Levando o Nordeste dentro de um poema

Trazendo o Sertão para a beira do mar!

Repente, embolada, pugna, poesia,

Os cocos de roda, mazurca e baião,

Forró pé de serra com xote e rojão,

Aboio dolente, ou viola vadia,

Cordel declamado de noite e de dia

Foi a educação do meu pré-escolar

O banco da escola foi pra completar

Pois tudo que eu tenho a poesia me deu

De verso em cascata o meu peito se encheu

Cantando galope na beira do mar!

(Cronologia biográfica do poeta Merlânio Maia).

Fontes:

http://merlaniopoeta.blogspot.com.br/p/biografia-do-poeta.html

http://merlaniopoeta.blogspot.com.br/

http://www.arteespirita.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=450:merlanio-maia&catid=77:grupos-de-arte&Itemid=420

http://culturapopular2.blogspot.com.br/2011/10/merlanio-maia.html

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