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Data de publicação do verbete: 17/02/2023

José Antonio Assunção

Poeta, escritor, ator e produtor cultural.
Data de publicação: fevereiro 17, 2023

Naturalidade: Rio Grande do Norte – Radicado em João Pessoa

Nascimento: 1953

Profissional: Bacharelado em Matemática, com Especialização em Logística

Atividades artísticas: Poeta, escritor, ator e produtor cultural

Natural do Rio Grande do Norte e nascido em 1953, veio cedo para a Paraíba. Passou a infância em Cuité, mudando-se para Campina Grande em 1967 e, depois, em 1988,  para João Pessoa, onde radicou-se. 

Cursou bacharelado em Matemática (1980), com especialização em Lógica (1997). Nos anos 70 participou ativamente do cenário artístico-cultural de Campina Grande, integrando o grupo teatral Cacilda Becker e da revista Garatuja 919770. 

É produtor Cultural do quadro da Universidade Federal da Paraíba, na rádio e na TV universitária. 

Foi autor dos livros de Poesia O Câncer no pêssego  (Idéia,  1992), A trapaça da rosa (Manufatura, UFPB,1998), e A casa do ser (1998-2005, inédito).

“Se da Geração 59, se do grupo Sanhauá, se do Correio das artes vieram, e vieram para ficar, expressões poéticas definidas no nosso pequeno mundo literário, talvez a mais apurada destas expressões tenham vindo da garatuja. Quero me referir a dicção singular de José Antonio Assunção, síntese dialética de nosso poético contemporâneo. ‘O câncer no Pêssego’, publicado em 1992, corporifica um desses momentos iluminados que fazem a alegria e o orgulho de toda uma geração”, comentou Hildeberto Barbosa Filho, crítico e poeta paraibano.

 

Paris ( Extraído do livro: Câncer no Pêssego)

Texas

Algum dia sonhei Paris.

Ver a Torre Eiffel de Paris

o museu do Louvre de Paris

les fleurs de

s Champs

Elisées de Paris.

Depois conheci Drummond, li

Pessoa, Borges, Camus

e de algum modo fui (sem ver Paris)

o errático Rimbaud, sem tempo de Utopia.

O sentimento do mundo vinha adiposo com Bibi

mercador das flores do tédio onde aprendi

que o homem é

êxule Sísifo,

estrangeiro em Paris como em qualquer lugar.

Hoje, já não sonho Paris; vivo o Texas,

Dante. Aos olhos de um homem em crise

toda geografia é o mesmo acidente

(ASSUNÇÃO, 1992, p. 5)

Sandra da Costa Vasconcelos

Referências:

https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/3981777

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/jjose_antonio_assuncao.html

https://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/view/7710/5711

https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/3981777

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/paraiba/jjose_antonio_assuncao.html