Naturalidade: João Pessoa – PB
Nascimento: 10 de janeiro 1981// Falecimento: 03 de abril de 2021
Formação: Arte e Mídia – UFCG 2004, Especialização em Estudos Cinematográficos – Universidade Católica de Pernambuco 2007, Mestrado do Programa de Pós-graduação em Computação, Comunicação e Artes – CI-UFPB 2017
Atividades artístico-culturais: montador, cineasta e web designer
Ely Marques Ferreira desde a infância sempre foi fascinado pelo cinema. Seu primeiro contato com sétima arte foi com o “Cine Municipal” assistindo a filmes dos trapalhões. Com uma filmadora VHS, já fazia seus próprios filmes com a ajuda dos seus irmãos e amigos. Eram infantis, reproduções dos filmes de ficção, luta e aventura que assistiam nos cinemas.
Tinha como referência, durante a infância e adolescência, o cinema hollywoodiano e pouco ou quase nada conhecia do resto do cinema mundial. Ao entrar na universidade, tem acesso então a uma cinematografia mais diversificada, com destaque ao cinema nacional. Dessa forma, pode ampliar seu repertório de referências audiovisuais.
Durante a graduação, Ely Marques conseguiu emprego como web designer em uma pequena produtora de animação, onde permaneceu por pouco menos de um ano, pois logo conseguiu uma bolsa no laboratório da universidade onde produzia conteúdo audiovisual e começou a fazer trabalhos como freelancer.
Após sua graduação, trabalhou como subcoordenador de laboratório do Polo Multimídia da UFPB, onde entre vários projetos na área audiovisual, dirigiu juntamente com Shirley Martins o programa Conexão Ciência da TVUFPB entre 2004 e 2005. A partir de então, Ely se especializou no processo de pós-produção atuando assim em diversos filmes, documentários, longas e curtas-metragens, tendo se destacado principalmente montagem e finalização de filmes.
Em 2006 co-dirigiu o documentário “Um Fazedor de Filmes”, que teve projeto aprovado na Lei de Incentivo à Cultura do Estado da Paraíba. O filme foi bastante premiado em Mostras e Festivais como a 34ª Jornada do Cinema Brasileiro na Bahia, entre outros no RJ, RS, GO e o curta “Plano do Cachorro”, ambos dirigidos em conjunto com Arthur Lins.
Entre 2005 e 2007 morou em Recife PE e trabalhou em uma pequena produtora. Em 2008, voltou para João Pessoa, entrou para a equipe do Pontão de Cultura Rede Nordestina de Audiovisual e na diretoria da ABD-Pb. Em 2009, fundou juntamente com outros cineastas a produtora Pigmento Cinematográfico. Também foi sócio-fundador da Incinerado Filmes.
Em 2018 lançou o curta “Deus Não Acredita em Máquinas” vencedor do prêmio Walfredo Rodriguez de curtas e longas-metragens oferecido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa- PB através da Funjope.
Grande admirador de cineastas como Michael Hannekee, Luis Fernando Carvalho, Michel Gondry, Glauber Rocha, Lars von Trier, Eduardo Coutinho, Stanley Kubrick, Quentin Tarantino dentre outros, Ely dirigiu atores como: Ivanildo Gomes, Flávio Melo, Nanego Lira, Laís Lacerda e Gladson Junior. Se tornou um cineasta de estilo eclético que permeava desde a ficção ao cinema observativo, apreciando o enquadramento e a decupagem dos planos.
Ely Marques faleceu dia 03 de abril de 2021, em João Pessoa, em decorrência da covid-19.
Fonte: Inventário/Entrevista/ParaíbaCriativa/2017/MontadorElyMarques/Bruno/
