O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
O maior conteúdo digital de cultura regional do país
Registro das artes e culturas da Paraíba
Data de publicação do verbete: 13/05/2019

Anna Apolinário

Anna Apolinário é poeta, licenciada em pedagogia, idealizadora e organizadora do Sarau Selváticas
Data de publicação: maio 13, 2019

Naturalidade: João Pessoa- Paraíba

Nascimento: 28 de julho de 1986

Atividades artístico-culturais: Poetisa/Escritora

Email: anna_apolinario@hotmail.com

Facebook: https://www.facebook.com/apolinarioanna/

 

Anna Apolinário, nascida em 28 de julho de 1986 em João Pessoa na Paraíba, é poeta, licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba, estreante em 2010 com o livro Solfejo de Eros (CBJE), em seguida veio Mistrais em 2014 (Prêmio Literário Augusto dos Anjos – Edições Funesc),  Zarabatana em 2016 (Patuá) e Magmáticas Medusas em 2018  (Editora Cintra/ARC Edições).

Com uma paixão por literatura e poesia desde a infância, a leitura sempre fez parte da vida da Anna Apolinário, o que se intensificou na adolescência. “Mergulhei nas leituras mais densas, de grandes obras literárias. Nesse universo de intensa ligação com a leitura, a minha inclinação para a escrita tornou-se mais fecunda, então escrevia poemas, diários, mas não pensava em publicar. Sempre concebi a poesia, o rito da escrita, como um exercício de libertação do espírito,uma busca incessante pela revelação da beleza”, relata Anna.

 

“Criar um poema é tocar, lapidar um delírio, fazê-lo brilhar feito um diamante selvagem. O poeta é sempre o alquimista, aquele que maneja com audácia os afiados gumes da linguagem, raptando o pássaro palpitante que habita o Sonho. A escrita do poema representa o sagrado e delicioso ofício de mergulhar em abismos, vestir-se de tempestades, alçar voo rumo ao coração secreto, escavando fundo, para revelar o ouro de todas as coisas. Quando escrevo, eu acendo as chispas, alimento as febres, dedilho a poesia em estado bruto, transbordando das entranhas, devoro as formas do fogo, para traduzí-lo em sílabas, incendiando carne e espírito. O poema é um animal mágico, nervos, sangue e magia, uma força da natureza, um lugar de poder, beleza e metamorfose, é neste lugar que habito, estou sempre erguendo imagens, sons, e formas, moldando um universo delirante de possibilidades e deslocamentos oníricos e líricos.

O processo de publicação perpassa muitos aspectos, a questão de se assumir como autora, de ver sua obra em circulação no mercado editorial, de lidar com leitores e com a exposição gerada pelo ato de publicar um livro. Cada poeta tem seu próprio ritmo e vai se descobrindo, creio que a publicação é uma etapa que faz parte da vida de quem escreve, o essencial sempre será a criação, a publicação é um desdobramento do fazer literário”, comenta.

 

Anna é idealizadora e organizadora do Sarau Selváticas, um projeto que trabalha na ampliação dos espaços femininos das autoras buscando fortalecer o protagonismo das mulheres e seu empoderamento. “O cenário paraibano ainda é marcado pelas tentativas de invisibilizar a produção literária de autoria feminina. Mas a efervescência de novas autoras é nítida, e há qualidade e quantidade, estamos cada vez mais buscando ampliar os espaços, a palavra de ordem é resistência e afronte”.

As datas do Sarau costumam ter sua divulgação por meio das redes sociais: instagram @sarauselvaticas e Facebook Sarau Selváticas

A escritora conta com um novo projeto, segundo Anna, o quinto livro de poemas está em processo de escrita, com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2019.

 

Apolínea

Sou feita de incêndios

Minha sede inflama

teus pianos

cartesianos

Filha de Rudá

Baudelairiano patuá

Içando peitos

com numinosos pássaros

Urro marítimo

Embriagado istmo

Templo em que

Vibra a beleza

Deidade e devir

 

Sou eterna

Enquanto vivo Poesia

(POESIA DO LIVRO MISTRAIS)

 

Fontes:  Entrevista com Anna Apolinário

             Página no facebook https://www.facebook.com/apolinarioanna/

            APOLINÁRIO, Anna. Mistrais. João Pessoa: FUNESC, 2014

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *